Bailarinos do Mariinsky foram impedidos de dançar
na Gala do Yagp em Nova York

 

Segundo o jornal New York Times, dois bailarinos da companhia russa foram impedidos de se apresentar,
após críticas de ativistas pró-Ucranianos.


 

Dois bailarinos do Teatro Mariinsky, na Rússia, foram barrados de participar da Gala do YAGP em Nova York esta semana, de acordo com informações divulgadas pelo jornal New York Times, após sua participação atrair críticas de autoridades e ativistas pró-Ucranianos.

Os bailarinos estavam programados para participar de duas performances no Teatro David H. Koch, no Lincoln Center, que celebram o 25º aniversário do Youth America Grand Prix. No entanto, a direção do Youth America Grand Prix removeram os dançarinos do programa após críticas de que a organização estava apoiando o governo russo ao apresentar os artistas. O Mariinsky é um teatro estatal em São Petersburgo, dirigido pelo maestro Valery Gergiev, um aliado próximo do presidente Vladimir V. Putin.

O Youth America Grand Prix expressou em comunicado, de acordo com o New York Times, que a decisão de retirar os dançarinos "nos causa grande dor". A organização disse que, horas antes da primeira performance na quinta-feira, foi informada, juntamente com o Lincoln Center sobre possíveis protestos. Após consultar o New York City Ballet, que opera o Teatro Koch, foi decidido cancelar as apresentações dos bailarinos programados do Mariinsky Ballet.

"A arte deve nos unir, não nos dividir", disse Larissa Saveliev, fundadora do Youth America Grand Prix, segundo o jornal New York Times. "Em um período difícil, o ballet deveria ser curativo. Isso é terrivelmente triste." E mesmo assim retirou os bailarinos da programação da Gala.

Desde a invasão da Rússia à Ucrânia em 2022, artistas e instituições russas têm sido alvo de intensa escrutínio no cenário global. O Teatro Bolshoi em Moscou e o Mariinsky enfrentaram cancelamentos no exterior e perderam parcerias de prestígio. Algumas estrelas, incluindo Gergiev, que também lidera o Bolshoi, e a soprano Anna Netrebko, foram evitadas no Ocidente por causa de seus vínculos com o Sr. Putin.

Ainda segundo o jornal New York Times, a vasta maioria dos artistas russos continuou a se apresentar sem problemas nos principais palcos, incluindo em Nova York, e obras russas ainda são amplamente apresentadas no Ocidente.

Maria Khoreva, uma das bailarinas do Mariinsky que estava programada para aparecer em Nova York esta semana, expressou decepção com a decisão. Em uma postagem no Instagram, Khoreva, que é de São Petersburgo, disse que os bailarinos do Mariinsky estavam ensaiando na quinta-feira quando a decisão de cancelar sua participação foi tomada.

"Estamos muito tristes que nossa apresentação não tenha ocorrido", ela escreveu, "mas a arte sempre encontrará um caminho para a alma humana."

Constantine Allen, um bailarino principal do Ballet Nacional Holandês que estava programado para se apresentar com Khoreva no pas de deux do terceiro ato de "La Bayadère", disse que sentiu que o escrutínio aos artistas russos foi excessivo.

"Quando as situações são tratadas assim, a conversa é bloqueada", disse ele, segundo o New York Times. "É um pouco lamentável que não tenhamos sido capazes de compartilhar isso - eu vindo da América, ela vindo da Rússia. Eu achei que era um momento bonito para deixar a arte prevalecer."

Autoridades ucranianas, que têm instado ao boicote à cultura russa, continuaram a se manifestar contra artistas russos, especialmente aqueles com vínculos com instituições estatais.

"Não há lugar para a Rússia no palco internacional", disse o consulado ucraniano em Nova York em uma postagem no Facebook na quarta-feira, conforme relatado pelo New York Times. Acrescentou: "É totalmente incompreensível que artistas russos, dançarinos, artistas participem de eventos como se não houvesse guerra na Ucrânia."

Manifestantes se reuniram no Lincoln Center na quinta-feira à noite segurando placas com os dizeres: "Eles riem, nós choramos. Eles dançam, nós morremos." Um grupo de jovens mulheres vestidas com tutus brancos respingados de tinta vermelha dançava na calçada.

A aparição dos bailarinos do Mariinsky havia sido criticada por alguns funcionários eleitos, incluindo Michael Novakhov, um republicano na Assembleia Estadual de Nova York, que escreveu uma carta aos líderes do Lincoln Center esta semana chamando sua participação de "totalmente inaceitável".

Com as instituições culturais russas enfrentando novas dificuldades no Ocidente, o governo tentou fortalecer alianças na Ásia e no Oriente Médio com resultados mistos.

Segundo informações do New York Times, na Coreia do Sul esta semana, uma aparição planejada de um grupo de bailarinos principais do Bolshoi foi cancelada no último minuto em meio a protestos sobre seus laços com o estado russo. Isso seguiu o cancelamento no mês passado das performances em Seul por Svetlana Zakharova, uma dançarina nascida na Ucrânia que dança com o Bolshoi, devido a preocupações sobre seu apoio passado a Putin.

Captura de tela 2024-04-20 125344.png

BALLET DO TEATRO COLÓN APRESENTA O ESPETÁCULO 'A BELA ADORMECIDA' EM PORTO ALEGRE

 

Ballet do Teatro Colón, que em 2025 completa 100 anos de história, vai trazer um dos seus belíssimos espetáculos a Porto Alegre. O grupo, apontado como a mais antiga companhia de dança da América do Sul, estará no Auditório Araújo Vianna, no dia 18 de julho, para apresentar a coreografia "A Bela Adormecida”.

 

Baseada no conto de fadas do escritor francês Charles Perrault, a peça vai contar com um prólogo e três atos do compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovski, com libreto de Marius Petipa e Ivan Yvevolojsky e coreografia de Marius Petipa. A encenação, que teve diversas temporadas no icônico teatro argentino, ganhará aqui a mesma sofisticação vista no palco de Buenos Aires.

 

Já tendo realizado inúmeros espetáculos mundo afora, o Ballet do Teatro Colón vai chegar à capital para fazer – finalmente – a sua estreia em terras porto-alegrenses. Nunca vista antes pelo público gaúcho, a companhia revelou bailarinos de importância mundial, como Jorge Donn, Iñaki Urlezaga, Marianela Núñez e Ludmila Pagliero, e é dirigida pelo renomado coreógrafo Mario Galizzi.

 

Onde e Quando
 

Local: Auditório Araújo Vianna  

Data: 18 de julho de 2024

Ingressos: www.sympla.com.br/araujovianna  

 Créditos da imagem: Arnaldo Colombaroli.

 

World Ballet Competition em Orlando terá delegação brasileira
de destaque com cobertura exclusiva da Revista Dança Brasil


De 23 a 27 de abril, a cidade de Orlando, nos Estados Unidos, acontece o World Ballet Competition, um evento internacional que reúne talentosos bailarinos de todo o mundo. Este ano, o Brasil marca presença com uma delegação de destaque, composta por cerca de 22 escolas e mais de 40 bailarinas e bailarinos solistas.

O World Ballet Competition não se limita apenas a avaliar a técnica dos participantes, mas também busca destacar sua expressividade artística e musicalidade, características essenciais para o sucesso no mundo da dança. A competição distribui mais de 300 dólares em prêmios, reconhecendo o esforço e talento dos participantes.

Entre os renomados jurados que compõem a banca de avaliação, destaca-se a brasileira Eleusa Lourenzoni. Eleusa é uma das poucas brasileiras presentes no circuito internacional de dança, sendo reconhecida por sua expertise e participação como jurada em diversos países da América do Norte e Europa. Sua presença na banca confere ainda mais prestígio ao evento e representa o reconhecimento do talento brasileiro no cenário mundial da dança.

A delegação brasileira é composta por uma diversidade de escolas de dança, demonstrando a riqueza e variedade do cenário artístico do país. Algumas das escolas representadas incluem o Estúdio de Dança Eliane Indiane, Grupo Artieri de Danças, Ballet Vera Bublitz, Espaço Arte Dança Itaipu, Ateliê da Dança, Estúdio Eiras - Centro de Dança e Movimento, Cadência ballet, Escola Fabiana de Ballet, BBT Academy of Art, Ballet Thatiana Orite, Ballet Ebateca, Ballet Lenita Ruschel, Étoiles de la danse, Studio de Ballet Bertha Rosanova, Eloo escola De Dança, La Fille Dance Academy, Marcia Bueno Escola de Dança, Escola Fabiana de Ballet, Ecco Centro de Artes, Balé Isabel Gusman, Petipa dance school, BALLETARRJ Escola de Dança.

Com tantos talentos reunidos em um único evento, o World Ballet Competition promete ser uma verdadeira celebração da arte da dança, oferecendo aos participantes uma oportunidade única de mostrar seu talento e representar seus países em um dos palcos mais prestigiados do mundo.

Para assistir a competição ao vídeo direto de Orlando acesse o site https://vimeo.com/worldballetcompetition

Captura de tela 2024-04-17 155958.png

Floresta Amazônica

 

A Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, RJ, recebe na Grande Sala, nos dias11 e 12 de maio, a Cia de Ballet Dalal Achcar, com o Ballet em dois atos “Floresta Amazônica”, de Dalal Achcar, um dos maiores nomes que revolucionou a história da dança no Brasil. A montagem é apresentada pelo Ministério da Cultura, pela Associação de Ballet do Rio de Janeiro e tem o patrocínio master do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução, com produção da Aventura. 

 

O espetáculo "Floresta Amazônica" foi inspirado na suíte sinfônica “A Floresta do Amazonas”, escrita pelo renomado compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, em 1958. Essa obra musical icônica retrata de forma única a exuberância da Amazônia. O espetáculo celebra não apenas a grandiosidade da região, mas também faz alusão aos 65 anos de falecimento de Villa-Lobos, um talentoso compositor, instrumentista e regente.

 

O Ballet contará com bailarinos e solistas, entre paraenses selecionados de audições, trazendo à cena a essência da brasilidade. Através dessa performance, busca-se reforçar o sentimento de pertencimento nacional e prestar reverência ao legado musical de Heitor Villa-Lobos.

 

A primeira versão da obra, criada pela coreógrafa Dalal Achcar, em 1975, estreou no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com os bailarinos da Associação de Ballet do Rio de Janeiro, tendo como protagonistas David Wall e a grande primeira-bailarina do Royal Ballet, Dame Margot Fonteyn. Agora, quarenta e nove anos depois de sua estreia, “Floresta Amazônica” faz temporada na Cidade das Artes, após uma montagem feita ano passado no Theatro da Paz, em Belém.

 

A montagem tem concepção, coreografia e mise en scène de Dalal Achcar – que trabalhou movimentos diferentes e inesperados dentro do universo do ballet clássico e inseriu ginástica natural e acrobacia – com cenários de Hélio Eichbauer, figurino de Jose Varona e Dalal Achcar e iluminação de Felício Mafra, a plateia é transportada para dentro do coração da floresta. 

 

Enredo

"Floresta Amazônica" é um ballet em dois atos, conta a história do romance entre um homem branco e uma deusa da floresta, que, por amor ao estrangeiro, transforma-se em mulher. A paixão entre eles é vista pelos indígenas como profana. Entretanto, é este amor que salvará a floresta da destruição causada por exploradores que invadem a aldeia em busca de plantas e aves raras.

.

Quando e Onde

Dia 11 de maio às 20h

Dia 12 de maio às 16h

Cidade das Artes – Avenida das Américas, 5.300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - Telefone: (21) 3328-5300

Vendas no site:

https://bileto.sympla.com.br/event/92593?share_id=1-copiarlink

 

Verdes e Ouvirdes-Jussara Miller+Foto Ana Laura Cintra (2).jpg

Verdes e Ouvirdes

O livro de Ailton Krenak, “Ideias para adiar o fim do mundo”, é motor para “Verdes e Ouvirdes”, de Jussara Miller, trabalho escolhido para encerrar o “Arrastão dos Solos”, proposta do Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho, dentro do projeto  ‘Dramaturgias Paralelas’, que vem ocupando a Oficina Cultural Oswald de Andrade desde o início do mês, e por onde já passaram Luciana Hoppe, Simone Mello e o próprio Marcos Sobrinho, com composições coreográficas que têm a natureza e o meio ambiente ignição para criação e trazem suas reflexões sobre a nossa existência na sociedade contemporânea e os modos de resistir, se reinventar e readaptar sempre.

   Dirigido por Norberto Presta, com audiovisual de Christian Laszlo, o solo reflete, de maneira poética e crítica, o impacto ambiental no país. Numa abordagem multimídia, com projeção de imagens fotográficas em movimento, “Verdes e Ouvirdes” revela um corpo que transita por densidades reais e oníricas, dançando entre árvores e concreto, banhado em chuva e lama.

   Na cena, um corpo contemporâneo quer reconciliar-se com a natureza tentando, a todo custo, adiar o fim do mundo e parar o céu antes de sua queda final. Evidenciando a natureza humana indissociável da natureza planetária, o trabalho aborda a fricção entre ecologia e dança, na urgência deste momento em que testemunhamos, por anos, o abandono de políticas ambientais em nosso país, atingindo diretamente o ecossistema e, consequentemente, as populações com alta vulnerabilidade”, opina Jussara Miller, bailarina, coreógrafa, professora de dança e educação somática, doutora em Artes pela UNICAMP e docente da Pós-Graduação em Técnica Klauss Vianna, na PUC-SP.

   As apresentações ocorrem de 25 a 27 de abril (quinta e sexta, às 19h30, sábado, às 18h), com um bate-papo na sexta, mediado por Pin Nogueira, artista, mestra em Comunicação e Semiótica e professora especializada na PUC-SP.

   Nos mesmos dias de suas apresentações, Jussara Miller ministra a oficina “A Escuta do Corpo”, que irá trabalhar o estado de presença, priorizando a preparação do corpo cênico, a partir do referencial somático, com a prática da Técnica Klauss Vianna, fazendo uso de vetores que potencializam o fluxo do movimento pelo espaço. Direcionada a estudantes, educadores, artistas da cena e pessoas interessadas na pesquisa do movimento, a oficina acontece quinta e sexta, das 13h às 16h, e sábado, das 11h às 14h, totalizando nove horas de estudo prático.

   Para o próximo semestre, está prevista uma segunda fase – “Diálogos em Solos Reunidos” – performance que resultará da dramaturgia experimentada pelos quatro artistas – Simone Mello, Luciana Hoppe, Jussara Miller e Marcos Sobrinho – durante as vivências cênicas e pesquisas corporais do projeto Dramaturgias Paralelas, tendo a improvisação como ponto de partida e a questão do exílio – tema bastante discutido durante os encontros e compartilhamentos -, na visão do filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser, como inspiração

 

Quando e Onde
*26/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Pin Nogueira

Oficina “A Escuta do Corpo”

(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)

Oficina Cultural Oswald de Andrade

Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo – SP

Tel: (11) 3221-5558

Show Aos Meus Velhos Pretos com a cantora Juliana Mota_foto divulgação.jpg

ECOAR

Programa de pós graduação da UFBA reúne especialistas em artes cênicas no encontro ECOAR

Durante duas semanas artistas e pesquisadores de diversas regiões do Brasil, da Europa e da América Latina estarão em residências artísticas, oficinas, rodas de conversa, aulas, shows, conferências e apresentações de espetáculos

Avaliado com patamar de excelência pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA (PPGAC) organiza e coordena, alinhado às suas quatro linhas de pesquisa, o ECOAR – Encontro de Pesquisa e Arte: Seminários Transculturais. Com coordenação dos grupos de pesquisa do PPGAC-UFBA, O evento internacional ocupará diversos espaços culturais da capital baiana, como o Teatro do Goethe-Institut Salvador-Bahia, o Teatro Martim Gonçalves, o Museu de Arte da Bahia e o Pavilhão de Aulas da Federação (PAF-UFBA), entre os dias 15 e 26 de abril. Mais detalhes sobre a programação e sobre as inscrições para as atividades estarão disponíveis no instagram @escoladeteatro.ufba e nos sites https://teatro.ufba.br/ e www.ppgac.tea.ufba.br

Durante duas semanas, Salvador será palco de grandes encontros, espetáculos e atividades formativas, que incluem residências artísticas, oficinas, rodas de conversa, aulas, shows, conferências e seminários, inteiramente gratuitas e abertas ao público; reunindo grandes mestres pesquisa vocal, da atuação, do corpo, da performance, da dança, do teatro negro de variadas vertentes e linguagens cênicas, que possuem vasta experiência prática e teórica nos diversos campos da cena, a exemplo das artes circences, do teatro negro, da dramaturgia, entre outros.

“Nossa proposta com o ECOAR abrange uma série de métodos, estudos e práticas nos mais distintos campos da cena, com a perspectiva de estimular o diálogo entre grupos de pesquisa e suas interações com as linhas de pesquisa do PPGAC” , detalha Meran Vargens, Dra. em Artes Cênicas e líder do grupo de pesquisa LAVRARE – Laboratório de Voz: Rastros e Redes.

Criando pontes e conexões entre os grupos de pesquisas do PPGAC com a comunidade estudantil, artistas e pesquisadores do Brasil e do mundo, o ECOAR fortalece redes nacionais e internacionais de pesquisa e processos de criação, possibilitando o compartilhamento de conhecimentos e experiências de trabalhos de alto nível.

O ECOAR é uma realização do Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da Escola de Teatro da UFBA, com financiamento da CAPES e apoio institucional da UFBA, Escola de Teatro, Escola de Dança, Goethe-Instut Salvador-Bahia e Museu de Arte da Bahia

 

SERVIÇO: ECOAR – Encontro de Pesquisa e Arte: Seminários Transculturais

Data: de 15 a 26 de abril

Locais: Teatro Goethe-Institut Salvador-Bahia, Teatro Martim Gonçalves, Museu de Arte da Bahia e Pavilhão de Aulas da Federação (PAF-UFBA)

Para mais detalhes sobre a programação e sobre as inscrições para as atividades, acesse o instagram @escoladeteatro.ufba e os sites https://teatro.ufba.br/ e www.ppgac.tea.ufba.br

Captura de tela 2024-04-15 195506.png

Jornada Paulista de Dança

A São Paulo Escola de Dança, anuncia a primeira edição da Jornada Paulista de Dança. O edital proporciona um encontro para artistas e visa o compartilhamento de experiências, além da valorização da diversidade da dança no estado de São Paulo. As inscrições ficam abertas até 10 de maio no site https://spescoladedanca.org.br/ .

Dez propostas artísticas de grupos e companhias serão selecionadas pelo edital, que prevê, ainda, uma bolsa-artística de R$ 10 mil para cada. Além disso, 8 grupos de fora da região metropolitana de São Paulo receberão, também, uma ajuda de custo para contribuir com deslocamento, hospedagem e transporte durante os dias do encontro. Os valores, proporcionais ao número de integrantes dos grupos, variam entre R$ 12 mil e R$ 48 mil.

A Jornada acontece na sede da São Paulo Escola de Dança, no Complexo Cultural Júlio Prestes, no bairro da Luz, entre os dias 8 e 13 de julho, e reunirá talentos de várias regiões do estado.

"A dança gera conexão e nos incentiva a ultrapassar os nossos limites, além de ser uma poderosa forma de conexão. E termos, agora, uma Jornada focada nesta arte, representa um marco bastante significativo", ressaltou Marília Marton, Secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

Os selecionados deverão apresentar uma obra do seu repertório, com no máximo 20 minutos, proporcionar uma oficina criativa e ministrar uma aula aos demais participantes. Um artista renomado será designado para cada grupo, oferecendo feedback valioso para o enriquecimento das obras apresentadas.

Estamos ansiosos para receber tantos grupos e companhias em nossa Escola. A Jornada Paulista de Dança tem uma proposta de imersão cultural, incentivando a troca entre as distintas experiências de todos os participantes, mas também com o público geral, que poderá assistir às apresentações”, comenta Inês Bogéa.

A programação proposta é intensa, com atividades das 10h às 21h, visando a promoção de intercâmbios culturais e a exibição de repertórios variados. As performances, que refletem um amplo espectro de estilos e tradições, serão abertas ao público, permitindo aos espectadores desfrutar e apreciar a rica tapeçaria da dança paulista.

Arrasta para abaixo e tenha mais notícias...

 

Captura de tela 2024-04-15 193916.png

Francisco(s)

A Studio3 Cia. de Dança apresenta, nos dias 26, 27 e 28 de abril, o espetáculo Francisco(s), uma homenagem a dois ícones da MPB: Chico Buarque e Francis Hime, cuja parceria de longa data gerou obras-primas como Pivete, Amor barato, A Noiva da Cidade, Vai passar e Meu caro amigo. Os ingressos, gratuitos, podem ser reservados presencialmente ou online através do site https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket/.

Com coreografia de Anselmo Zolla e direção teatral de William Pereira, Francisco(s) apresenta intensa carga poética, enfocando os vários aspectos da obra dos autores: o lírico, o poético, a reflexão sobre o Brasil e sua pluralidade. Grandes estruturas cenográficas criam um espaço dinâmico, de forte impacto visual, que utiliza andaimes, praticáveis e espelhos formando caleidoscópios — uma metáfora para a poesia dos corpos que se reflete na poesia da canção. A direção musical é do maestro Wagner Polistchuk, regente da Osesp.

William Pereira queria um espetáculo no qual as várias facetas de Chico Buarque pudessem ser dançadas, em um mergulho no espírito das canções. E para esta empreitada, conta com a criatividade e o talento do coreógrafo Anselmo Zolla.

Francis Hime recebeu com muita alegria o convite para escrever os arranjos das músicas do “caro amigo”. Junto de Pereira e Zolla, o roteiro foi dividido em três partes, destacando canções memoráveis de Chico, como O que será, Construção e Deus lhe pague. “Abordamos também algumas de nossas parcerias, tais como 'Atrás da porta', 'Trocando em miúdos' e 'Passaredo'. Acho que temos um belo espetáculo, que faz jus à importância da obra deste meu querido parceiro e quem sabe, pode representar o começo das comemorações pelos 80 anos de Chico", conta.
 

Local: Centro Cultural São Paulo - Sala Jardel Filho

Endereço: Rua Vergueiro, nº 1.000, Liberdade, São Paulo, SP

Datas e horários:

26 e 27 de abril (6a feira e sábado) – 20h

28 de abril (domingo) – 17h

Entrada Franca

Os ingressos podem ser reservados presencialmente ou online através do link abaixo

https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket/

Arrasta para abaixo e tenha mais notícias...

 

Captura de tela 2024-04-15 192257.png

Ateliê do Gesto oferece aula gratuita

O grupo de dança ainda vai oferecer uma aula de dança e bate papo com a turma de dança do IF Aparecida de Goiânia.

 

O projeto de manutenção do grupo de dança Ateliê do Gesto oferece uma aula, neste mês de abril, para qualquer pessoa que queira dançar, mesmo não sendo profissional. Daniel Calvet e João Paulo Gross abrem as portas de sua sala de ensaio no dia 18 de abril para compartilhar técnicas, conhecimentos e inspirações em uma aula aberta a toda a comunidade. A aula acontece às 17 horas, gratuitamente, e há 20 vagas disponíveis. As pessoas interessadas devem se inscrever preenchendo o formulário de inscrição que se encontra no link da bio do instagram @ateliedogesto. 

 

Neste mês de abril, o grupo ainda vai circular Goiânia para exibir o produto cultural “Fica Comigo – o filme”. No dia 16 eles estarão na Escola Sathya Sai de Goiás e no dia seguinte no Circo Laheto.

 

No dia 18 de abril quem recebe a exibição é a Asdown. Além disso, o grupo irá oferecer uma aula de dança e fazer um bate papo com o tema “dança e mercado de trabalho: construções e desafios acerca do fazer artístico na atualidade” com a turma de dança do IFG Aparecida de Goiânia no dia 24 de abril.

 

No dia 30 de abril é a vez da turma de licenciatura em dança da UFG receber o grupo para essa mesma conversa. 

 

Essas aulas e exibições integram uma série de atividades do projeto de manutenção do grupo, em 2024, que conta com apoio financeiro do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás e tem a produção de Marci Dornelas. O projeto de Manutenção Artística foi contemplado pelo Edital de Fomento à Dança do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás 2023 e é uma realização do Ateliê do Gesto e da Lúdica  Eventos e Projetos Culturais.

 

Nove anos de estrada e um novo espetáculo

 

Ao longo de nove anos de estrada, o grupo de dança Ateliê do Gesto lista seis espetáculos cênicos, 73 cidades e nove países percorridos. Num processo concomitante de formação de plateia e de capacitação de profissionais, em que entregam o que sabem e recolhem o que inspira para criação, o grupo tem consolidado o seu nome em Goiás e no país.

 

O projeto de manutenção segue essa proposta de trabalho, que lista aulas de dança para diversos públicos, rodas de conversa, exibição do filme-espetáculo “Fica Comigo” e culmina com a apresentação do processo de pesquisa MAReAR, o próximo espetáculo, em formato de ensaio aberto. 

 

João Paulo Gross, diretor criativo do Ateliê, destaca a importância desse projeto no trabalho do grupo que, atualmente, está em um projeto de ocupação da Caixa Cultural em quatro diferentes capitais brasileiras. “Esse projeto vem para dar continuidade e manutenção ao trabalho diário, semanal e mensal do grupo Ateliê do Gesto, fomentando a dança no estado de Goiás e permitindo que o grupo dê continuidade no seu trabalho de elaboração, criação, pesquisa e produção de espetáculos, aulas, preparação corporal e manutenção dos produtos artísticos. Esse é um trabalho qye garante nosso profissionalismo e que valoriza a pesquisa e o comprometimento com o fazer artístico que é inerente à dança”, comenta o diretor.

 

Agenda de aulas e encontros gratuitos

 

O Ateliê do Gesto ainda vai realizar no dia 6 de maio uma roda de conversa com o tema “dança e a produção cultural” com o curso de produção cênica no Basileu França e vai exibir o produto cultural “Fica Comigo - o filme” para diferentes públicos. Encerrando o projeto, o Ateliê do Gesto vai apresentar, em formato de ensaio aberto para toda a comunidade, o processo de pesquisa de MAReAR. Daniel Calvet, diretor artístico do Ateliê do Gesto, antecipa ao público a proposta do novo trabalho, como uma manifestação artística de experimentação que reverencia as águas e seus fluxos, potências, ritmos, tensões e poéticas. MAReAR vem tratar da potência das águas trazendo à tona um manifesto (talvez político) que entrelaça o tema das águas e sua fluidez, maleabilidade e liquidez junto às relações que estabelecemos na atualidade”, comenta. 

 

Data: 18 de abril (quinta-feira)

Horário: de 17h às 19h

Local: World Dance Fit (Sala de Ensaio do Grupo Ateliê do Gesto).

End.: Alameda Pampulha, 1773 - Setor Jaó, Goiânia

 

Inscrições através do formulário de inscrição

Acesse também pela bio do Instagram: @ateliedogesto

 

Arrasta para abaixo e tenha mais notícias...

 

Captura de tela 2024-04-15 190405.png

Arrastão de Solos”, proposta do Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho que tem ocupado a Oficina Cultural Oswald de Andrade, durante o mês de  abril, dentro do projeto ‘Dramaturgias Paralelas’, reunindo criações de artistas que têm a natureza como elemento atravessador de suas escolhas estéticas e o meio ambiente ignição para criação, esta semana acolhe os trabalhos “O Pescador de Ilusões”, de Marcos Sobrinho e "Universo Invisível", de Luciana Hoppe.
Resultado de um longo estudo sobre as poéticas do carnaval – rastros do samba, suas diversas influências e rituais presentes no imaginário do povo brasileiro – “O pescador de ilusões” tem inspiração inicial no universo estético do artista visual Arthur Omar, em seu livro “Antropologia da Face Gloriosa”. Nesta nova fase da pesquisa, a dramaturgia tem como principal referência o historiador e escritor carioca Luiz Antônio Simas. Em uma de suas obras sobre as tradições ancestrais brasileiras – “O Corpo Encantado das Ruas, História e Arte” -, ele nos instiga a pensar a potência poética e política dos espaços ocupados pelos desfiles de carnaval. “Trazemos a esta nova vivência cênica, uma ideia de corpo-manifesto, um modo de atualizarmos nosso rito de carnaval, o que nos permite, de alguma forma, propor um campo aberto de resistência poética e política - um campo que transita entre a celebração e o protesto”, pondera Sobrinho, que vem tendo uma experiência sensorial em meio à natureza, trazendo reflexões que perpassam pelas relações de pertencimento e estranhamento com a nova paisagem. As apresentações  acontecem dias 15 (segunda)  e 16 de abril (terça), às 20h30, quando encerra com um bate-papo mediado pela multiartista e arte-educadora Valquíria Rosa.
"Universo Invisível", de Luciana Hoppe, envolve dança, literatura e ecologia e inspira-se na obra "Homens Imprudentemente poéticos", de Valter Hugo Mãe, que trata da alma humana de forma sensível e intensa, convocando-nos a olhar para a nossa relação com nós mesmos, com os outros seres humanos e demais seres vivos. O trabalho traduz, em imagens corporais e movimento, a sinergia que se dá entre o planeta Terra, enquanto um grande organismo vivo que permitiu o desenvolvimento de estruturas capazes de adaptarem-se ao meio ambiente, com a  Via Láctea, que sustenta a nossa existência, e que, por sua vez, pertence à grande teia cósmica infinita. As apresentações acontecem de 18 a 20 de abril (quinta e sexta, às 19h30, e sábado às 18h) e, na sexta, reserva bate-papo com mediação de Silvia Geraldi, artista, pesquisadora da dança e professora do Departamento de Artes Corporais e do Programa de Pós-Graduação, na Unicamp. 
Nos mesmos dias de suas apresentações, Luciana Hoppe ministra o laboratório “Dramaturgia corporificada”, que propõe desenvolver diferentes qualidades de movimento através do corpo sensível, proporcionado pela abordagem somática do Body-Mind CenteringTM, criado por Bonnie Bainbridge Cohen. Direcionada a estudantes, educadores, artistas da cena e pessoas interessadas na pesquisa do movimento, a oficina acontece quinta e sexta, das 13h às 16h, e sábado, das 11h às 14h, totalizando nove horas de estudo prático.
“Arrastão de Solos” se encerra com “Verdes e Ouvirdes”, de Jussara Miller, nos dias 25, 26 e 27/4, quinta e sexta sempre às 19h30, e nos sábado, às 18h.
Para o próximo semestre, está prevista uma segunda fase – “Diálogos em Solos Reunidos” – performance que resultará da dramaturgia experimentada pelos quatro artistas – Simone Mello, Luciana Hoppe, Jussara Miller e Marcos Sobrinho – durante as vivências cênicas e pesquisas corporais do projeto Dramaturgias Paralelas, tendo a improvisação como ponto de partida e a questão do Exílio – tema bastante discutido durante os encontros e compartilhamentos -, na visão do filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser como inspiração.

 

Quando e Onde
Arrastão de Solos – Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho
15 e 16/4 (2ª e 3ª, às 20h30)
“O Pescador de Ilusões”, de Marcos Sobrinho
*16/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Valquíria Rosa.
18, 19 e 20/4 (5ª e 6ª, às 19h30; sáb, às 18h)
 “Universo Invisível”, de Luciana Hoppe
*19/4 - bate-papo 
após a apresentação - mediação Silvia Geraldi
Oficina “Dramaturgia corporificada”
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
25, 26 e 27/4 (5ª e 6ª, às 19h30; sáb, às 18h)
“Verdes e Ouvirdes”, de Jussara Miller
*26/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Pin Nogueira
Oficina “A Escuta do Corpo”
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo – SP
Tel: (11) 3221-5558

venha danca em ny.jpg

Arrasta para abaixo e tenha mais notícias...

Captura de tela 2024-04-15 184011.png

Delírio de Dom Quixote

 

 

A USP Filarmônica e a deslumbrante companhia de dança Alma unem-se em uma apresentação grandiosa, transportando o público para o mundo encantado do balé. No último dia 12 de abril, às 20h, no reinaugurado Teatro do Campus, na USP Ribeirão Preto, o publico mergulhou no espetáculo intitulado "O delírio de Don Quixote", uma jornada emocionante através de excertos do primeiro ato do majestoso balé Don Quixote, de Ludwig Minkus. 

 

O palco do teatro foi meticulosamente renovado, ampliado para dar espaço à grandiosidade do ballet, agora equipado com um fosso ainda mais amplo, capaz de acomodar até 50 músicos. Essa reforma possibilitará a realização de óperas e, é claro, de espetáculos de ballet. Apesar das melhorias, a capacidade do teatro permanece a mesma, com 326 lugares.

 

"Em junho, ergueremos as cortinas para a primeira ópera, com quatro apresentações", revela Rubens Ricciardi, professor da USP e maestro titular da USP Filarmônica. "Será a estreia mundial de uma ópera inédita, 'O Jovem Rei', com libreto de Oscar Wilde e composição de Lucas Eduardo da Silva Galon, o talentoso novo professor do Departamento de Música da FFCLRP-USP. Galon não só comporá como também conduzirá essa produção, sob a direção cênica de José Maurício Cagno."

 

Embora o Teatro do Campus não esteja sob a alçada do Departamento de Música, mas sim da Prefeitura do Campus, há um entendimento de que ele deve servir às atividades acadêmicas da USP, enriquecendo o ensino, a pesquisa e a extensão, com uma programação artística voltada para a comunidade em geral.

 

A USP Filarmônica encontrará seu novo lar de ensaios no Teatro do Campus, integrando-se à rica programação do local, ao lado de outras iniciativas universitárias. Além disso, a orquestra continuará a encantar o público com a série de Concertos USP no Theatro Pedro II e em São Carlos.

Rubens Ricciardi está planejando uma série de óperas ao longo deste ano, sempre buscando um equilíbrio entre o tradicional e o contemporâneo, o clássico e o experimental, o local e o global. Para isso, a USP pretende estabelecer parcerias com a Academia Livre de Música e Artes e com a renomada Cia Minaz, ambas em Ribeirão Preto.

 

"A nossa missão é envolver nossos estudantes de graduação - tanto os músicos da USP Filarmônica quanto os cantores e coralistas - em todas as etapas. Eles terão a oportunidade de colaborar com professores especialmente convidados, tanto do Brasil quanto do exterior", enfatiza o maestro Rubens Ricciardi, celebrando a harmoniosa união entre música e movimento que encanta plateias ao redor do mundo.

 

 

 

 

 

Captura de tela 2024-04-12 173940.png

Escola Estadual de Dança Maria Olenewa completa 97 anos
e festeja o aniversário com alunos e professores

 

Na semana em que é comemorado o Dia Internacional da Dança (29 de abril), a mais antiga e uma das principais escolas de dança clássica do país completa 97 anos de atividades ininterruptas, no dia 27 de abril. A festa será no dia 26, sexta-feira, às 18h30, na Sala Mário Tavares, que fica no prédio anexo do Theatro Municipal.

 

Ao longo destes anos, a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa formou milhares de bailarinos, coreógrafos, professores, profissionais e amantes da dança no país, que atuaram ou atuam em diversos teatros nacionais e até internacionais. Como por exemplo, os primeiros bailarinos do Theatro Municipal: Claudia Mota, Marcia Jaqueline, Juliana Valadão, Cícero Gomes, Aurea Hammerli e Nora Esteves, entre muitos outros grandes nomes da dança.

 

    Dirigida por Hélio Bejani (Diretor Geral) e Paulo Melgaço (Vice-Diretor) a EEDMO, que pertence a Fundação Teatro Municipal, oferece curso profissionalizante de dança reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação. São em média 250 alunos distribuídos do nível preliminar ao técnico que cursam uma série de disciplinas como: ballet clássico, dança contemporânea, dança caráter, história da dança, terminologia, composição e improvisação, saúde e dança, música, comportamento e atitude na dança, noções de coreologia, teatro e dança. Tudo isto, com o objetivo de formar bailarinos mais preparados para as exigências do mercado profissional e contribuir para a formação de seres humanos melhores, sensíveis, críticos e conscientes que farão da dança instrumento para ver o mundo com outras possibilidades. Assim, as aulas são diárias, com professores de excelência e grande experiência em suas áreas. A maior parte deles formada pela própria escola que seguiram carreira profissional no Corpo de Baile do Theatro Municipal e depois retornaram à EEDMO, reforçando o sentido de tradição, de valorização de instituição de Ensino que é preservada e que, certamente, reforça a qualidade e o compromisso do conteúdo oferecido.

 

“É muito gratificante ser diretor da Escola e poder acompanhar o desenvolvimento técnico e artístico de nossos alunos. Eles completam o curso técnico, muitos fazem estágio e integram nossa Cia Trainne, a Cia BEMO e posteriormente ingressam no Corpo de Baile. Alguns chegam ao posto de solista e primeiro bailarino, cargos mais altos do ballet. E todos poderão conferir na próxima temporada do Ballet O Lago dos Cisnes” esses grandes talentos - afirma Hélio Bejani, Diretor do Ballet do Theatro Municipal e da Escola e Estadual de Dança Maria Olenewa.

 

“O que mais me encanta em nossa escola é poder ver a diversidade, são alunos e alunas oriundos de diversas partes da cidade e cidades próximas, alguns de projetos sociais, de diferentes classes sociais, raça, tipos de escola. Com isso, poder ver que corpos negros e pobres estão conseguindo ocupar determinados espaços que há alguns anos eram inimagináveis, me deixa muito feliz”- ressalta Paulo Melgaço, Vice-Presidente e pesquisador da EEDMO.

 

O evento comemorativo do aniversário da Escola acontecerá no dia 26 de abril, sexta-feira, às 18h30, na Sala Mário Tavares (prédio anexo Theatro Municipal).

 

Quando e Onde

Data: 26 de abril de 2024 – sexta-feira

Horário: 18h30

Local: Sala Mário Tavares – prédio anexo do Theatro Municipal

Endereço: Av. Alm. Barroso, 14/16 - Centro, Rio de Janeiro 

Lotação: 160 lugares

Classificação: Livre

Entrada franca – sujeita a lotação

CALUNGA---FOTO-LUIZ-A--UREO.jpg

Cisne Negro Cia de Dança leva tradições maranhenses ao palco do Sesc 14 Bis com estreia de "Crôa" e apresentação de "Calunga"

Espetáculo coreográfico baseado na cultura popular e folclore do Maranhão, incluindo apresentações das Caixeiras do Divino, promete envolver o público em uma experiência única nos dias 4 e 5 de maio

Após atingir uma marca de levar mais de 3 milhões de pessoas ao teatro, a Cisne Negro Cia de Dança chega com mais um espetáculo. A apresentação das obras “Calunga” de Rui Moreira e “Crôa” de Simone Ferro acontecem nos dias 4 e 5 de maio, no Sesc 14 Bis. Este projeto é decorrente de uma pesquisa etnográfica desenvolvida nos últimos 17 anos, onde Simone Ferro e o seu marido Meredith W. Watts pesquisam a cultura popular e o folclore maranhense. Além disso, a exibição conta também com uma oficina com as Caixeiras do Divino, responsáveis por conduzir os rituais da festa do Divino Espírito Santo no Maranhão.

 

A grande estreia da ocasião é Crôa,  uma releitura coreográfica baseada nas tradições culturais do Maranhão, mais especificamente nos diversos rituais que envolvem a celebração de Pentecostes. Com isso, as Caixeiras do Divino representam um importante caleidoscópio cultural maranhense, onde uma rica complexidade rítmica, resultante da presença africana, se junta ao catolicismo popular para honrar e pedir bençãos à divindade encenado juntamente com os bailarinos da companhia.

 

Assim, o projeto âncora é uma das tradições culturais maranhenses mais praticadas e respeitadas em todo o estado. A criação coreográfica se baseia em parte na narrativa e no ritual da Festa do Divino onde cada estágio de sua manifestação, corresponde a um tipo de cantoria, movimentação e densidade rítmica. Utilizando um processo estrutural não linear, as interações entre Caixeiras e bailarinos, ocorre através de dispositivos de criação incluindo temas como devoção, finitude e herança.

 

Além disso, é importante ressaltar que as Caixeiras do Divino têm uma presença marcante nas comunidades onde vivem e esta presença será compartilhada com o público. Antes ou depois das celebrações, o grupo se reúne em uma roda para tocar informalmente o que é chamado de rojão, carimbó ou terecô. O público terá acesso a esse momento, podendo interagir com todos os intérpretes da apresentação.

 

O espetáculo é dirigido por Simone Ferro, que é coreógrafa, educadora, pesquisadora e Fulbright Fellow.  Como coreógrafa e especialista de movimento, ela colabora extensivamente com a comunidade de dança, teatro e ópera, bem como com artistas visuais, escritores, músicos e cineastas. Ferro também possui longo histórico com a companhia tendo integrado o elenco de bailarinos durante os primeiros anos da Cisne Negro.  Em técnica, Simone trabalha com dança clássica com uma visão somática aplicada na qual utiliza conceitos de análise de movimento, cinesiologia, anatomia, biomecânica e estudos da fáscia, sendo reconhecida com inúmeros prêmios, incluindo APCA, Career Recognition pelo Wisconsin Dance Council, Universidade de Iowa Alumni Fellowship, Universidade do Wisconsin em Milwaukee (UWM) Graduate School Research Grant, Outstanding Undergraduate Teaching Award e Research Growth Initiative (RGI), e uma Research Fellowship pelo Centro de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos da UWM. Mais recentemente, ela e Meredith W. Watts, elaboraram um Podcast intitulado “Liderança Feminina na Cultura Popular Maranhense: História, Memória e Legado”, onde eles entrevistaram mulheres que fazem a diferença nas tradições culturais do estado. Até hoje, eles já entrevistaram mais de 60 líderes femininas do Maranhão. 

 

Além da estreia de “Crôa”, a agenda também contempla apresentações de Calunga, coreografia idealizada por Rui Moreira em 2011, que retrata um mergulho histórico e estético nas tradições “folclóricas populares” do Brasil e tem como fonte inspiradora a composição musical de Francisco Mignone (1897-1986) intitulada Maracatu de Chico – Rei (1933). No argumento criado por Mário de Andrade, Chico – Rei era um escravo – líder de sua tribo do outro lado do Atlântico – que conseguiu comprar sua liberdade e a de quase todos os seus súditos que vieram com ele trabalhar em Minas Gerais. E assim a corte de Chico – Rei desfila em Vila Rica, com a dança das mucambas (amas), dos príncipes, dos macotas (mestres de terreiros), do rei e da rainha, até chegarem à praça principal da cidade, onde os senhores recebem o pagamento em ouro e libertam os escravos remanescentes. O Maracatu é um ritmo musical contagiante e no contexto de manifestações dramáticas populares é um cortejo composto por vários personagens, entre eles o boneco ou Calunga. Feitas de madeira ou cera, essas bonecas representam a nobreza, a ancestralidade e o sincretismo presentes nesta festa de rua.

 

Quando e Onde

Data:  04 e 05 de maio

Horário:

04 de maio às 20h

05 de maio às 18h

Local: SESC 14 Bis R. Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista

Captura de tela 2024-04-12 124719.png

Vidas Secas
 

por Eleusa Lourenzoni


A magia de "Vidas Secas" ganhou vida no palco do Teatro Arthur Azevedo, na cidade de São Paulo, na última quarta-feira, dia 10. A Faces Ocultas Cia de Dança brilhou intensamente, transportando o público para as paisagens áridas e emocionais do sertão nordestino.

 

Neste espaço sagrado da arte, cada movimento dos bailarinos ecoava a história profunda e multifacetada da obra de Graciliano Ramos. Sob a direção habilidosa de Arilton Assunção, o elenco estava mais do que preparado, demonstrando uma sincronia e uma entrega que cativaram a plateia desde os primeiros momentos.

 

A iluminação perfeita do teatro serviu como um cenário ideal, destacando cada gesto, cada expressão dos artistas. Entre sombras e feixes de luz, a narrativa se desdobrava, revelando os contrastes entre a esperança e a desolação, a vida e a morte. As belas figuras criadas pelos bailarinos não eram apenas corpos em movimento, mas sim símbolos poderosos de uma humanidade em constante busca por redenção.

 

"Vidas Secas" não é apenas uma peça de dança; é uma experiência visceral, uma jornada emocional que nos convida a refletir sobre as questões mais profundas da existência humana. Ao trazer à vida as agruras do sertão nordestino, a obra nos lembra da importância da empatia, da solidariedade e da esperança em meio à adversidade.

 

Assim, a apresentação da Faces Ocultas Cia de Dança no Teatro Arthur Azevedo foi mais do que um simples espetáculo; foi uma celebração da arte como um meio de transformação e de conexão entre os seres humanos. E mesmo depois que as cortinas se fecharam e os aplausos cessaram, o impacto emocional de "Vidas Secas" continuará ecoando nas mentes e nos corações daqueles que tiveram o privilégio de testemunhar sua grandiosidade.

Arrasta para abaixo e tenha mais notícias...

 

Captura de tela 2024-04-09 083620.png

 

TA | Sobre Ser Grande

 
A apresentação do espetáculo "TA | Sobre Ser Grande", pela companhia Corpo de Dança do Amazonas, no Teatro da Reitoria, Centro de Curitiba, nos dias 30 e 31 de março, durante a Mostra Lúcia Camargo do 32º Festival de Curitiba, atraiu uma plateia entusiasmada em sua estreia. A obra, sob a direção, concepção artística e coreografia de Mário Nascimento, recebeu uma ovação de pé que perdurou por vários minutos após o seu término.

Explorando o tema dos povos originários, o espetáculo mergulha na essência do termo "grande", derivado do povo Tikuna, uma etnia indígena do Amazonas. Este nome não só representa esse grupo étnico, mas também aborda os desafios contínuos enfrentados por essas comunidades na luta pela sua existência. Durante uma interação com o público, Mário Nascimento compartilhou como a concepção da peça foi moldada durante a pandemia de Covid-19, evidenciando os impactos exacerbados sobre esses povos.

 

O diretor enfatizou que essas comunidades indígenas desempenham um papel crucial na preservação da floresta, e sua extinção representaria não apenas a perda dessas culturas, mas também um golpe fatal para a biodiversidade da região. Essa mensagem central reflete a visão da companhia de que a luta dos povos originários é uma batalha que transcende fronteiras étnicas, sendo, na verdade, uma luta de todo o povo brasileiro.

A trilha sonora, elaborada pelo DJ Tubarão, incorpora elementos sonoros da natureza, vocalizações e expressões características dos povos originários, contrastadas com batidas eletrônicas propositadamente intensas e desconfortáveis. A coreografia, por vezes, agressiva e violenta, desafia e intimida, convidando o público a refletir sobre a intensidade da luta representada no palco. Essa abordagem direta pode desafiar a sensibilidade do espectador menos familiarizado com performances teatrais.

 

A dança, caracterizada pela ausência de protagonismo individual, exige uma atenção ampla por parte do espectador, que pode se encontrar dividido entre os diversos pontos de interesse no palco. No entanto, é justamente nessa união do grupo que o espetáculo encontra sua força e significado, reforçando a mensagem de solidariedade e resistência.

 

O figurino, cuidadosamente elaborado por Ian Queiroz, complementa e enriquece a narrativa visual do espetáculo, sem sobrepor-se aos movimentos da coreografia ou aos outros elementos cênicos. Ian explicou que, ao desenvolver os trajes, buscou inspiração nas histórias e identidades das pessoas na companhia, criando uma narrativa visual que evolui ao longo da performance. Além dos trajes típicos dos povos originários, elementos como botas e blazers são habilmente integrados à composição visual, acrescentando camadas de significado à apresentação.

Captura de tela 2024-04-08 204530.png

Pé de Feijão Arte e Educação apresenta sessões gratuitas de espetáculos de teatro e dança para mais de mil crianças e jovens de Salvador

 

O programa de formação artística e mediação cultural para as infâncias do Teatro Vila Velha contempla estudantes e educadores de escolas públicas, projetos sociais e comunidades da capital baiana

 

Criado em 2016 pela diretora, curadora e coreógrafa Cristina Castro,  projeto Pé de Feijão Arte e Educação segue em sua terceira edição promovendo um amplo trabalho de mediação cultural com foco na iniciação artística de crianças e adolescentes da rede pública de ensino, de comunidades e de instituições sociais, através do acesso gratuito a atividades culturais e educativas, unindo arte, sociedade, educação e ações de acessibilidade.

 

Nesses próximos meses de abril, maio e junho, integrando também a programação de “O Vila Ocupa a Cidade”, o projeto apresentará 12 sessões gratuitas de espetáculos de teatro e dança para mais de 1.200 crianças, jovens e educadores de escolas públicas, projetos sociais e comunidades,  em espaços tradicionais do circuito cultural baiano, como o Teatro do SESC-SENAC Pelourinho e o Teatro do Goethe-Institut Salvador.

 

As obras escolhidas -  “O Mundo das Minhas Palavras” (Núcleo Teatro Viável/Salvador), “Debaixo D'água” (dança/Coletivo Trippé - Juazeiro) e “Saudades, João” (teatro/Salvador) - trazem uma perspectiva de inclusão e reflexão sobre a infância e a juventude e seus saberes ligados à identidade, à liberdade, ao meio ambiente e a diferentes contextos sociais, com o objetivo de criar vínculos de aproximação e diálogo com a realidade social do público. Vale pontuar que, uma das sessões de cada espetáculo contará com tradução em libras e audiodescrição, alinhando-se assim à inclusão de pessoas em seus diferentes grupos.

 

“Através do programa Pé de Feijão apresentamos o universo teatral para a plateia que estará construindo o futuro. Nele, o trabalho precioso da mediação cultural entre conteúdo, produção artística e educação se unem em prol de uma formação cidadã, trazendo novas perspectivas para reflexão de temas  importantes e urgentes, e promovendo amplo acesso à cultura”, reflete Cristina Castro, coordenadora geral do projeto.

 

Pessoas interessadas em levar escolas públicas, ONGs e projetos sociais  às apresentações do projeto Pé de Feijão, podem entrar em contato pelo telefone (71) 99275-1353. Para mais informações, acesse o instagram @projetopedefeijao

 

O projeto Pé de Feijão Arte e Educação é uma realização do Teatro Vila Velha e da Baobá Produções e tem patrocínio do Instituto Neoenergia, pelo edital nacional "Transformando Energia em Cultura", e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

IMG_7786.jpg

Cia Catavento oferece oficina gratuita de acrobacias coletivas

 

Os profissionais e amantes das artes circenses têm a oportunidade de formação gratuita neste fim de semana. A Catavento Cia Circense vai oferecer neste sábado (6/4) uma oficina de acrobacias coletivas. A formação acontece, de graça, das 14h às 16h na sede da companhia, no Setor Bela Vista.

 

Há vinte vagas disponíveis e as pessoas interessadas devem fazer a inscrição acessando o Sympla. O objetivo da atividade é aprender a importância de se trabalhar em equipe, fortalecer laços, além de treinar a criatividade. Esta atividade faz parte de uma série de ações da companhia viabilizada por projeto de apoio a grupos e coletivos artísticos com financiamento da Funarte.

 

Quem vai oferecer a oficina são três dos dez alunos que integram o Núcleo de Formação Ampliada para o Artista de Circo (NUFAAC): Amanda Félix, Eduarda Castelo e Paz Sandoval.

 

 

Quando e Onde

6 de abril | 14h às 16h | 20 vagas | Gratuitas

Local: Cia Catavento, . S-4, Quadra S9a, Lote 16, Número 916 - St. Bela Vista, Goiânia - GO

 

Inscrições: https://linktr.ee/ciacatavento

Captura de tela 2024-04-04 083704.png

Festival de Dança de Joinville anuncia as atrações da Noite de Abertura e Noite de Gala
Balé do Teatro Colón e São Paulo Companhia de Dança são destaques da 41ª edição do evento

 
Como é tradição, o Festival de Dança de Joinville trará para o palco do Centreventos Cau Hansen, em sua 41ª edição, companhias de renome internacional para a Noite de Abertura e Noite de Gala. E o momento tão aguardado de conhecer quais serão esses espetáculos chegou. 

 

As cortinas vão se abrir, no dia 15 de julho, às 19 horas, na Noite de Abertura, com o Balé do Teatro Colón, da Argentina, que apresentará o espetáculo: A Bela Adormecida. A Companhia de balé é a mais antiga da América Latina. Mais de 60 bailarinos compõem o corpo de baile, além disso, a companhia conta com uma equipe técnica, composta por cenógrafos, figurinistas e outros profissionais que vão garantir a excelência desse espetáculo que é um dos clássicos do ballet, mas promete surpreender. 

Já a Noite de Gala, no dia 21 de julho, às 19 horas, quem subirá ao palco será a São Paulo Companhia de Dança (SPCD), com dois espetáculos: Gnawa, de Nacho Duato; e Odisseia, de Jöelle Bouvier. “Gnawa” é uma peça que utiliza os quatro elementos fundamentais - água, terra, fogo e ar - para tratar da relação do ser humano com o universo. A obra apresenta o reiterado interesse de Nacho Duato pela gravidade e pelo uso do solo na constituição de sua dança. 

 

“Odisseia” é uma viagem, um reencontro consigo mesmo. Movida pela questão dos migrantes da atualidade, a coreógrafa constrói uma estrutura dramática e poética que aborda temas como mudança, transição, partida e a esperança de uma vida melhor. “Neste momento, somos todos sensíveis a esta questão, que é forte no mundo”, comenta Jöelle. Bouvier explica que procurou misturar fragmentos das “Bachianas Brasileiras” com a composição de Bach, “Paixão Segundo São Mateus”. Ao final temos na voz de Maria Bethânia, a música Melodia Sentimental e o poema “Pátria Minha”. A obra tem coprodução de Chaillot – Théâtre National de la Danse, na França.

 

Criada em janeiro de 2008, SPCD é gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. Inês Bogéa foi bailarina do Grupo Corpo, crítica de dança da Folha de S. Paulo (2001-2007) e integrou o júri técnico do quadro Dança dos Famosos do programa Domingão do Faustão (2016-2021). 
 
Ingressos:
Os ingressos para todos os espetáculos do Festival de Dança de Joinville, que vai de 15 a 27 de julho, estão disponíveis online, no site Ticket Center (https://www.eticketcenter.com.br/) , a partir do dia 2 de abril. Outra opção é a compra presencial na cafeteria: De Sapatilhas, anexa ao Saltare Centro de Dança (antiga Escola Germano Timm), na rua Orestes Guimarães, 406, das 10 às 18 horas

O que, Quando e Onde...
Noite de Abertura
Balé Teatro Cólon 
Espetáculo: A Bela Adormecida 
15 de junho de 2024, às 19h
Centreventos Cau Hansen
 
Noite de Gala
São Paulo Companhia de Dança 
Repertório: Gnawa, de Nacho Duato / Odisseia, de Jöelle Bouvier
21 de julho de 2024, às 19h
Centreventos Cau Hansen 

Captura de tela 2024-03-29 112842.png

Núcleo de Dança Marcos Sobrinho leva - Arrastão de Solos à Oswald de Andrade

Quatro artistas – Jussara Miller, Luciana Hoppe, Simone Mello e Marcos Sobrinho – ocupam a Oficina Cultural Oswald de Andrade com oficinas e composições coreográficas, que evidenciam a natureza humana indissociável da natureza planetária e trazem suas reflexões sobre a nossa existência na sociedade contemporânea e modos de resistir, se reinventar e readaptar sempre.

 

 

     ‘Dramaturgias Paralelas’, proposta do Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho, ocupa a Oficina Cultural Oswald de Andrade, durante todo o mês de  abril, com o “Arrastão de Solos”, reunindo criações de Jussara Miller, Luciana Hoppe, Simone Mello e do próprio Marcos Sobrinho, artistas que atuam em São Paulo, mas que habitam outros eixos culturais fora dos grandes centros urbanos, tendo a natureza como elemento atravessador de suas escolhas estéticas e o meio ambiente ignição para criação. Nos mesmos dias das apresentações, as artistas ministram oficinas relacionadas aos processos de criação de suas obras. As ações são gratuitas.
   O 'arrastão' começa no dia 1 de abril (segunda-feira), com "O Pescador de Ilusões", de Marcos Sobrinho, um estudo continuado sobre as poéticas do carnaval – do samba, suas diversas influências e rituais presentes no imaginário do povo brasileiro. Inspirado inicialmente no livro “Antropologia da Face Gloriosa”, do artista visual e cineasta brasileiro Arthur Omar, a performance, que evolui como um poema sonoro criado por uma bateria de escola de samba, se lança numa paisagem cênica onde corpos-memórias de uma dança esboça imagens-gestos que atravessam o rito do carnaval. Nesta nova fase da pesquisa, a dramaturgia tem como principal referência o historiador e escritor carioca Luiz Antônio Simas. Em uma se suas obras sobre as tradições ancestrais brasileiras – “O Corpo Encantado das Ruas, História e Arte”, em parceria com Alberto Mussa –, ele aborda a necessidade de entendermos os espaços ocupados pelos desfiles de carnaval como poéticos e políticos. “Trazer uma ideia de corpo-manifesto para esta nova vivência cênica, atualiza nosso rito do carnaval e nos possibilita, de alguma forma, propor um campo aberto de resistência poética-política, um campo que transita entre a celebração e o protesto”, pondera Sobrinho, que vem tendo uma experiência sensorial em meio à natureza e trazendo reflexões que perpassam pelas relações de pertencimento e ao mesmo tempo estranhamento com a nova paisagem. As apresentações  acontecem às segundas e terças, sempre às 20h30, até o dia 16 de abril, quando encerra com um bate-papo mediado pela multiartista e arte-educadora Valquíria Rosa.
   "Mar Inquieto", solo que Simone Mello apresenta de 11 a 13 de abril, nasceu às margens do Atlântico, na Bahia, em 2011, no rastro do devastador Tsunami que atingiu o Japão levando, com sua magnitude, incontáveis vidas e o sentido de ordem, segurança e bem estar. No dia seguinte à tragédia de proporções monumentais, o coreógrafo japonês Tadashi Endo, durante seu laboratório de Butoh ao qual a artista participava, preferiu dançar para o grupo. “Comovida com sua dança e tomando emprestado do escritor Yukio Mishima o nome de seu livro publicado em 1954, fui inevitavelmente confrontada com a minha condição de vizinhança com o mar. Afetada e movida por estas ondas de informações e sensações, que chegavam como destroços de um terremoto-explosão-nuclear, deixei emergir das profundezas meu próprio Tsunami”, revela Simone Mello, que investiga o corpo-catástrofe e encarna na cena a tensão, o lamento, a perda de sentidos e a tentativa de reconstrução de memórias individuais e coletivas geradas por esse e outros desastres planetários e crise climática, como o rompimento da barragem do Fundão da mineradora Samarco, no município de Mariana (MG), e as chuvas e desabamentos seguidos de morte no litoral de São Paulo, que impactaram a comunidade brasileira. As apresentações acontecem quinta e sexta, às 19h30, e no sábado às 18h. Na sexta (12), após o espetáculo, rola conversa sobre o processo de criação com a mediação da bailarina, socióloga e pesquisadora Talita Vinagre.
   "Universo Invisível", de Luciana Hoppe, envolve dança, literatura e ecologia e inspira-se na obra de Valter Hugo Mãe, "Homens Imprudentemente poéticos", que trata da alma humana de forma sensível e intensa, convocando-nos a olhar para a nossa relação com nós mesmos e com os outros seres humanos e demais seres vivos. O trabalho traduz, em imagens corporais e movimento, a sinergia que se dá entre o planeta Terra, enquanto um grande organismo vivo, que permitiu o desenvolvimento de estruturas capazes de adaptarem-se ao meio ambiente, com a  Via Láctea, que sustenta a nossa existência, e que, por sua vez, pertence à grande teia cósmica infinita. As apresentações acontecem de 18 a 20 de abril (quinta e sexta, às 19h30, e sábado às 18h) e, na sexta, reserva bate-papo com mediação de Silvia Geraldi, artista, pesquisadora da dança e professora do Departamento de Artes Corporais e do Programa de Pós-Graduação, na Unicamp, 
   O livro de Ailton Krenak, “Ideias para adiar o fim do mundo”, é motor para a criação de “Verdes e Ouvirdes”, de Jussara Miller, escolhida para encerrar esta primeira etapa do projeto Dramaturgias Paralelas. Dirigido por Norberto Presta, com audiovisual de Christian Laszlo, o solo propõe um diálogo entre dança e fotografia e reflete, de maneira poética e crítica, o impacto ambiental no país. Numa abordagem multimídia, que apresenta imagens fotográficas em movimento, projetadas na tela e no corpo revelando a interface entre dança e audiovisual, “Verdes e Ouvirdes” revela um corpo transitando por densidades reais e oníricas, dançando entre árvores e concreto, banhado em chuva e lama. Um corpo contemporâneo que quer reconciliar-se com a natureza, tentando adiar o fim do mundo e parar o céu antes de sua queda final. “O trabalho aborda a fricção entre ecologia e dança, na urgência deste momento em que testemunhamos por anos o abandono de políticas ambientais em nosso país, atingindo diretamente o ecossistema e, consequentemente, as populações com alta vulnerabilidade”, opina Jussara Miller. As apresentações ocorrem de 25 a 27 de abril (quinta e sexta, às 19h30, sábado, às 18h), com o último bate-papo na sexta, mediado por Pin Nogueira, artista, mestra em Comunicação e Semiótica e professora especializada na PUC-SP.
   Para o próximo semestre, está prevista uma segunda fase – “Diálogos em Solos Reunidos” – performance que resultará da dramaturgia experimentada pelos quatro artistas durante as vivências cênicas e pesquisas corporais do projeto Dramaturgias Paralelas, tendo a improvisação como ponto de partida e a questão do Exílio – tema bastante discutido durante os encontros e compartilhamentos -, na visão do filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser como inspiração.

 

Quando e Onde

Arrastão de Solos – Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho
1 a 16/4 (2ªs e 3ªs, às 20h30)
“O Pescador de Ilusões”, de Marcos Sobrinho
*16/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Valquíria Rosa.
11 a 13/4 (5ª e 6ª, às 19h30; sáb, às 18h)
“Mar Inquieto”, de Simone Mello
*12/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Talita Vinagre
Oficina “Mar Inquieto – para Dançar Imediatamente, apesar da catástrofe planetária” 
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
18 a 20/4 (5ª e 6ª, às 19h30; sáb, às 18h)
 “Universo Invisível”, de Luciana Hoppe
*19/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Silvia Geraldi
Oficina “Dramaturgia corporificada”
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
25 a 27/4 (5ª e 6ª, às 19h30; sáb, às 18h)
“Verdes e Ouvirdes”, de Jussara Miller 
*26/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Pin Nogueira
Oficina “A Escuta do Corpo”
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo – SP
 

Captura de tela 2024-03-29 110609.png

RASTRO - T.F. Cia de Dança

“O passado torna-se nossa fonte de inspiração; o presente, uma arena de respiração;
e o futuro, nossa aspiração coleƟva” – Ngugi wa Thiong’o.1


Fragmentos de tempo em espiral. Um rastro de movimento, de memória e de repeƟção.
Como o corpo se lança numa relação com o que ele mesmo produz? É a presença de uma ausência.
Instantes que já passaram e seguem esvaindo. Um rastro também de futuro, um eco que se anuncia
antes do som. Rastro como algo que precede e segue uma ação, ao mesmo tempo em que se torna
uma lembrança do que já se foi.
Vesơgios, marcas, ondas, reverberações, trilhos, presenças, fantasmas, acontecimento.
Rastro como caminho de suor que percorre o corpo. É lampejo do agora que se foi. Rastro como
coreografia que dialoga com cada espaço; Rastro como travessia e como vulto que se forma na
insistência de uma repeƟção. Rastro como presença: de uma dança do agora, da diversidade de
corpos, dos modos de se fazer-pensar-senƟr-agir da T.F. Cia de Dança.

 

 

Dias 12, 13 e 14 de abril de 2024

Sexta, às 15h, na Praça Floriano Peixoto

Sábado, às 17h e Domingo, às 16h, na área de Convivência do SESC Santo Amaro.

Grátis.

Menino Assum Preto - Foto de Sarara Rodrigues 2.jpg

Grupo Flying Low apresenta espetáculo de dança
"Menino Assum Preto" em Diadema e Santo André

 

Inspirado na história do pássaro Assum Preto, da música de Luiz Gonzaga, o espetáculo reflete sobre os anseios da população periférica, por vezes impedida de voar, com suas asas cortadas pelas dificuldades.

 

O Grupo Flying Low (@grupo_flyinglow) está realizando uma temporada gratuita do espetáculo "Menino Assum Preto", além de ciclos de conversa após as apresentações e oficinas de breaking.

 

Nos dias 05 e 06 de abril de 2024 (sexta-feira e sábado), às 19h30, o grupo apresenta "Menino Assum Preto" no Teatro Clara Nunes, que fica no Centro Cultural Diadema. No mesmo local, no dia 01 de abril (segunda-feira), de 9h às 11h30, acontece a aula “Voando com Flying Low” para os bailarinos da Companhia de Danças de Diadema, compartilhando métodos utilizados em suas criações.

 

Em 19 de abril (sexta-feira), às 19h, o grupo se apresenta no Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes, em Santo André (SP). No mesmo dia, de 10h às 13h, acontece a aula aberta “Voando com Flying Low”.

 

O espetáculo "Menino Assum Preto" é inspirado na história do pássaro nordestino Assum Preto, tema de música de Humberto Teixeira e cantada por Luiz Gonzaga, que perde suas possibilidades de voar por o cegarem e acaba aprisionado para a comercialização.

 

Através do corpo, a montagem propõe uma metáfora entre o desespero de ser engaiolado, no contexto contrabandista em que o pássaro "Assum Preto" está inserido, e o ritmo repetitivo presente no cotidiano urbano e comercial de trabalhadores periféricos das grandes cidades.

 

"Menino Assum Preto" reflete sobre o estilo de vida massante da população periférica no sistema capitalista, a partir da imagem poética do pássaro que é impedido de usar as asas e vive engaiolado. Traçando um paralelo entre a agonia do pássaro como produto e a agonia do cotidiano da classe trabalhadora, que também tem suas “asas” cortadas pelas dores, dificuldades e traumas da vida, o espetáculo lança um olhar sensível sobre a busca desesperada por sobreviver dentro destes contextos.

 

“É uma busca constante por chegar em algum lugar em que possa haver a existência e não apenas a sobrevivência. Assim como o pássaro, que vive entre a tortura e o tormento, o processo criativo se estabelece dialogando diretamente com os traumas internalizados pelos intérpretes, lançando um olhar sobre o trabalhador periférico”, comenta o grupo. 

Captura de tela 2024-03-29 104945.png

Ball Vera Verão cria Vera Verso em sua sétima edição

House of Zion e Coletivo AMEM realizam programação com workshops, debates e uma ball com 16 categorias. Evento acontece no dia 30 de março

 

No dia 30 de março, sábado, a partir das 21h, o Studio Stage recebe a Ball Vera Verão: Vera Verso, realizada pela House of Zion e o Coletivo AMEM com apoio da Unaids. Esta é a sétima edição do evento, que já faz parte do calendário cultural de São Paulo. 

A inspiração para o tema é o metaverso, conceito que se popularizou nos últimos anos e que, simplificadamente, explora as múltiplas possibilidades de existência ao mesmo tempo em locais e períodos históricos diferentes. Na Vera Verão de 2024, cada uma das 16 categorias será como um portal para distintos lugares do cosmos, apresentando uma jornada que levará a comunidade a explorar territórios galácticos inexplorados: o Vera Verso.

“Após sete anos de Ball Vera Verão, é possível ver o quanto a ‘Vera’ tem tomado esse lugar de importância no cenário Ballroom Nacional e até mesmo internacional. Existem muitas expectativas sobre cada edição da Vera, tanto do público, quanto de nós da produção que pensamos em elevar o nível de excelência em cada edição. Nesta edição da Vera Verso, nós queremos levar a ‘Vera’ pra viajar por outras realidades, bolhas, experiências de outros universos e trazer essa energia pra todes nós durante a Ball”, explica Félix Pimenta, idealizador e diretor artístico da Ball Vera Verão, co-fundador do Coletivo AMEM, father (pai, liderança) da House of Zion e Pioneer (pioneiro) da Cultura Ballroom no Brasil.

Além da Ball, o evento anual propõe ainda um circuito de atividades formativas que, este ano, irão acontecer no SESC Pompeia, Fábrica de Cultura Capão Redondo e outros espaços culturais entre os dias 27/03 e 06/04, com debates, oficinas e apresentações artísticas. A iniciativa reúne workshops de dança, debates sobre saúde, HIV/AIDS, política de drogas, história da Ballroom e outros temas que abordam as demandas das pessoas negras, LGBTQIAPN+ e periféricas que formam a Comunidade Ballroom no Brasil, celebrando suas vidas e sua criatividade.

O circuito celebra a memória da icônica personagem Vera Verão, criação de Jorge Lafond, figura de grande importância na representação da comunidade LGBTQIAPN+. Artista negro e gay, Lafond deixou um legado significativo na televisão brasileira nos anos 1990, desafiando estereótipos e abrindo caminhos para a diversidade na mídia. A Ball Vera Verão 2024 busca não apenas honrar e ressignificar sua memória, mas também explorar as diversas possibilidades de existência de corpos racializados e dissidentes em diferentes mundos.

“É muito importante a existência e a continuidade da Ball Vera Verão unindo grandes Houses da cena mainstream do Brasil e América Latina em uma Ball anual, sempre destacando identidades negras, trans, pessoas vivendo com HIV e culturas nacionais, fortalecendo e formando lideranças da comunidade Ballroom”, afirma o produtor-executivo Flip Couto.

A Ball é formada por categorias de dança, de beleza e outras comportamentais, apresentando performances cheias de vigor e originalidade.Muitas pessoas vêm de fora de São Paulo para competir. Simas Maverick Zion, liderança na cena Ballroom Amazonas e integrante da House of Zion, se mobilizou com rifas e contribuições coletivas para participar da ball pela primeira vez. "Fazer parte deste desse evento possibilita não só aprendizado com o circuito e a vivência com artistas e membros da comunidade Ballroom, como também um aprofundamento em áreas como produção cultural, performance, prevenção de HIV/AIDS, entre outros pontos que me atravessam como jovem liderança da cena ballroom do Amazonas. E sendo parte do Planeta Zion, poder celebrar em família me fortalece" comenta.

Malawi Penélope virá de Cuiabá, capital de Mato Grosso, acompanhar a ball também pela primeira vez. Relata que a Vera Verão é uma das suas principais referências na Ballroom brasileira como espaço para pensar ancestralidade e comunidade. “A importância da Vera Verão é relembrarmos anualmente que temos um espaço seguro para nos reunir e celebrar os nossos, de imaginar o quanto aquela vida é potente para existir se destacando em cada metaverso, em cada existência do presente e no futuro. E irá existir, pois todos os anos nos reunimos para lembrar, celebrar e fazê-la (e nos fazermos) presente neste mundo”, detalha. Nos anos anteriores, assistiu ao vivo pela transmissão no Instagram, e relata que está “muito feliz em poder ver pessoalmente, com meus próprios olhos, a grandiosidade daquilo que vi pelas telinhas”.

cursos eleusa banner.jpg
Captura de tela 2024-03-29 101222.png

Um encontro marcado com dois coreógrafos e obras que mostram as diferentes matizes do afeto, amor, encontros e desencontros, interpretados pelos bailarinos da Cia

 

O Theatro Municipal de Niterói vai receber de 28 a 30 de março, com a apresentação do Ministério da Cultura e patrocínio master do Instituto Cultural Vale dois espetáculos. O primeiro será Macabéa, da coreógrafa e primeira bailarina do Ballet do Theatro Municipal, Marcia Jaqueline, e Sem Você, do coreógrafo e maitre ballet Eric Frederic – todas feitas sob encomenda para a Cia de Ballet Dalal Achcar.

 

Os espetáculos, apresentados pelo Ministério da Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, e produção da Aventura, são compostos por uma cia de ballet extremamente preparada, com 18 excelentes bailarinos e reúne a nata da dança jovem. Montados pela companhia que tem o crivo de excelência de Dalal Achcar, grande dama da dança nacional, “Sem Você”, é do coreógrafo e maitre de ballet Éric Frédéric; e "Macabéa", inspirado na obra “A hora da estrela”, de Clarice Lispector, é criação da primeira bailarina do Ballet do Theatro Municipal, Márcia Jaqueline, que estreia como coreógrafa do espetáculo.

 

Focando na parceria com novos coreógrafos, Dalal tem o objetivo de trazer frescor e um ar mais plural para o mercado do ballet no Brasil. Ela ressalta ainda a importância do intercâmbio entre as companhias, muito comum na Europa. “É importante para firmar a força da dança. O coreógrafo precisa ser conhecido além da própria companhia. O processo de criação é uma troca.”, pontua Dalal Achcar, que fala ainda sobre a importância de se apresentar na cidade sorriso. “Niterói é a cidade berço do balé no Rio de Janeiro, capital. A cidade que mais escolas de balé tem no Brasil, é Niterói, que tem uma tradição cultural, com uma imigração de ingleses e estrangeiros. É uma cidade muito importante. O Theatro Municipal de Niterói é uma jóia. E ir para Niterói é um marco para todas as companhias de dança e para a nossa também”, finaliza.

 

Temporada Macabéa / Sem Você - De 28 a 30 de março

Dia 28 de março - 19h – Espetáculo 1

Dia 29 de março - 18h - Espetáculo 2

Dia 30 de março - 18h - Espetáculo 3

Local: Teatro Municipal João Caetano - Niterói - Lotação: 400 lugares

Ingressos: a partir de R$ 15,00 (quinze reais)

Vendas Online: https://bileto.sympla.com.br/event/91879?share_id=1-copiarlink

WhatsApp Image 2024-03-20 at 12.14.12.jpeg

Projeto une dança e iluminação em lugares de memória afetiva em Parintins

 

por Wilson Junior

Parintins - A convergência entre iluminação, dança e lugares que emanam da memória afetiva deu vida ao projeto “Performatividade sob Luzes’, de Rogério Cabral, que tem como proposta captar imagens em espaços pontuais de Parintins, que são carregados de simbolismo e afetividade. A junção dessa “brincadeira” de interação com a luz resulta num produto audiovisual em formato de vídeo dança. O projeto, que está em andamento, foi contemplado no edital da Lei Paulo Gustavo, em Parintins (distante a 369 quilômetros de Manaus). 

 

“Os personagens desta obra, que une diversas formas artísticas são Parintins e as  memórias, criadas a partir das vivências afetivas, (res)significadas em sonoridades, lugares, aromas e objetos. Isso nos permite transitar em espaços físicos e também os imaginários para compor as coreografias”, explica Rogério Cabral, artista proponente responsável pela concepção e coordenação do projeto. 

 

Cabral traz uma carga de experiência nos diversos cenários artísticos. Ele é especialista em iluminação cênica de espetáculos de dança, teatro e shows musicais.

 

Sobre o objetivo de “Performatividade sob Luzes”, o artista também esclarece que a questão principal do projeto é mostrar como o movimento das danças “conversa” com os lugares de memórias emocionais dos moradores de Parintins. 

 

“Dentro dessas conexões, a proposta é realizar o encontro entre luz, dança, cidade e as memórias afetivas. Esperamos colaborar com a discussão que se refere às representações sensíveis destes corpos e memórias, nas interações com os espaços culturais”, esclarece.

 

Os lugares escolhidos para estarem no projeto são: as ruas de Parintins; o Centro Cultural Amazonino Mendes, o Bumbódromo; Curral Zeca Xibelão; Curral Lindolfo Monteverde (Cidade Garantido). A equipe também pretende captar imagens de flores e, claro, da água, afinal Parintins é uma ilha. 

 

Além de Rogério Cabral, responsável pelo projeto, a equipe conta com profissionais especializados em pesquisa, dança, iluminação e sonorização. Fazem parte do grupo: Irian Butel; Leonardo Pantoja; Rodrigo Cabral; Victor Nascimento; Glaedson Azevedo, Stanley Fabrício e Edy Almeida.

 

Coreografias 

 

As coreografias do projeto são inspiradas, segundo o coreógrafo Rodrigo Cabral, na dança contemporânea, no boi-bumbá e na capoeira. Ele explica ainda que os elementos das performances são inspirados nos movimentos de flecha, zarabatanas, maracás e flautas.  

 

”Usei na composição minhas raízes e as danças de Parintins. Em cada célula coreográfica e, em cada solo, estão a capoeira, o boi e também a dança contemporânea, que são minhas características”, enfatiza. 

 

Trilha sonora original

A  sonoridade do “Performatividade sobre luzes”,  conforme explica Leonardo Pantoja,  foi inspirada em trilhas sonoras de animes. “É um universo (os animes), o qual gosto bastante, que consegue transmitir emoções e vibrações para personagens animados”, acentua. 

 

Ele completa que foram trabalhados dentro da trilha, momentos de fúria, ternura, ascensão, conquista e vitória, que foram divididas em quatro atos compostos com elementos da natureza e da musicalidade amazônica, como: maracás, flautas, sons da natureza e tambores regionais. 

 

“Defino esse trabalho como um prólogo para outros projetos com o mesmo conceito. Alinhar música, dança e luzes é algo muito inovador dentro do cenário cultural de Parintins”, conclui Pantoja.

 

A montagem 

 

As imagens serão captadas em duas fases. Na primeira, a captação acontece nos locais de memória e a seguir, será a vez das imagens da performance dos bailarinos  nos desenhos de luz, realizada no Teatro Multiuso da Estação Cidadania João do Carmo, Bairro da União. 

 

As etapas de trabalhos se subdividem na captação do audiovisual; coreográfica; plano de iluminação e produção de trilha sonora original. Os performers (bailarinos) constroem as células coreográficas em paralelo com os desenhos de luz pensados para cada cena.

 

 

“Rodrigo e Santley montam as sequências coreográficas, que irão compor a performance que o projeto propõe. Eles fazem o estudo dos movimentos e definem como vão se materializar no corpo dos bailarinos  para depois fechar a coreografia final”, explica Irian Butel.

 

Ela  adianta, ainda, que o resultado do projeto será apresentado na Estação Cidadania João do Carmo e no Centro Cultural Ogum Beira Mar e Cabocla Mariana, no Loteamento Teixeirão. “Estamos todos muito felizes com o resultado. Ficou tudo muito forte”, resumiu Irian.

 

 

Participantes: 

 

●     Rogério Cabral: Técnico em iluminação, iniciou a carreira na equipe da empresa Pró-show Iluminação. Nessa trajetória produziu eventos e shows de artistas nacionais como Raça Negra e Paula Fernandes. Após anos de aprendizado fundou a empresa M&B Iluminação e hoje atua no ramo da iluminação cênica com especialização em espetáculos de dança, teatro e shows musicais. Coreógrafo oficial de galera do Boi Bumbá Garantido há 17 anos.

●     Stanley Fabrício: Performer. Licenciado em História/UEA e acadêmico de Educação Física/UFAM, maquiador profissional e bailarino da CIA de Danças Folclóricas Garantido Show.

●     Irian Butel: Professora, historiadora, pesquisadora, produtora cultural, técnica em elaboração de projetos culturais. Mestranda em Dança pela Universidade Federal da Bahia, Membro do Grupo de Pesquisa em culturas Indígenas, Repertórios Afro-Brasileiros e Populares – Grupo Gira.

●     Leonardo Pantoja: Empresário Proprietário do Studio Ômega - Produtor musical do Boi-Bumbá Caprichoso, diretor musical do Boi-Bumbá Garantido, formado em música pela Escola de Artes Irmão Miguel de Pascalle.

●     Rodrigo Cabral: Licenciado em Dança pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), coreógrafo do Boi-Bumbá Garantido. Participou de projetos e produções artísticas como: Festival Folclórico de Parintins, Festival de Cirandas de Manacapuru, Concerto de Natal O Glorioso, Projeto Puxirum – mostra de artes integradas, Projeto Amazônia Oriental – performance e instalação.

●     Victor Nascimento: Produtor Audiovisual, Filmmaker, Cinegrafista, Diretor de Cena e Fotografia, Editor, Motion Designer 3D, certificado pela Escola Online para Filmmaker e Fotógrafos (AVMAKERS). Também atua na área musical como músico/produtor, técnico em mixagem e masterização. 

●     Glaedson Azevedo: Licenciado em Artes Visuais pela Ufam; Técnico em Tecnologias e Programação pelo Ifam; Gestor em projeto gráfico visual; Manipulação e edição de imagens digitais; Desenho e pintura em aerografia; Técnicas de Pintura Digital. 

●     Edy Almeida: Técnico de iluminação da empresa M&B Iluminação, com trabalhos em desenho de luz dos projetos culturais como SAMBOI 2.0.

 

Fotos: Pedro Coelho

oirxlausanne2023.jpg

Prix de Lausanne
 

82 candidatos participaram na edição 2023 do Prix de Lausanne e 22 deles chegaram às finais. Na final o Júri, presidido este ano pelo Coreógrafo e Diretor dos Ballets de Monte-Carlo e Vencedor do Prêmio Prix de Lausanne 1977, Jean-Christophe Maillot, selecionou 11 Vencedores do Prêmio. Recebem bolsas de estudos em prestigiadas Escolas e Companhias Parceiras do Prix de Lausanne.

Os 11 vencedores do Prêmio Prix de Lausanne 2023 são:
1 – FUNDAÇÃO CARIS
207 –Millán DE BENITO – Espanha

1 – FUNDAÇÃO DE CARVALHO
210 – Fabrizzio ULLOA CORNEJO – México

3 – FUNDAÇÃO COROMANDEL
320 – Sangwon PARK – Coreia do Sul

4 – FUNDAÇÃO MAURICE BÉJART
310 – Julie JOYNER – Estados Unidos

5 – FUNDAÇÃO DAMM-ETIENNE
309 – Seehyun KIM – Coreia do Sul

6 – BOURSE JEUNE ESPOIR
101 – Alecsia Maria LAZARESCU – Romênia

7 – FUNDAÇÃO ALBERT AMON
314 – Ana Luísa NEGRÃO – Brasil

8 – BOLSA ASTARTE
201 – Keisuke MIYAZAKI – Japão

9 – BOURSE JEUNE ÉTOILE
114 – Emily SPROUT – Austrália

10 – FUNDAÇÃO CLERMONT-TONNERRE
413 – Giuseppe VENTURA – Itália

11 – PALÁCIO DE BEAU-RIVAGE
318 – Soo Min KIM – Coreia do Sul

Outros prêmios:

FUNDAÇÃO NUREYEV
Prêmio Melhor Jovem Talento: 310 – Julie JOYNER – Estados Unidos

MINERVA KUNSTSTIFTUNG
Prêmio de Dança Contemporânea: 212 – Alexander MOCKRISH – Suécia

MINERVA KUNSTSTIFTUNG
Prêmio Dança Contemporânea: 314 – Ana Luisa NEGRÃO – Brasil

FONDATION EN FAVEUR DE L'ART CHORÉGRAPHIQUE E CONCERTO DE ARTE
Melhor Candidato Suíço: 210 – Fabrizzio ULLOA CORNEJO – México
Prêmio do Público Web: 207 – Millán DE BENITO – Espanha
Favorito do público: 309 – Seehyun KIM – Coreia do Sul
Prêmio de Finalistas: os Finalistas que não tiverem sido premiados com nenhuma bolsa receberão cada um CHF 1.000.-, oferecido pela Bobst SA.

Page 2 Frestas Poeticas.jpg

Frestas Poéticas 


 O trabalho da Cia Dança sem Fronteiras, criada em 2010, tem uma premissa essencial: a acessibilidade. Fazem parte do grupo mulheres, homens, pessoas trans, de várias etnias, idades, alturas, pesos, com algum tipo de deficiência. Para comemorar os 12  anos da companhia será lançado no dia 23 de fevereiro, às 19h, na sede da SP Escola de Teatro, na Praça Roosevelt, o livro Frestas Poéticas. Idealizada por Fernanda Amaral, bailarina, coreógrafa, criadora e coordenadora da Dança em Fronteiras, a publicação do selo Lucias tem edição da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), entidade responsável, entre outros projetos, pela gestão da SP Escola de Teatro, e faz parte do projeto Frestas Poéticas — Cartografias do Corpo Diverso no Urbano.
 
A Dança sem Fronteiras começou quando a gaúcha Fernanda Amaral retornou ao Brasil em 2010, depois de mais de duas décadas na Europa e nas Américas desenvolvendo trabalho com uma série de ações de investigação e pesquisa sobre a diversidade e as habilidades mi stas na dança.
 
“Eu morava no Reino Unido, mas trabalhava em muitos lugares da Europa, eu viajava muito. Voltei para cá com essa ideia, de que a dança não tivesse fronteiras, nem físicas, nem com relação ao corpo e às artes. Sou apaixonada por São Paulo que é, na minha opinião, uma das cidades mais incríveis do mundo, além de ser um polo cultural importantíssimo. Minha formação como atriz, como preparadora corporal tinha sido aqui e foi pra onde eu quis voltar. Achei que seria o lugar que acolheria esse trabalho”, conta a coreógrafa.
 Mais um fruto da parceria entre Dança sem Fronteiras e SP Escola de TeatroFrestas Poéticas celebra a trajetória da companhia desde a sua criação. “O título do livro vem da imagem da natureza rompendo o concreto, quando nasce uma planta. A gente se identifica com essa imagem, a gente rompe os padrões e mostra que há beleza de várias formas, não de uma forma só. E quer emos mostrar que São Paulo tem beleza também, que há muitas frestas nesse concreto, nessa grande metrópole. O projeto é esse, retomar o urbano, retomar a rua, o presencial depois de dois anos de pandemia e estar muito online, retomar os espaços públicos. Celebrar os doze anos porque não deu pra celebrar os dez”, esclarece Fernanda. 

Espetáculo MANOfestAÇÃO - Crédito Pablo Araripe (5).jpg

MANOfestAÇÃO

 

No dia 11 de fevereiro de 2023 (sábado), às 18h, com entrada gratuita, o  grupo Unity Warriors - que tem como fundador o bailarino Igor Souza - apresenta “MANOfestAÇÃO” na Oficina Cultural Oswald de Andrade, que fica na Rua Três Rios, 363, no Bom Retiro, em São Paulo - SP. 

 

“MANOfestAÇÃO” é um manifesto através da dança breaking, inspirado nas "Block Parties", as originais festas de rua da cultura hip-hop que, em meio ao descanso e o caos, eram pontos de encontro entre jovens que encontraram na dança um refúgio e espaço de protesto.

 

De acordo com Vinicios Silva, diretor artístico, “MANOfestAÇÃO” traz à tona aquilo que nos "aprisiona", buscando (re)apresentar artisticamente a desigualdade social, o racismo estrutural que molda o imaginário social e atravessa nosso fazer, enquanto cidadãos e artistas periféricos, que no meio de tantas adversidades, barreiras invisíveis e visíveis continuam (re)existindo.”

 

A ação integra o projeto ‘EU E VOCÊS, SOMOS NÓS?’ do Grupo Unity Warriors, contemplado no edital PROAC 46/2022 - Cidadania Cultural – Produção e Realização de Projeto Cultural ou Manutenção de Corpo Artístico em Favelas e Periferias

 

O projeto prevê ainda a circulação do espetáculo “MANOfestAÇÃO” com apresentações e bate-papos abertos ao público na cidade de São Paulo e outras três cidades do estado; a criação de um espetáculo inédito e sua circulação por São Paulo e outras cidades, e a realização da Residência Artística Unity Class, uma vivência prática com a dança breaking, que proporcionará um espaço de encontro, de pesquisa e estudos, de acordo com a experiência e processo de criação da Unity Warriors

 

Quando: 11 de fevereiro de 2023 (sábado) - Horário: 18h

Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade - Endereço: Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - São Paulo - SP