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Cia. de Dança Palácio das Artes estreia “Você perto…”
Apresentações acontecem no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, dias 22 e 23 de junho
e contam com direção e coreografia de Henrique Rodovalho e músicas originais de Luiz Naveda
A Cia. de Dança Palácio das Artes, a mais longeva companhia de dança de Minas Gerais, com 53 anos de atuação, se renova para mostrar sua contemporaneidade no espetáculo inédito “Você perto…”. Montagem trata da proximidade e da conexão humana e conta com direção, coreografia, cenário e iluminação assinados pelo renomado coreógrafo Henrique Rodovalho. A direção da companhia é de Sonia Pedroso e o elenco é formado pelos bailarinos criadores Anahí Poty, Ariane de Freitas, Bárbara Maia, Christiano Castro, Cristhyan Pimentel, Elton de Souza, Eliatrice Gischewski, Fábio Costa, Gutielle Ribeiro, Ivan Sodré, Isadora França, Kayky Neves, Ludmila Ferrara, Maxmiler Junio, Maíra Campos, Fábio Costa, Renato Augusto e Sílvia Maia. As apresentações de “Você Perto…” acontecem no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, nos dias 22 e 23 de junho, sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Palácio das Artes e no site da Eventim, através do link: https://www.eventim.com.br/artist/voce-perto/ , com valores de R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada).
“Você perto…” propõe uma reflexão sobre como estar próximo das pessoas nos faz crescer e nos torna mais generosos. A concepção cênica e a iluminação de Henrique Rodovalho criam um ambiente íntimo e acolhedor, trazendo o público para mais perto da dança. Rodovalho, que tem um importante experiência no cenário artístico é, atualmente, diretor artístico e coreógrafo da Quasar Cia de Dança desde sua fundação, já criou e dirigiu 28 espetáculos pela Cia entre de 1988 a 2024, e foi vencedor dos prêmios Melhor Coreógrafo, Melhor Espetáculo, e Melhor Cia pelo Ministério da Cultura, Melhor espetáculo pelo público em TelaViv - Israel e Melhor coreografia em Festival Internacional de Dança no México.
O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam: ”Você perto...”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm patrocínio master da Cemig e do Instituto Cultural Vale, patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. Governo Federal - Brasil. União e Reconstrução.
O título do espetáculo “Você perto…” mostra essa essência de proximidade e afeto. “O nome ‘Você perto’ reflete a essência do espetáculo, que é a proximidade, o carinho, e a troca de afeto. Queremos que o público se sinta próximo do assunto que estamos trazendo, sem a complexidade muitas vezes associada à dança contemporânea. É um convite para o público se aproximar”, comenta a diretora da Cia. de Dança Palácio das Artes, Sônia Pedroso. E acrescenta sobre o convite a Henrique Rodovalho. “Henrique é um coreógrafo com quem já trabalhamos em 2001, com o ‘Poderia Ser Rosa’. Brincamos que ele é um verdadeiro combo, trazendo direção, coreografia, luz e cenografia, e estamos muito felizes de tê-lo novamente conosco.”
O processo de criação do espetáculo é coletivo com os bailarinos da companhia, que tiveram um papel fundamental na concepção, atuando como co-criadores ao lado de Rodovalho. “Henrique solicitou que eles propusessem ideias e, juntos, construíram cenas e movimentos que fazem parte do espetáculo. É uma criação coletiva que valoriza a individualidade de cada bailarino,” explica Sônia Pedroso. “Inicialmente, a ideia era abordar temas trazidos pelos bailarinos, mas ao longo do processo, percebemos que um espetáculo mais íntimo e emocional seria mais adequado. O resultado é uma obra que valoriza a proximidade, a intimidade e a emoção,” afirma Rodovalho.
Os figurinos, criados por Cássio Brasil, são uma metáfora visual para a proximidade e a intimidade e valorizam a singularidade de cada bailarino, começando com roupas mais volumosas e escuras, e gradualmente tornando-se mais leves e claras, como uma metáfora visual para a proximidade e a intimidade. “Utilizamos tecidos como seda, linho e algodão para criar uma sensação de elegância e conforto”, lembra Pedroso.
A cenografia e a iluminação, também assinadas por Henrique Rodovalho, são fundamentais para criar os ambientes e espaços cênicos da montagem. “Trouxemos torres de luzes posicionadas no palco para criar diferentes atmosferas e climas, desde pequenos focos até aberturas amplas, transformando o palco em um espaço dinâmico e envolvente,” adianta o diretor.
Quando e Onde
Data/Horário: 22 e 23 de junho, sábado, às 20h/ e domingo, às 19h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes - Avenida Afonso Pena, 1537, Centro
Ingressos: R$ 20 reais (inteira) e R$ 10 reais (meia entrada)
Indressos: https://www.eventim.com.br/artist/voce-perto ou bilheteria do Palácio das artes
Classificação indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br
Festas Juninas
Tradições, História e Celebrações Regionais
Por Eleusa Lourenzoni
As Festas Juninas no Brasil, também conhecidas como festas de São João, celebram a natividade de São João Batista em 24 de junho. Estas festividades anuais são adaptações brasileiras do solstício de verão europeu, ocorrendo no meio do inverno do hemisfério sul. Introduzidas pelos portugueses durante o período colonial (1500-1822), as festas são celebradas durante o mês de junho em todo o país, principalmente nas vésperas das solenidades católicas de Santo Antônio, São João Batista, São Pedro e São Paulo. No Nordeste do Brasil, uma região predominantemente árida ou semiárida, as Festas Juninas coincidem com o fim das estações chuvosas da maioria dos estados da região. Essas festividades oferecem às pessoas a oportunidade de agradecer a São João pela chuva. Além disso, elas celebram a vida rural, apresentando roupas, comidas e danças típicas, especialmente a quadrilha. Muitos aspectos das Festas Juninas têm origem nas celebrações do solstício de verão europeu, como a criação de grandes fogueiras. Essas comemorações no Brasil ocorrem com influência da sociedade rural brasileira e geralmente aconteciam em um arraial, uma enorme tenda com telhado de palha reservada para festas importantes no interior do Brasil antigo. Devido às diferenças climáticas entre Brasil e Europa, os participantes brasileiros usavam o festival para agradecer pela chuva. A tradição de acender uma grande fogueira durante o festival se origina de uma história católica. Segundo a tradição, uma fogueira foi acesa para alertar Maria sobre o nascimento de João Batista. Para obter assistência de Maria após o parto, Isabel, mãe de João Batista, deveria acender uma fogueira em um morro. No Brasil, a maioria dos festivais ocorria longe da costa, mais perto do interior, onde ficavam muitas plantações maiores. Ainda governadas por Portugal, as cidades litorâneas, especialmente em Pernambuco, se industrializaram e prosperaram economicamente. Para promover esse crescimento, o rei Dom João modificou sua política econômica para favorecer cidades como Recife, em detrimento dos interesses rurais. À medida que as Festas Juninas continuaram a ser praticadas nas cidades modernas, elas se tornaram muito maiores. Hoje, o tamanho das celebrações ultrapassa o das festividades europeias. Embora sejam praticadas e organizadas principalmente por escolas, muitas cidades organizam suas próprias grandes celebrações. Entre as maiores festas juninas no Brasil estão o São João de Caruaru, o São João de Campina Grande, o São João de Aracaju, o Bumba meu boi de São Luís e o Encontro Nacional de Folguedos em Teresina. Essas festividades são um reflexo vibrante da cultura e tradições brasileiras, integrando aspectos religiosos, rurais e históricos em uma celebração nacional.
Companhia Dança sem Fronteiras, formada por artistas com e sem deficiência, apresenta dois espetáculos no ABC Paulista
O público é convidado a assistir Ciranda de Retina e Cristalino e Frestas Poéticas, obras interativas, dirigidas por Fernanda Amaral, que seguem a abordagem da cultura corporal do movimento acessível para todos, acolhendo a diversidade dos participantes com habilidades mistas e quebrando barreiras e preconceitos.
Nos dias 13 e 14 de junho, o Teatro Elis Regina, em São Bernardo do Campo (SP), recebe dois espetáculos da companhia Dança sem Fronteiras, dirigida pela premiada bailarina, coreógrafa e educadora Fernanda Amaral, e formada por artistas com e sem deficiência. No primeiro dia, às 15h, o público assiste Ciranda de Retina e Cristalino. No dia seguinte, a mesma obra é apresentada às 19h, depois de Frestas Poéticas, às 16h. Ambos contam com entrada gratuita e recursos de acessibilidade.
Quando e Onde
Dia 13 de junho
Às 15h: Ciranda De Retina e Cristalino
Dia 14 de junho
Às 16h: Frestas Poéticas
Com audiodescrição, por Bell Machado
Às 19h: Ciranda de Retina e Cristalino,
Com audiodescrição, por Bell Machado
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: livre
Local: Teatro Elis Regina
Av. João Firmino, 900 – Assunção, São Bernardo do Campo (SP)
Entrada gratuita
COMPANHIA DE DANÇA DEBORAH COLKER COMEMORA SEUS
30 ANOS COM ESPETÁCULO “SAGRAÇÃO” NO
TEATRO SANTANDER EM SÃO PAULO
Novo espetáculo reúne obra clássica de Stravinsky e cosmogonias originárias
Em junho, a Companhia de Dança Deborah Colker estará pela primeira vez no Teatro Santander,
localizado no Complexo JK Iguatemi, em São Paulo, para comemorar seu trigésimo aniversário e
apresentar o espetáculo inédito “Sagração”. Na versão dirigida por Deborah Colker, a música
clássica de Stravinsky encontra ritmos brasileiros em um roteiro inspirado por visões ancestrais
sobre a origem do mundo.
O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale, patrocinado pela
Petrobras e apoiado pelo Santander por meio da Lei de incentivo à Cultura Lei Rouanet, Ministério
da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução. As apresentações fazem parte da temporada
2024 da Companhia, com a turnê celebrativa dos seus 30 anos.
“Ao longo dessas três décadas, assistimos e participamos de muitas transformações na cultura, na
política e na economia. Chegamos até aqui porque temos este espírito de evolução, que é um tema
muito precioso para o novo espetáculo”, avalia o diretor executivo João Elias, que em 1994 fundou
a companhia de dança com Deborah Colker.
O processo criativo de “Sagração” durou dois anos e meio. O espetáculo é uma livre adaptação de
“A Sagração da Primavera”, obra composta pelo russo Igor Stravinsky, que ganhou projeção
mundial pela montagem estreada em Paris em 1913, com coreografia de Vaslav Nijinsky e
produção de Sergei Diaghilev para os Ballets Russes. A composição musical é considerada
revolucionária por introduzir estruturas rítmicas e harmônicas nunca utilizadas em partituras.
“Quando decidi recontar esse clássico, pensei que teria de ser a partir da cosmovisão de povos
originários do Brasil”, lembra Deborah, que também é pianista. “Stravinsky foi responsável por
pontos de ruptura e provocação entre o erudito e o primitivo. ‘A Sagração da Primavera’
representa esses pontos de evolução da humanidade”.
Foi em uma viagem para o Xingu, durante o Kuarup, e no encontro com as aldeias indígenas
Kalapalo e Kuikuro, que Deborah conheceu Takumã Kuikuro. O cineasta contou a ela como o povo
do chão recebeu o fogo do Urubu Rei. Essa história é dançada e acompanhada por narração do
próprio Takumã e faz parte da coleção de cosmogonias que a diretora reuniu para montar a
dramaturgia do espetáculo.
“Tudo só poderia ter começado com uma mulher. Uma avó. A avó do mundo”, conclui Deborah,
que, na companhia de Nilton Bonder, revisitou a mitologia judaico-cristã. Do livro “Gênesis”, as
passagens sobre Eva e a serpente e sobre Abraão ganham cenas que destacam momentos de
ruptura. “São dois mitos que elaboram sobre a consciência humana: pela autonomia de uma
mulher que desperta para caminhos interditados e transgride; e de um homem que sai da sua casa
e cultura em direção a si mesmo”, destaca o dramaturgo. Além das alegorias bíblicas, a coreógrafa
também buscou referências na literatura científica.
“A versão mais recente da nossa espécie é a Homo sapiens sapiens que, assim como outros seres,
precisa se adaptar constantemente”, pontua Deborah, destacando a presença das personagens que
representam bactérias, herbívoros e quadrúpedes no espetáculo. “Nossa dramaturgia é feita da
poesia presente em mitos e teorias que pensam a existência da vida em nosso planeta”. A
coreógrafa, em parceria com o diretor musical Alexandre Elias, introduziu à partitura instrumental
de Stravinsky a sonoridade pujante das florestas e ritmos brasileiros.
Boi bumbá, coco, afoxé e samba foram introduzidos à criação de Stravinsky. Aos acordes de
instrumentos de orquestra, o diretor musical adicionou flauta de madeira, maracá, caxixi e
tambores. Os paus de chuva também entram em cena no arranjo executado ao vivo pelos
bailarinos. Para Alexandre Elias, “foi um privilégio trabalhar profundamente na estrutura da obra”
Quando e Onde
Dia: De 14 a 30 de junho DE 2024.
Horários: Quartas-feiras, Quintas-feiras, Sextas-feiras e Sábados, às 20h;
Domingos, às 18h;
Duração: 70 minutos (sem intervalo)
Local: Teatro Santander
Endereço: Shopping JK Iguatemi - Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041
Epifania
Epifania do grego “epiphanéia”, podendo ser traduzido literalmente como “manifestação” ou “aparição”, é uma súbita sensação de entendimento ou compreensão da essência de algo, também pode ser um termo usado para a concretização de um sonho com difícil realização. O termo é usado nos sentidos, filosófico e literal, para indicar que alguém “encontrou finalmente a última peça do quebra-cabeça e agora consegue ver a imagem”.
O propósito de movimento é resgatar a beleza e virtuose de saltos, giros e linhas do ballet clássico em um corpo do século XXI, com uma nova roupagem de vivência e bagagem da dança contemporânea, nesse contexto a pesquisa corporal inclui sincronismo aplicado em movimentos com desarticulação, quebra de linha de rigidez e técnica de chão, dentro de um padrão de continuidade anatômica. Assim, as sapatilhas de ponta se tornam ferramentas para a dança contemporânea.
O cenário é composto por várias portas brancas com suas respectivas fechaduras, que conforme se encaixam, criam um desenho abstrato com formas e intenções diversas que representam as portas para captação de estímulos externos e acesso interno individual de cada pessoa.
A obra carrega consigo a proposta de investigar os processos pelos quais a epifania, no sentido filosófico, é alcançada, não apenas para compreender a súbita sensação de entendimento em si, mas, especificamente, quando ela se dá com o foco na origem e nos porquês da vida humana.
O coreógrafo reúne o material da pesquisa teórica sobre epifania, juntamente com a técnica clássica, resgatando o virtuosismo e estética, a dança contemporânea e textura, fazendo com que todos esses elementos direcionam a ambientação cenográfica, a movimentação, o formato e a atmosfera da obra.
O desejo é de se comunicar com o público, criar um canal onde as experiências de palco sejam uma troca entre bailarinos e plateia. O intuito é que toda a pesquisa da obra seja experimentada junto aos espectadores.
Epifania é o momento efêmero de súbita compreensão da existência no mundo através de instantes no qual o indivíduo consegue ancorar sua consciência no momento presente, aprimorar os sentidos, e se sentir mais vivo.
Quando e Onde
Teatro Inezita Barroso – dia 7 de maio, às 10h e 14h30 - São Bernardo do Campo
*Espetáculo para alunas e alunos do EMEB Regina Rocco Casa II
CEU Alvarenga – dia 15 de maio, às 10h e 14h – São Paulo
*Espetáculo para alunas e alunos beneficiados pelo CEU Alvarenga
CEU Vila Rubi – dia 22 de maio, às 10h e 14h – São Paulo
*Espetáculo para alunas e alunos beneficiados pelo CEU Vila Rubi
Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes – dia 28 de maio, às 17h – Santo André
*Espetáculo aberto ao público geral
Teatro Paulo Eiró – dias 7, 8, às 21h, e 9 de junho, às 19h – São Paulo
Com intérprete de libras e audiodescrição no dia 09 de junho
*Espetáculo aberto ao público geral
EM NOVO ESPETÁCULO GRUPO
CORPO MOLDE DANÇA DESAFIOS
DOS IMIGRANTES E REFUGIADOS
Dançar a partir das questões de fluxos migratórios e seus impactos na sociedade contemporânea norteia o novo espetáculo do Grupo Corpo Molde. Em DJOVENSKI, que estreia dia 14 de junho, sexta-feira, às 21h, no Teatro Alfredo Mesquita, os 12 bailarinos trazem ao palco a pluralidade cultural, a diversidade social e os desafios dos imigrantes e refugiados, além de uma reflexão sobre os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
DJOVENSKI integra o projeto FRONTEIRA – O dia que o mar definiu a liberdade contemplado pela 34ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo e comemora os 10 anos de trajetória do Grupo Corpo Molde com produção da MOVICENA Produções Artísticas. A montagem com direção e coreografia de Renan Marangoni faz apresentações no Teatro Alfredo Mesquita (14 a 16 de junho, sexta-feira e sábado, às 21h e domingo, às 19h), no Teatro Arthur Azevedo (27 a 30 de junho, quinta-feira a sábado, às 21h e domingo, às 19h) e Teatro Paulo Eiró (5 a 7 de julho, sexta-feira e sábado, às 21h e domingo, às 19h).
Para a temporada de DJOVENSKI as bailarinas Martina Celedon, da Argentina e Jazu Weda, do Haiti, se juntam ao espetáculo após participarem da Residência Artística promovida pelo Grupo Corpo Molde no Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI Oriana Jara) no centro de São Paulo. O elenco se completa com Ana Paula Carmo, Bruno Faowmanma, Cecília Lessa, Luiz Ragusa, Gabriel Madrigrano, Kali Silva, Sabrina Menez, Tatiane Santos, Yuri Nascimento e Bofory Camara, bailarina imigrante da Guiné.
Dança humanitária
No palco, os 12 bailarinos apresentam sete cenas em uma composição coreográfica que retrata as instabilidades políticas, sociais e econômicas dos imigrantes e refugiados. Entre o caos e a humanidade, o espetáculo delineia os desafios das travessias, as reflexões sobre a construção dos direitos humanos e a sua efetivação e a busca pela dignidade da vida humana.
O diretor e coreógrafo Renan Marangoni, explica que DJOVENSKI finaliza a dramaturgia de pesquisa do Grupo Corpo Molde denominada dramaturgia de uma dança humanitária. “Essa pesquisa iniciada com Sapiens, espetáculo anterior do coletivo, aborda as questões das relações humanas e seus impactos na sociedade e traz para a cena a relevância da pluralidade encontrada por meio da dança, saberes e culturas em busca da construção do chão que a gente pisa”.
DJOVENSKI também é uma homenagem ao menino haitiano Djovenski de 8 anos, que morreu ao tentar “chegar nas Américas” junto com seu pai e irmã mais nova. Os irmãos foram alunos do diretor e coreógrafo Renan Marangoni na Associação Maria Flos Carmeli, rede socioassistencial e educacional, que o artista atua desde 2017 e que acolhe imigrantes, na Baixada do Glicério, em São Paulo.
“Em 2021, durante as flexibilizações da pandemia de COVID-19, tive o meu último encontro com ambos. No meio do mesmo ano recebi a informação que a família iria em busca de uma vida melhor e ao final do ano fui impactado com a notícia que apenas o pai e a irmã, conseguiram atravessar, via mar, o trajeto planejado. Djovenski, não conseguiu atravessar e acabou morrendo afogado”, conta Renan.
Exposição fotográfica
Com trilha sonora de Rubens Oliveira Martins, o espetáculo conta com a música Casa Sã, do grupo Clarianas, que liberou a utilização da canção para a montagem. A cenografia, assinada por Rager Luan, vai se modificando durante as sete cenas da coreografia formando diferentes desenhos. Os figurinos de Guilherme Santos [Pimzera] apresentam várias linhas em uma alusão as barreiras que os imigrantes e refugiados precisam transpassar. A iluminação fica a cargo de Kenny Rogers.
Durante as apresentações, o público poderá conferir a exposição fotográfica O que importa é o que fica, que mostra os aspectos de pesquisa e criação artística da companhia durante os seus 10 anos de trajetória. Com curadoria da fotógrafa Dani Agostini a partir do acervo do Portal MUD, a exposição tem cenografia de Rager Luan e traz aos visitantes a possibilidade de uma experiência continuada em outras plataformas digitais.
Em julho o Grupo Corpo Molde também irá lançar o documentário processual FRONT, compartilhando os contextos de composição de pesquisa e criação técnica do espetáculo DJOVENSKI.
Quando e Onde
De 14 a 16 de junho, sexta-feira e sábado, às 21h e domingo, às 19h.
Teatro Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo.
De 27 a 30 de junho, quinta-feira a sábado, às 21h e domingo, às 19h.
Teatro Arthur Azevedo – Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo.
De 5 a 7 de julho, sexta-feira e sábado, às 21h e domingo, às 19h.
Teatro Paulo Eiró – Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro, São Paulo.
50 minutos | Livre | Gratuito.
“Sempre mais que um”, trabalho coreográfico dirigido por Marcus Moreno, inspirado inicialmente na obra da artista plástica Amélia Toledo, no que gera de reflexão sobre concretude e efemeridade, dando seguimento à proposta de circular por vários espaços da cidade, esta semana, dia 6 de junho (quinta, às 19h), faz apresentação única no Teatro Martins Pena, na Penha, Zona Leste. A entrada é gratuita.
Em cena, cinco performers – Maurício Florez, Maria Fernanda Machado, Mariana Molinos, Raony Iaconis e Rebeca Tadiello –, contaminados pelo frescor de um estado que antecede o momento presente, constroem um espaço de afeto coletivo a partir do dinamismo do campo relacional. “Cada corpo existe, descontinuado no outro; o eu do agora é o eu de muitos, atravessado por matérias, memórias, ancestralidades, a cada instante, a cada encontro”, pondera Marcus Moreno, que, em 12 anos de trajetória artística, tem buscado na dança maneiras de investigar o estado presente das coisas.
Balizados pela improvisação cênica, permeados por temporalidades e acompanhados pela luz de Hernandes de Oliveira e a trilha de Antonio Prado, corpos materializam imagens e são diluídos com o espaço, numa busca permanente por atualizar o momento num fluxo contínuo.
Quando e Onde
Dias 6/6 (quinta-feira, 19h)
Teatro Martins Pena
Largo do Rosário, 20 – Penha – São Paulo – SP
Dias 13/6 (quinta-feira, 19h)
Teatro Leopoldo Fróes - CCSA
Av. João Dias, 822 – Santo Amaro – São Paulo – SP
Dias 18/6 (terça-feira, 10h e 14h)
FATEC – Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo
Pça Coronel Fernando Prestes, 30 – Bom Retiro – São Paulo - SP
Classificação indicativa: 10 anos
Duração: 50 minutos
Acessibilidade: Sim
Grátis
CIA. ARTESÃOS DO CORPO COMEMORA
25 ANOS COM MOSTRA DE ESPETÁCULOS
A Mostra Repertório Urbano apresenta três espetáculos
realizados em espaços públicos e paisagens urbanas da cidade
de São Paulo. Com direção de Mirtes Calheiros as coreografias
Estranhos seres nebulosos e ilusórios (espetáculo adulto),
Senhor Calvino (espetáculo infantil) e Desnudar (performance)
contemplam a trajetória e a pesquisa artística do coletivo
Na esteira das comemorações de 25 anos de atividades, a Cia. Artesãos do Corpo propõe uma mostra que contempla três formas distintas de ocupar, com a dança, as ruas e espaços não convencionais. A partir do tripé Dança-Arquitetura-Cidade, a companhia apresenta a Mostra Repertório Urbano com três espetáculos encenados em espaços diferentes da capital paulista, mas todos pensados para difundir novas formas de habitar e compartilhar o espaço público.
As apresentações gratuitas começam na Praça das Artes com o espetáculo Estranhos seres nebulosos e ilusórios, de 13 a 15 de junho, quinta-feira às 15h, sexta-feira às 17h e sábado às 16h. Na sequência, a Casa das Rosas recebe de 28 a 30 de junho, sexta-feira a domingo às 11h, a montagem para crianças de todas as idades Senhor Calvino. Já a performance Desnudar tem sessões na Biblioteca Mário de Andrade de 11 a 13 de julho, quinta e sexta-feira às 18h e sábado às 17h.
A Mostra Repertório Urbano integra o projeto da Cia. Artesãos do Corpo contemplado pela 35ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo. A ação voltada para paisagens urbanas, propõe uma programação que contempla a trajetória da Cia. Artesãos do Corpo e suas formas de ocupação de espaços cênicos não convencionais, praças, ruas, museus, lugares não imaginados, mas que o coletivo convida a pensar junto.
Para Mirtes Calheiros, diretora da companhia criada em 1999, é fundamental habitar todos os espaços com a dança e com essa premissa achar brechas poéticas no cotidiano da cidade para encantar e formar público para a dança. “Criar espaços de respiro e convivência diversa e intergeracional nas cidades, devolvendo ao espaço público seu real significado de espaço de trocas, convívio e relação. Os espetáculos da Mostra Repertório Urbano vão revelando camadas que convivem simultaneamente na mesma cidade, na mesma rua ou quarteirão”, explica ela.
Estranhos Seres nebulosos e ilusórios
Criado em um momento tenso da história recente de nosso país (2017), o espetáculo teve como inspiração inicial a série de fotos Esculturas do Inconsciente, do fotógrafo Tatewaki Nio, além da residência artística realizada durante quatro meses pelo grupo na Praça das Artes, local onde o espetáculo volta a ser encenado.
Atravessado pelo vento, pelos sons, pelo fluxo de pessoas, pelo cimento, pelo desmonte, pela destruição de horizontes Estranhos seres nebulosos e ilusórios apresenta muitas camadas, imagens, aparições e movimentos envoltos em uma cidade que a abriga. Os intérpretes buscam um corpo cênico que dialogue com as ideias de demolição, implosão, desconstrução, ocupação, despejo e deslocamento, em uma paisagem impermanente feita de memórias, sombras, vestígios e ausências.
Dança para as infâncias
O universo poético-urbano do escritor Ítalo Calvino é o ponto de partida de Senhor Calvino, coreografia voltada para todas as infâncias e para crianças de todas as idades. Com humor, leveza e poesia a Cia. Artesãos do Corpo transforma a rua e a paisagem urbana em um caleidoscópio de cores e situações surreais.
Em cena os intérpretes buscam lançar luz aos pequenos detalhes presentes no cotidiano das cidades, que normalmente são ignorados pela maioria de seus habitantes, mas que traduzem e refletem o mundo contemporâneo e a existência humana. Sr. Calvino passeia pela rua e deixa um vestígio colorido no espaço público lembrando que a rua também foi feita para dançar.
Universo das artes plásticas
Desnudar é um convite ao passeio do olhar pelos corpos dos bailarinos, que se movendo lentamente vão revelando pequenas porções do corpo, nuances de cores da pele, num jogo lúdico de cobrir e mostrar, convidando o observador a buscar em sua memória imagens que habitam o universo das artes plásticas e que povoam o inconsciente de todos nós.
De acordo com a diretora Mirtes Calheiros, a performance, que já foi apresentada na Pinacoteca do Estado de São Paulo e no MIS – Museu da Imagem e do Som, surgiu da observação das obras de vários pintores de diferentes épocas e estilos. “Nessas obras sempre há um detalhe do corpo do modelo que se ilumina. A ideia do trabalho é justamente essa, revelar partes dos corpos, nunca o nu total. Cada performer segue um roteiro próprio de acordo com o ambiente”, explica ela.
MOSTRA REPERTÓRIO URBANO
QUANDO E ONDE...
Estranhos seres nebulosos e ilusórios
De 13 a 15 de junho, quinta-feira às 15h, sexta-feira às 17h e sábado às 16h.
Praça das Artes – Av. São João, 281 – Centro, São Paulo.
45 minutos | Livre | Gratuito.
Senhor Calvino
De 28 a 30 de junho, sexta-feira a domingo às 11h.
Casa das Rosas – Av. Paulista, 37 – Paraíso, São Paulo.
35 minutos | Livre | Gratuito.
Desnudar
De 11 a 13 de julho, quinta e sexta-feira às 18h e sábado às 17h.
Biblioteca Mário de Andrade – Rua da Consolação, 94 – República, São Paulo.
30 minutos | Livre | Gratuito.
PROJETO ESPECIAL DA SÃO PAULO ESCOLA DE DANÇA
ESTREIA ESPETÁCULO NO MASP
Da autoria de Anselmo Zolla, a obra “E Assim Foi…”,
criada para os estudantes da Escola será apresentada, pela primeira vez, dia 4 de junho
O Projeto Especial de Dança da São Paulo Escola de Dança, formado por estudantes dos seus Cursos Regulares, estreia no dia 4 de junho, às 20h, no Auditório do Museu de Arte de São Paulo (MASP), a coreografia "E assim Foi..." de Anselmo Zolla. A primeira noite completa de apresentações do grupo também conta com a apresentação de “Cartas de Amor” e a noite se completa com “Opon Ifá e a Dança dos Búzios”, apresentada pelos estudantes do Curso de Teatro Musical da Escola. A entrada é gratuita. A SPED é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, com gestão da Associação Pró-Dança e direção artística e educacional de Inês Bogéa.
"E Assim Foi..." é uma fábula contemporânea a partir de imagens que fazem parte da paisagem da fauna e flora, narradas como elementos de lendas e mitos da região amazônica. “Dois grupos de seres humanos habitam a grande floresta e, a partir do encontro de jovens, um de cada grupo, rompem-se tabus, interditos e tradições de seus respectivos círculos sociais, aproximando as duas comunidades. As descobertas de suas diferenças e semelhanças ocorrem em etapas, na alternância dos ciclos de suas rotinas, festas, alimentação e rituais. A aproximação dos grupos os faz esquecer os medos impostos por tanto tempo. Ao se tocarem, finalmente acontece a grande transformação da criação da Lua Cheia e do Grande Rio de água doce”, conta Zolla, que teve esta ideia de concepção em uma viagem para a Amazônia.
A obra conta com dramaturgia de Andrea Cavinato, trilha sonora de Joaquim Tomé, locução de Tuna Duwek e ensaios de Anderson Ribeiro, com colaboração de Andrea Yonashiro. “Quando Anselmo me procurou, ele já veio com a ideia de que a obra fosse inspirada na região Norte, com dois grupos distintos, onde um viraria rio e o outro, Lua. Ele também propôs a ideia de lenda. Quando eu comecei a minha pesquisa, encontrei a lenda da formação do rio Amazonas, lendas da região que somadas a algumas frases do texto ‘Cobra Norato’ (1921) do poeta Raul Bopp (1898-1984), cantigas da cultura popular, frases de contos, entre outras referências, que me ajudaram a compor esta dramaturgia”, fala Andrea.
“Tivemos cinco versões. A primeira com a ideia e a poesia, a segunda para vermos o estilo, a terceira para dividirmos as partes dos grupos, a quarta para encaixar a dramaturgia no material que o Zolla já havia criado e a quinta e última que sintetizamos o tempo. Como eu sabia que a Tuna Duwek iria fazer a narração, pensei em uma síntese poética das imagens com poucas frases, mas a ideia de oralidade que dialoga com a sonoridade”, completa.
A trilha sonora de Joaquim Tomé com locução de Tuna serve como fio condutor da obra para oferecer uma camada mais psicológica e acomodar melhor a ação na cena. Isso será desenvolvido como um Leitmotif, com o intuito de pontuar personagens e poder o auxiliar no desenvolvimento da trama, criando reconhecimento. Como por exemplo, o carimbó que traz o lúdico, o regional, a celebração e o ritual, que são elementos presentes na trama, ao mesmo tempo que nos permite, a partir dele, trazer sonoridades menos formatadas pela sua rusticidade musical.
“Essa apresentação é o resultado da união de um grupo que criou uma obra singular que possui o tempo narrativo de uma fábula. É um tempo mítico, dos ciclos da natureza, das estações do ano, das marés, das fases da lua, e da alternância entre o dia e a noite, nas rotações dos planetas que, colocados em metáforas, originam uma linguagem poética”, comenta Inês Bogéa.
O espetáculo busca promover o compartilhamento de experiências e valorizar a diversidade das ações em dança no estado de São Paulo, celebrando as diferentes expressões artísticas cultivadas pela instituição. Vale destacar um ponto fundamental que é a reciclagem de figurinos e cenários doados para a São Paulo Escola de Dança pelo Studio 3 Cia. de Dança, ampliando a conexão com o mundo em que vivemos.
OUTRAS APRESENTAÇÕES
A primeira noite completa de apresentações do grupo também conta com a apresentação de “Cartas de Amor”. A noite se completa com “Opon Ifá e a Dança dos Búzios” apresentada pelos estudantes do Curso de Teatro Musical da Escola.
A primeira aborda o reconhecimento de si diante da partida de uma pessoa amada. Em cena, os intérpretes revelam a potência da dança em uma obra multifacetada e dinâmica. Com direção artística e educacional de Inês Bogéa, “Cartas de Amor” é composta por “Mergulho”, de Sérgio Rocha ao som do “1º movimento do Quinteto de Cordas”, de Clóvis Pereira; “Lamento de Orfeu”, de Kátia Barros, com “Amor em Lágrimas”, de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; “O Último Beijo”, de Vinícius Anselmo com “Ouve o Silêncio”, de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; “Aqua”, de Cláudia Palma, com “Se Todos Fossem Iguais a Você”, de Tom Jobim e “O Samba de Orfeu”, de Leilane Teles, com “Samba de Orfeu”, de João Donato. As músicas foram interpretadas e gravadas pelos estudantes da Escola Tom Jobim, com direção artística e pedagógica de Paulo Zuben.
Já a segunda, “Opon Ifá e a Dança dos Búzios”, será protagonizada por 31 estudantes do Curso de Teatro Musical da Escola, coreografados por Zuba Janaína. “Opon Ifá se apresenta à sua frente. Um tabuleiro de adivinhação onde os Búzios dançarão. Cada concha carrega perguntas e respostas sobre o destino das pessoas, seus caminhos, problemas e desejos. Mas esteja alerta, os Búzios podem aportar uma direção”, descreve a coreógrafa.
Quando e Onde
Quando: 4 de junho (terça-feira), às 20h
Onde: Auditório do MASP (Avenida Paulista, 1578)
Ingressos: Entrada gratuita
Com idealização, texto e atuação de Natasha Jascalevich e direção de Duda Maia,
“Faminta” apresenta histórias de uma mulher instigada pela gula e pela luxúria
Cineasta, atriz e contorcionista, Natasha Jascalevich faz sua estreia como autora teatral em seu primeiro solo: “Faminta”. Com direção de Duda Maia, o espetáculo parte da ligação entre a gula e a luxúria para relatar histórias de uma mulher que anseia por novas experiências, descobertas e prazeres. Contemplado pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, a peça estreia em 1º de junho na Sala Multiuso do Sesc Copacabana, onde ficará em cartaz de quinta a domingo, às 19h, até 23 de junho.
Idealizadora da peça, Natasha Jascalevich alimentava há alguns anos o desejo de abordar no teatro a questão do prazer através da comida. Em 2020, veio a pandemia e o projeto foi interrompido – mas a ideia ganhou um desdobramento audiovisual quando Natasha escreveu e dirigiu o premiado curta-metragem “O Peixe” (2021), em que uma mulher tem uma noite de amor com o animal que dá nome ao filme. O roteiro foi inspirado numa lenda japonesa do século IV. O conto está no livro que lhe foi apresentado pela diretora Duda Maia, “Afrodite”, de Isabel Allende, com histórias em que sabor e paladar da comida são associados à sexualidade.
O solo “Faminta” passeia por múltiplas linguagens: teatro, dança, música e circo contemporâneo – sendo este último uma parte importante na trajetória de Natasha. Formada em contorcionismo e acrobacia aérea pela Escola Nacional de Circo, a artista explora essas habilidades em cena, dando ao texto contornos ainda mais oníricos. O cenário criado por Miti também colabora para imprimir o tom fantástico da narrativa. Um enorme plástico vermelho se desdobra em diferentes formatos e tamanhos, revelando e escondendo a atriz em cena.
Em cena, histórias independentes têm em comum uma mulher guiada pela gula e a luxúria: em uma delas, uma mulher se apaixona por um açougueiro, que a trata com amor e violência e se transforma num porco no decorrer da relação; em outra, a personagem tem uma noite de amor com um peixe, sendo um desdobrando do curta-metragem para o teatro. “As histórias não se conversam, mas todas partem desse universo da comida e do prazer”, diz Natasha.
Para Duda Maia, dirigir “Faminta” é ter a possibilidade de homenagear a grandeza feminina. “É poder falar intensamente sobre prazer, denúncia e liberdade de forma lúdica e poética. É uma crítica performática que pretende provocar reflexões sobre uma sociedade essencialmente machista que precisa ser diariamente alertada e repensada”.
Quando e Onde:
Temporada: de 1º a 23 de junho de 2024
Local: Sesc Copacabana – Sala Multiuso.
Dias e horário: De quinta a domingo, às 19h.
Ingressos: R$ 7,50 (associados do Sesc) |R$ 15,00 (meia entrada)
R$ 30,00 (inteira)
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana
Informações: (21) 2547 0156
Horários da bilheteria: De terça a sexta-feira, das 9h às 20h.
Sábado e domingo, das 14h às 20h.
Classificação: 14 anos. Duração: 50 min. Capacidade: 45 lugares
Entre o rio e a floresta
Coreógrafo amazonense realiza oficina de dança gratuita em Manaus.
A proposta da oficina é destacar a influência da cultura amazônica na dança.
O bailarino e coreógrafo Bruno Sousa, da Instituição Cultural Arte Sem Fronteiras, irá realizar a oficina de dança "Entre o rio e a floresta" em Junho. As inscrições são gratuitas e a proposta das aulas é unir a dança contemporânea e o universo amazônico criando movimentos a partir do estimulo das texturas, paisagens e sensações proporcionadas pela floresta. A oficina Cria um ambiente harmônico de conexão e se fortalece com a música que será ao vivo e com elementos que farão parte na utilização desde processo.
A oficina "Entre o rio e a floresta" é uma realização da Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC) e tem apoio da Instituição Cultural e Educacional Arte Sem Fronteiras
Segundo o coreógrafo Bruno Sousa, a ideia da oficina é fortalecer a ligação entre a dança, a música e os saberes amazônicos.
"A vivência exalta a importância da relação homem e natureza para gerar comunicação, percepção e reflexão aos participantes. Nessa perspectiva, a determinação de ser realizada nos municípios próximos a Manaus se faz ainda mais necessário, pois existe a carência da presença de trabalhos artísticos que mergulhe no universo amazônico", destacou.
Bruno destacou ainda que está com boas expectativas para a realização da oficina e espera que os alunos possam adquirir muitos conhecimentos. O processo terá a participação do Prof. e coreografo Wilson Junior que fará será o Oficineiro e irá conduzir a equipe nesses 2 dias de entrega e conexão com os movimentos da Floresta, Wilson é um profissional que já atua com longas pesquisas do Universo Amazônico e hoje circula o Brasil realizando o projeto Boi de Quilombo, união da dança do Boi Bumbá de Parintins com a dança Afro-Brasileira.
"O projeto contribuirá para um amplo leque de possibilidades de aprendizagem e valorização dos saberes amazônicos. Esse é o encontro de caminhos para o impulso, do movimento fluído do corpo", conclui.
Ficha Técnica
Direção geral: Bruno Sousa
Oficineiro: Wilson Junior
Produção: Ifá Dámiláré (Louise Lucena)
Assistente: Jessica Moça
Filmmaker: Jefferson Viergas
Fotos: Dheyson Lima
Comunicação: João Paulo Castro
Percussionista: Mestre China
Sobre Bruno Sousa
Natural de Manaus, Bruno Sousa iniciou sua trajetória na dança ainda criança. Em 2019, entrou para a Instituição Cultural Arte Sem Fronteiras como bailarino e, aos poucos, tornou-se professor e coreógrafo.
Ao longo da carreira, Bruno coleciona participação em vários eventos, entre eles, o Festival de Dança de Joinville (SC), o Festival Folclórico de Parintins, pelos bois Caprichoso e Garantido, e shows ao lado de artistas como James Rios e Zezinho Corrêa (In Memoriam).
Em 2020, Bruno Sousa conquistou o segundo lugar na categoria Danças Populares no Festival de Dança de Joinville (SC).
Sempre mais que um
“Sempre mais que um”, trabalho coreográfico dirigido por Marcus Moreno, inspirado inicialmente na obra da artista plástica Amélia Toledo, no que gera de reflexão sobre a concretude e a efemeridade à qual pertencemos, tem apresentação no Teatro Alfredo Mesquita, na Zona Norte da cidade, de 24 a 26 de maio (sexta e sábado, às 21h; domingo, às 19h30), com entrada gratuita.
Em cena, cinco performers – Maurício Florez, Maria Fernanda Machado, Mariana Molinos, Raony Iaconis e Rebeca Tadiello –, contaminados pelo frescor de um estado de antecedência ao momento presente, constroem um espaço de afeto coletivo a partir do dinamismo do campo relacional (quando afetamos e nos deixamos afetar).
“Sempre mais que um” se refere aos vários corpos existentes em um corpo presente, permeado pelo espaço e por temporalidades. Balizados pela improvisação cênica e acompanhados pela luz de Hernandes de Oliveira e a trilha original composta por Antonio Prado, corpos materializam imagens e são diluídos com o espaço, numa busca permanente por atualizar o momento num fluxo contínuo.
“Sempre mais que um corpo existe, descontinuado no outro; o eu do agora é o eu de muitos, atravessado por matérias, memórias, ancestralidades, a cada instante, a cada encontro”, pondera Marcus Moreno, que, em 12 anos de trajetória artística, tem buscado na dança maneiras de investigar o estado presente das coisas. “As possibilidades são infinitas, já que o presente que aqui está já não é mais quando se faz possível nomeá-lo”.
Quando e Onde
Dias 24, 25, 26/5 (sexta e sábado, 21h; domingo, 19h30)
Teatro Alfredo Mesquita
Avenida Santos Dumont, 1770 - Santana, São Paulo - SP
Classificação indicativa: 10 anos
Duração: 50 minutos
Acessibilidade: Sim
Dança em Cena 2024 promove quatro dias de mostras e espetáculos gratuitos em Florianópolis
Evento apresenta espetáculos de companhias catarinenses premiadas e abre o palco para bailarinos e bailarinas de todas as idades entre os dias 30 de maio e 2 de junho
O Dança em Cena chega à sexta edição em 2024 com recorde de inscritos e uma programação que celebra a diversidade e as múltiplas expressões em dança. O evento promove quatro dias de Mostra de Dança, capacitação profissional, residência artística com jovens e espetáculos de companhias de renome como convidadas. Tudo gratuito.
Este ano, evento começa mais cedo, em 30 de maio, e segue até o dia 2 de junho em quatro locais: o já tradicional palco arena, montado no Floripa Shopping, a Cenarium Escola de Dança, o Conselho Comunitário do Saco Grande e o Teatro Ademir Rosa, no CIC.
Desde a primeira edição, o Dança em Cena abre espaço para que companhias amadoras e profissionais, bailarinas e bailarinos de todas as idades e classes sociais possam compartilhar o mesmo palco. Esse incentivo à democratização da dança, à valorização de profissionais e à formação de plateia consolidou o projeto como um dos mais importantes do gênero em Santa Catarina, estado que já é reconhecido pela arte da dança.
Mostra de Dança em 10 gêneros diferentes
Ao longo de quatro dias, um palco arena montado no Floripa Shopping recebe apresentações de solos, duos e conjuntos com coreografias em 10 gênero diferentes: Ballet Clássico de Repertório, Ballet Clássico Livre, Dança Contemporânea, Jazz, Danças Urbanas, Dança de Salão, Sapateado, Danças Regionais ou Populares, K-Pop e Estilo Livre.
Ao longo de seis edições, o projeto já se consolidou no calendário de eventos de dança de SC e hoje pauta a agenda de ensaios de escolas e companhias de toda a região. “Este ano, todas as vagas de participação na Mostra foram preenchidas ainda antes do encerramento das inscrições. Esse é um movimento muito bonito, onde vemos que as pessoas já estão se programando para fazer parte de cada edição do Dança em Cena”, diz a diretora artística do projeto, Aline Menezes.
Mesmo com inscrições encerradas, a produção do evento ampliou a programação para atender mais grupos participantes que ficaram na lista de espera. “Tudo isso resulta em muita emoção e diversidade no palco”, observa Menezes.
Urbanas em Cena
Uma das sessões já tradicionais e mais aguardadas do projeto é o Urbanas em Cena, sessão especial da programação da Mostra de Dança que este ano ocorre no sábado (1º), às 19h. Será uma grande celebração coletiva à cultura Hip Hop com convidados especiais e intervenções artísticas.
Participam das Batalhas Show os Bboys Xande e Gui Fant; as Bgirls Julia Milan e Luana Tompson; e ainda os grupos Art Soul, Crisálidas e IGK Dance Cenarium. Discotecagem de Mc Vinicius Elfo e DJ Cadu Vieira.
Teatro Ademir Rosa terá noite de gala com 3 cias convidadas
Além da Mostra de Dança, o projeto tradicionalmente promove ao longo da programação o Celebra, um espetáculo que reúne companhias de dança com destaque na cena de dentro e fora de Santa Catarina.
Este ano, pela segunda vez, os espetáculos serão apresentados no Teatro Ademir Rosa, no CIC, principal palco de Santa Catarina. O Celebra será realizado no primeiro dia do evento, na quinta (30/5/), às 20h30, com três companhias convidadas: Cenarium, Grupo Art & Soul e Cia Lona Azul. Conheça os espetáculos:
Cenarium apresenta Desabituar-se
Com coreografia criada pelos bailarinos Gui Fant, Julia Milan, Gabriel Ferreira e Lidiani Emmerich —, Desabituar-se evoca as rotinas e aprendizados que emaranham hábitos e compõem uma identidade de movimento.
Na montagem, as escolhas (também de movimento) vão acontecendo a partir desses trajetos — ou aquilo que os bailarinos chamam de hábitos. Ao fazer reflexões acerca das experiências distintas de cada um e como construir meios para a convivência diante do diverso, os artistas vão construindo pontes relacionais e caminhos que possivelmente se moverão enquanto novos hábitos para outros destinos.
Grupo Art & Soul Central da Dança apresenta espetáculo de Hip Hop Having Fun
A cia leva para o palco do CIC os princípios do Hip Hop e transita pela história e evolução dos jogos e brincadeiras, fazendo um paralelo também ao desenvolvimento da cultura e dança Hip Hop ao longo dos anos e toda influência da contemporaneidade, desde a criação até os dias de hoje.
Vale pontuar que “peace, unity, love, and having fun" (ou, em português, paz, união, amor e diversão) são palavras associadas ao movimento do Hip Hop, popularizadas pelo DJ Afrika Bambaataa, uma figura influente dessa cena em Nova York. A expressão "having fun" (divertir-se), que dá nome ao espetáculo, destaca a importância da experiência emocional positiva representada pela alegria, prazer e entretenimento. A direção é de Juliana Querino.
Cia Lona Azul apresenta Através do Avesso
Com direção de Johny Fabricio e Fabiano Souza, o espetáculo combina circo, dança e teatro para contar uma história de transformação e libertação do ego. Na montagem, os artistas e bailarinos evocam questões necessárias para a evolução e trajetória de todo ser humano.
A partir de reflexões profundas sobre quem somos, onde e com quem estamos e para onde queremos ir, Através do Avesso trabalha essa temática em uma dinâmica de estética que começa com cores mais sóbrias, representativas dos marasmos, comodismos e estagnações da vida, e culmina em um final com uma grande explosão de cores neons, que representam a libertação e evolução de cada indivíduo.
Troféu em homenagem aos destaques de 2024
Este ano, o Dança em Cena terá a segunda edição do Troféu Dança em Cena 2024 | Floripa Shopping. Essa premiação irá reconhecer o grupo destaque da Mostra com um prêmio no valor de R$ 2 mil. A premiação é destinada apenas para conjuntos inscritos e classificados nesta sessão especial.
Embora a Mostra de Dança do Dança em Cena seja caracterizada por não ser competitiva, o Troféu Dança em Cena 2024 | Floripa Shopping tem o propósito de celebrar e incentivar os talentos da região. A entrega será no domingo, dia 2 de junho. “É uma sessão especial com trabalhos que já estão sendo desenvolvidos pelos grupos, circulando em mostras e festivais. É um marco, para que a gente tenha mais um espaço de reconhecimento e fomento à profissionalização dentro do Dança em Cena”, diz Aline Menezes.
Capacitação profissional sobre método Progressing Ballet Technique (PBT)
Outra frente importante do Dança em Cena é a capacitação dos profissionais de dança da cidade com um workshop intensivo agendado para sábado, 1º de junho. Em 2024, a convidada é Mônica Gross, bailarina com formação em dança clássica pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e com passagem em algumas das mais reconhecidas companhias de ballet do mundo, como a Coastal City Ballet (Canadá), BIAL - Pullmantur Cruises (Europa) e Ballet Stagium (SP), entre outras.
No Dança em Cena, Mônica ministra o workshop sobre Progressing Ballet Technique (PBT). Trata-se de um método de condicionamento e fortalecimento corporal desenvolvido para aprimorar a técnica dos bailarinos com foco no treinamento da memória muscular necessária para cada movimento e passo de dança. Esse sistema de treinamento utiliza exercícios específicos técnicos e contribui para a prevenção e reabilitação de lesões.
A capacitação é indicada para professores, coreógrafos e pesquisadores da área de movimento. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site https://www.dancaemcena.com.br/. Vagas limitadas.
Residência Artística com jovens do Comosg
Em 2024, o Dança em Cena mais uma vez leva a dança para jovens do Conselho Comunitário do Saco Grande (Comosg). A iniciativa começou em 2018 e já virou uma tradição. No total, 30 jovens participam de uma Residência Artística nas semanas que antecedem o evento e preparam a montagem de performance que será apresentada no último dia da Mostra do Dança em Cena. A residência é realizada mais uma vez pelos coreógrafos Gui Fant e Julia Milan.
“São 18 horas de atividades que envolvem a comunidade e o trabalho resulta sempre numa composição coreográfica muito bonita, fruto de estudo, prática e pesquisa que eles fazem ao longo desse período ainda antes do evento”, diz Aline Menezes.
O Dança em Cena é patrocinado pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte e Prefeitura Municipal de Florianópolis por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura nº 3659/91. O projeto tem o apoio cultural do Floripa Shopping, Piemonte e Hotel Porto da Ilha. A coordenação geral é da Marte Cultural e a realização é da Cenarium Escola de Dança.
Agende-se
Dança em Cena Florianópolis 2024
De 30 de maio a 2 de junho de 2024
Onde: Floripa Shopping, Teatro Ademir Rosa (CIC), Conselho dos Moradores do Saco Grande (Comosg) e Cenarium Escola de Dança
Quanto: gratuito
Informações: www.dancaemcena.com.br
Celebra | Noite de Gala do Dança em Cena 2024, com Cenarium Escola de Dança, Art & Soul Central da Dança e Cia Lona Azul
30 de maio, às 20h30
Onde: Teatro Ademir Rosa, no CIC (Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica, Florianópolis)
Quanto: gratuito mediante inscrição no Sympla
Audiodescrição ao vivo
Classificação Indicativa: 12 anos
Informações: www.dancaemcena.com.br
Programação
Quinta, 30/5
14h às 18h30 - Mostra de Dança no Palco Arena (Floripa Shopping)
20h30 - Celebra - Noite de Gala, no Teatro Ademir Rosa (CIC)
Sexta, 31/5
19h às 21h30 - Mostra de Dança no Palco Arena (Floripa Shopping)
Sábado, 1º/6
13h30 às 18h - Capacitação para profissionais com Mônica Gross, na Cenarium Escola de Dança
14h às 19h - Mostra de Dança, no Palco Arena (Floripa Shopping)
19h - Sessão Especial: Urbanas em Cena, no Palco Arena (Floripa Shopping)
Floripa Shopping
Domingo, 2/6
14h às 19h - Mostra de Dança, no Palco Arena (Floripa Shopping)
17h - Troféu Dança em Cena Floripa Shopping 2024, no Palco Arena (Floripa Shopping)
19h - Encerramento
Em maio, a Cia. do Despejo estreia o espetáculo de teatro-dança “IRETI”. A obra é uma crítica à necropolítica brasileira e às violências sofridas pelas mulheres negras em nosso país. As sessões acontecem nos dias 17 de maio, às 19h30, no Teatro Municipal de Mauá; 31 de maio, às 19h30, no Teatro Elis Regina, em São Bernardo do Campo; e 15 de junho, às 19h30, no Teatro Carlos Gomes, em Santo André.
A montagem, que tem dramaturgia de Ingrid Alecrim, direção de cena de Carmem Soares, direção de movimento de Carol Ewaci e direção musical de Helena Menezes, é inspirada na mitologia Iorubá, sobretudo na figura de Nanã Buruku, orixá que cedeu a lama do seu domínio para a criação dos corpos humanos. Ela também é responsável pela desencarnação, uma vez que exige de volta a matéria criadora da vida.
Sempre mais que um
Como produzir um espaço de afeto coletivo? Cinco performers – Maurício Florez, Maria Fernanda Machado, Mariana Molinos, Raony Iaconis e Rebeca Tadiello –, sob direção do ator e bailarino Marcus Moreno e contaminados pelo frescor de um estado de antecedência ao momento presente, constroem sua resposta a partir do dinamismo do campo relacional (quando afetamos e nos deixamos afetar), em “Sempre mais que um”, trabalho coreográfico que ocupa o Teatro Cacilda Becker nos próximos dias 10, 11 e 12 de maio (sexta e sábado, às 21h; domingo, às 19h30), com entrada gratuita.
“Sempre mais que um” se refere aos vários corpos existentes em um corpo presente, permeado pelo espaço e por temporalidades. Balizados pela improvisação cênica e acompanhados pela luz de Hernandes de Oliveira e a trilha original composta por Antonio Prado, corpos materializam imagens e são diluídos com o espaço, numa busca permanente por atualizar o momento num fluxo contínuo.
“Sempre mais que um corpo existe, descontinuado no outro; o eu do agora é o eu de muitos, atravessado por matérias, memórias, ancestralidades, a cada instante, a cada encontro”, pondera Marcus Moreno, que, em 12 anos de trajetória artística, tem buscado na dança maneiras de investigar o estado presente das coisas. “As possibilidades são infinitas, já que o presente que aqui está já não é mais quando se faz possível nomeá-lo”.
Neste percurso de pesquisa, que vem como desdobramento do solo “Instante-já”, criado em 2019, alguns materiais foram visitados, como a obra da artista plástica Amélia Toledo, no que gera de reflexão sobre a concretude e a efemeridade à qual pertencemos, e sobre as singularidades que só existem pelo coletivo. Uma citação do filósofo italiano Emanuele Coccia também serviu de motor para a criação: “Viver nada mais é do que se misturar à vida dos outros”.
Parte do projeto “Nosso Chão é Céu”, contemplado pela 35ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança Para a Cidade de São Paulo, ainda em maio (dias 24, 25 e 26), “Sempre mais que um” migra para o Teatro Alfredo Mesquita, na região Norte da cidade.
Quando e Onde
Dias 10, 11 e 12/5 (sexta e sábado, 21h; domingo, 19h30).
Teatro Cacilda Becker
Rua Tito, 295 - Lapa, São Paulo - SP
Dias 24, 25, 26/5 (sexta e sábado, 21h; domingo, 19h30)
Teatro Alfredo Mesquita
Avenida Santos Dumont, 1770 - Santana, São Paulo - SP
Classificação indicativa: 10 anos
Duração: 50 minutos
Grátis
Bailarina Andrea Raw representa o Brasil na Argentina com o Projeto Dança Intercâmbio - Chico, Canto e Corpo
Reconhecida por difundir a Dança Moderna no Brasil, foi contemplada pelo edital Bolsa Funart de Mobilidade Artística 2023
De 11 a 24 de maio, a bailarina e coreógrafa Andrea Raw, leva para a Argentina o projeto “Dança Intercâmbio – Chico, Canto e Corpo”, em um intercâmbio cultural, idealizado pela Arteducação Empreendimentos Artísticos e Educativos, que além de apresentar o espetáculo “Chico, Canto e Corpo”, da Companhia Dança 3/Andrea Raw, incluirá Masterclasses, palestras e mesas de debates em uma importante oportunidade para fomentar a relação diplomática e as trocas artísticas entre os dois países. O projeto foi contemplado pelo edital Bolsa Funarte de Mobilidade Artística 2023.
“CHICO, CANTO E CORPO”, traz à cena algumas das eternas canções de Chico Buarque de Holanda, em uma respiração própria: o corpo e a dança. Baseado numa pesquisa musical do trabalho deste notório compositor, natural da cidade do Rio de Janeiro, a bailarina e coreógrafa Andrea Raw cria uma textualidade coreográfica permeada pelo piano de Clarice Prieto, pela voz da jovem cantora Julie Wein e pela narração do ator Igo Ribeiro.
As cenas são costuradas por um diálogo entre canto e corpo, voz, dança e presença, em meio a paisagens visuais. As coreografias exploram alguns temas marcantes do vasto repertório de Chico Buarque, como “Eu te amo”, “Beatriz”, “O que será?” e “Cálice”, que atravessam relações, sentimentos, questionamentos sociais e políticos, pontuadas por trechos da literatura do artista, autor de romances como “Budapeste”, “Estorvo” e “Essa Gente”. Em abril de 2023, o artista recebeu a honraria máxima da Língua Portuguesa, O Prêmio Camões, numa cerimônia em Portugal, das mãos dos atuais presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Portanto, esse é um momento mais do que fortuito para homenagear a obra singular desse grande compositor e autor do Rio de Janeiro e do Brasil.
A grandiosidade da obra de Chico Buarque é daquelas que não se pode nem descrever. Por isso, este trabalho adota uma outra abordagem, mais próxima: explorar em cada canto, corpo, voz e nota musical, a potência de sua obra. Buscar por entre a magnitude e extensão da trajetória de uma vida inteira, pequenas fagulhas de genialidade e deixá-las dançar pelo corpo. Entre diferentes suportes – o corpo, a voz, a sonoridade e a paisagem visual – “CHICO, CANTO E CORPO” estabelece seu arco dramático e afetivo, pesquisando os caracteres chave da estética moderna. Diferentemente do ballet clássico, conhecido, e da dança contemporânea, muitas vezes um pouco hermética e experimental, a dança moderna se estabelece como um “caminho do meio”, e, enquanto tal, tem um caráter bastante formativo e auxiliar, no sentido de se criar novas plateias, tornando a sua perspectiva de enriquecimento cultural bastante clara. Assim como a obra de Chico Buarque, a dança moderna surgiu como disruptiva: na história da dança mundial, foi responsável por importantes quebras de paradigma em relação à dança clássica, abrindo os caminhos ao que hoje se compreende como dança contemporânea. Por outro lado, com a força avassaladora e a velocidade do movimento contemporâneo, a estética moderna, por muito tempo, foi relegada a segundo plano. Inclusive, em âmbito Sul-Americano, Andrea Raw, formada pela prestigiosa Martha Graham School de Nova York/EUA, é uma das grandes responsáveis pela re-difusão da dança moderna, com seu incansável trabalho de formação, há 14 anos na promoção de intercâmbios nacionais e internacionais de qualificação profissional em técnicas de dança moderna.
Este espetáculo discute a tradição de ruptura ou o potencial de ruptura no interior das tradições, à medida em que se utiliza de conteúdos canônicos (a produção de Chico Buarque e as técnicas de dança moderna) com poderes de ruptura, cada um à sua forma. O campo visual do espetáculo, composto por elementos de figurino e cenografia, dialoga com a dramaturgia das letras do autor, alternando matizes e paletas inspiradas pelos sentimentos e atmosferas evocadas em cada quadro. Realizado pela Companhia Dança 3/Andrea Raw, fundada em 2012, “CHICO, CANTO E CORPO” estava em fase de finalização e com estreia marcada para março de 2020, quando a quarentena por causa da COVID-19 foi decretada. A estreia não aconteceu e os trabalhos foram suspensos. “CHICO, CANTO E CORPO” foi contemplado pelo Prêmio FUNARJ de Dança 2022 para ser produzido e realizar sua estreia, o que ocorreu em dezembro de 2022, no Rio de Janeiro.
World Ballet Competition 2024 - CERIMONIA DE PREMIAÇÃO
Projeto Consuelo Rios em Joinville
Ação visa homenagear umas das maiores pedagogas do balé brasileiro.
O Dia Internacional da Dança – 29 de abril – não poderia ser comemorado de outra forma, em Joinville, Capital da Dança do país: uma programação 100% gratuita, com oficinas de balé clássico, palestra e exposição com foco no balé brasileiro, Projeto Consuelo Rios. A proposta do diretor artístico e pesquisador de dança Darling Quadros, é a de homenagear esta grande artista da dança carioca, uma das maiores referências do ensino da dança clássica no país. O projeto Consuelo Rios foi selecionado pelo Edital Lei Paulo Gustavo LPG SC 2023 – executado com recursos do Governo Federal e Lei Paulo Gustavo de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense da Cultura.
O Projeto Consuelo Rios tem como objetivo principal o aprimoramento técnico e o aperfeiçoamento artístico dos estudantes de dança clássica do Estado de Santa Catarina. A abertura das comemorações inicia nessa semana com uma exposição com o tema “Alunas de Consuelo Rios, na Casa da Memória, na região central de Joinville, que poderá ser vista até o dia 10 de maio.
Para completar a programação, o projeto traz a cidade, nesta edição, a bailarina e professora de balé clássico Teresa Augusta, que irá ministrar oficinas de dança clássica nas salas de dança da Casa da Cultura Fausto Rocha Junior, em Joinville, nos dias 04 a 05 de maio, em diversos horários; a bailarina e Doutora em Artes Cênicas pela UNIRIO, Liana Vasconcelos, que ministrará no dia 04 de maio, às 15h30, no mesmo local, a palestra “Consuelo Rios: uma vida dedicada ao ensino da dança”. Todas as atividades têm entrada gratuita.
“Estamos muito felizes em podermos olhar para a história de Consuelo Rios e trazermos a sua relevância à tona neste mês da dança, em Joinville. A exposição apresenta uma seleção de fotos de alunas de Consuelo com carreiras consagradas no Brasil e no exterior com nomes importantes como: Roberta Marques, Bethania Gomes, Teresa Augusta, Leticia Oliveira, Marcia Jaqueline entre outras importantes bailarinas.”, destaca Darling Quadros, idealizador do projeto. “Vale ressaltar que as outras atividades são 100% gratuitas, como a maioria dos eventos de dança que realizo na cidade. Acredito no acesso, no fomento e na informação de qualidade para potencializar a arte”, completa Darling.
DIA INTERNACIONAL DA DANÇA – Instituído no mundo todo como o Dia Internacional da Dança, pelo Comitê Internacional da Dança da UNESCO, a data comemora o nascimento do bailarino e professor de balé francês, Jean-Georges Noverre, nascido em 29 de abril de 1727. Ele inaugurou um novo tempo da dança, no qual, os bailarinos passaram a usar as pantomimas nas cenas.
Confira o cronograma gratuito de atividades:
EXPOSIÇÃO ALUNAS DE CONSUELO RIOS | na CASA DA Memória - Joinville, até 10 de MAIO, das 10h às 18h. Gratuita.
OFICINAS DE BALLET CLÁSSICO | com Teresa Augusta, na Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior, nos dias 04 e 05 de maio. Gratuita. Inscrições via: projetoartesdopalco@gmail.com .
Teresa Augusta | Oficinas de Balé Clássico
Teresa Augusta é professora da Companhia do Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, formada pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa. Possui Licenciatura em Dança pelo Centro Universitário da Cidade (2009) e está cursando a Pós-Graduação em Ensino de Dança Clássica na Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Iniciou os estudos de ballet clássico na Escola de Dança Maria Olenewa, foi aluna de Consuelo Rios, Amelia Moreira, Regina Bertelli, Edy Diegues, Eliana Caminada, Jacy Jambay, Tatiana Leskova, Eugênia Feodorova, Eric Valdo, Bertha Rosanova, Maestro Zaraspe e David Howard. Como aluna da Escola, ganhou o Troféu Projeto Aquarius como a melhor bailarina do IV Concurso Nacional de Dança, promovido pelo Conselho Brasileiro de Dança. Em 1985, entrou por concurso público para o corpo de baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1989, deixou o Brasil para fazer parte do Ballet de Hamburgo, dirigido pelo coreógrafo John Neumeier. Dançou os ballets: "Magnificat", "Romeu e Julieta", "Peer Gynt", "V Sinfonia de Mahler", "Sonhos de uma Noite de Verão" e viajou para dançar em diversos teatros como a Ópera de Paris, Bolshoi, Mariinsky, Ópera de Stuttgart e o Teatro Antico em Taormina.
Em 1990, voltou para o Teatro Municipal para dançar todo o repertório da Companhia, destacando-se como primeira bailarina em: "O Descobrimento do Brasil", "Coppélia", "O Quebra-Nozes", "O Lago dos Cisnes", "Les Sylphides", "Pas de Quatre", "Paquita", "A Bela Adormecida", "La Fille Mal Gardée", "La Sylphide", "Onegin", "Les Presages", "Serenade" e "Les Noces". Em 2007, iniciou sua carreira de professora na Escola Maria Olenewa.
Em 2014, tornou-se professora do Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi convidada para dar aulas de ballet clássico em companhias de dança como: Companhia do Ballet Dalal Achcar, Debora Colker, O Cisne Negro, Ballet Salzburg Landestheatre, Ballet de Santiago e em festivais como: Bento em Dança e o Festival de Dança de Joinville. Em 2021, foi assistente de Ana Botafogo na montagem do ballet "Les Sylphides" para a São Paulo Companhia de Dança
Darling Quadros | Diretor do Projeto Consuelo Rios
Darling Quadros é artista da dança, pesquisador e produtor cultural. É bacharel e licenciado pela Escola Superior de Dança, em Portugal – 2006. Participou como convidado em diversos festivais como: Prix de Lausanne, na Suíça; Cannes Danse Festival e Bienal de Lyon, ambos na França; Los Dias de La Danza em Havana, em Cuba, entre outros. No Brasil realizou diversos projetos com participações de primeiras bailarinas como: Ana Botafogo, Aurea Hammerli, Cecilia Kerche, Cristina Martinelli, Nora Esteves, além de projetos com a São Paulo Companhia de Dança. Foi coordenador do curso técnico em dança do Governo do Estado de Santa Catarina e coordenador do Saltare Centro de Dança do Instituto Festival de Dança de Joinville. Em 2019 recebeu a medalha Cruz e Sousa, a maior honraria da cultura catarinense. Em 2020 recebeu o Prêmio de Reconhecimento Por Trajetória Cultural do Governo do Estado de SC.
Contatos:
47-997593408
E-mail: projetoartesdopalco@gmail.com
Giro 8 Cia. de Dança leva a dança contemporânea goiana para palcos da Argentina
Depois de se apresentar no Panamá, Bolívia e Cuba em importantes festivais, o grupo fortalece sua crescente trajetória de internacionalização, viajando com os espetáculos Começaria Tudo Outra Vez e o infantil Cerrado Mundo Mágico
A Giro 8. Cia de Dança chega na próxima semana em Bahía Blanca, na Argentina, para apresentar o mais recente espetáculo da Companhia “Começaria Tudo Outra Vez”, além do infantil “Cerrado Mundo Mágico”. O grupo participa do 19º Festival Internacional de Artes no Escénicas Bahia Teatro entre 4 e 6 de maio. Esta apresentação integra uma série de 16 apresentações que fazem parte Giro 8 Em Trânsito - Primeira edição. Com este projeto, a companhia levou três espetáculos e uma oficina para Goiás, Amazonas e, agora, Argentina. Em agosto, esta circulação será encerrada em Araraquara (SP). Esse projeto conta com o apoio financeiro da Lei Goyazes por meio do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
Esta é a terceira vez do grupo goiano em terras argentinas. A primeira vez que lá estiveram apresentaram “Sr Will”. “Depois dessa apresentação conseguimos parceiros que desencadearam em outras apresentações nesse país”, comenta Joisy Amorim, diretora da Giro 8. A companhia também esteve em Córdoba apresentando “Teia”. A diretora comenta sobre a importância dessa circulação. “É fundamental para fortalecer o intercâmbio entre os países latino-americanos e nos inserirmos no circuito dos principais festivais desses locais. Além disso, são oportunidades de encontrarmos grupos de todo o mundo, o que enriquece muito a nossa experiência”, comenta.
O grupo acaba de chegar de apresentações no Panamá e Cuba e ainda vão passar pela Bolívia. Esta circulação integra o projeto Giro 8 Em Trânsito, 2ª edição, que contou com apoio da Lei Paulo Gustavo. Joisy Amorim, diretora da companhia, compartilha sobre a experiência dessa circulação quando, por exemplo, tiveram oportunidade de se apresentar para 500 crianças numa Escola Pública no Panamá. “Tem sido uma experiência incrível circular levando um pouco da nossa fauna e flora para as crianças conhecerem”, comenta sobre a apresentação de “Cerrado Mundo Mágico”. “A recepção tem sido muito grande. As pessoas estão abertas para ver o nosso trabalho: elas ficam felizes e se emocionam. Temos conseguido cultivar um público por onde passamos. A troca tem sido muito rica”, compartilha Amorim.
A experiência recente de circulação internacional demonstra como a Giro 8 Cia. de Dança, com 12 anos de fundação, tem sido uma peça fundamental na cena artística de Goiás. Com um quadro de mais de uma dezena de profissionais que recebem mensalmente por suas funções, a companhia contribui diretamente para a cadeia produtiva da dança e das artes no estado, gerando trabalho e renda a estas pessoas.
“Começaria Tudo Outra Vez”, o amor na voz de Maria Bethânia
Concebida e dirigida por Joisy Amorim, o espetáculo celebra a essência do amor, traçando sua jornada desde as reflexões filosóficas de Sócrates, Platão e Aristóteles até as discussões e conceitos mais contemporâneos, imersos na complexidade das relações humanas.
Com uma trilha sonora envolvente, composta por canções e poemas interpretados por Maria Bethânia, o espetáculo revela as múltiplas faces e nuances desse sentimento, em suas manifestações de Eros, Filia e Ágape. Um cenário concebido através de diversas folhas se papel é elevado a protagonista cênico, tornando-se não apenas uma metáfora da escrita, mas também da delicadeza, tanto da matéria quanto do sentimento.
Quando e Onde:
Datas: Entre 4 e 6 de maio de 2024
Giro8 Em Trânsito 1ª Edição
Para mais informações: www.instagram.com/giro8cia
Balé Teatro Guaíra reúne coreógrafo francês, valsa e pé no chão em “Conexões”
O programa “Conexões” vai unir duas coreografias em um mesmo espetáculo. A primeira criação da temporada de 2024 do Balé Teatro Guaíra, Unwaltz - isso não é uma valsa, com música de Strauss, e Outras Estações, com música de Vivaldi, serão performadas em parceria com a Orquestra Sinfônica do Paraná de 3 a 5 de maio, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão). Os ingressos já estão à venda no site DeuBalada.com.
“O trabalho de Jorge Garcia se relaciona com questões do universo humano, ligado ao chão, tanto literal quanto simbolicamente. Trata-se de questões ligadas ao desenraizar das pessoas no mundo contemporâneo e do lançamento de novas raízes em um território novo. Já o trabalho de Mathieu busca algo ascendente, circular, aparentemente distante do chão e da concretude da vida, revisita a ideia da Valsa Vienense trazendo-a de um contexto tradicional para algo contemporâneo”, explica Luiz Fernando Bongiovanni, diretor do Balé Teatro Guaíra.
O maestro Emiliano Patarra irá reger a Orquestra Sinfônica do Paraná. A primeira peça a ser apresentada, Outras Estações, tem coreografia de Jorge Garcia, música de Vivaldi, cenografia de Guenia Lemos e figurino de Paulo Vinícius, com cerca de 30 minutos de duração. Um intervalo de 20 minutos cria um respiro entre as duas apresentações.
A segunda peça, Unwaltz - isso não é uma valsa, tem coreografia do bailarino francês e atual diretor artístico do Ballet Nacional Chileno, Mathieu Guilhaumon, música de Strauss, cenografia de Beto Rolnik e figurinos de Janaína Castro, com 34 minutos. Ambas peças tem o desenho de luz de Anry Rider.
PRODUÇÃO – Em “Conexões”, o público vai observar que a cenografia não é apenas um contexto para que a dança aconteça, mas também um dispositivo fundamental para as coreografias. A peça Outras Estações, que foi apresentada pela primeira vez em 2022 no espetáculo “Terra Brasilis” e integra hoje o repertório do Balé Teatro Guaíra, propõe uma reflexão sobre as migrações contemporâneas de diferentes povos e comunidades. No palco, são dispostos diversos bambus que remetem à uma ideia de canaviais de um ambiente rural.
Os bambus são instrumentos para a dança e criam um efeito dinâmico, conectado, circular. O figurino de Outras Estações também remete ao trabalho no campo, com camisas e saias longas que parecem proteger os corpos. A paleta de cores entre o cinza e o azul cria uma sensação de coletivo, apesar de cada peça ter diferenças sutis em seus desenhos, destacando a individualidade de cada artista.
Já Unwaltz – isso não é uma valsa traz ao público figurinos e cenário inéditos. As roupas foram especialmente pensadas para serem desconstruídas ao longo da apresentação, partindo de referências clássicas da valsa que vão surpreendendo o espectador, ao enfatizar o caráter contemporâneo da companhia do Balé Teatro Guaíra. Todas as peças foram criadas à distância pela figurinista Janaína Castro, que reside em Minas Gerais e recebeu o convite do coreógrafo Mathieu Guilhaumon para trabalhar no espetáculo.
As peças vieram de avião diretamente de seu estúdio de criação em Belo Horizonte, Minas Gerais, e foram ajustadas junto à equipe de figurino e costura do Teatro Guaíra. O resultado é feito de camadas que serão reveladas no palco pelos bailarinos. “Não ficou uma roupa de época adaptada. Cheguei nas saias longas, nas roupas estruturadas, nas camisas, nos coletes, as cores foram bem pensadas no pigmento rosa e eu acho que cheguei num resultado bem feliz”, detalha.
O cenário é assinado pelo paulista Beto Rolnik. Uma grande estrutura que remete a um candelabro, feito de tubos metálicos que formam aneis pendurados em referência aos salões de valsa de Viena. A instalação foi uma proposta do coreógrafo francês Mathieu abraçada por Rolnik e oferece uma infinidade de possibilidades, incluindo a interação com os bailarinos. Beto Rolnik já conhecia o palco, pois participou da coordenação da cenografia de “O Quebra-Nozes”, o grande fechamento de 2023 no Teatro Guaíra, mas confessa que “Conexões” foi um trabalho desafiador. “Definimos o material pensando no espaço cênico acoplado com questões técnicas. São aneis pendurados que trabalham independentes, podendo criar altura e inclinações diferentes”, conta Rolnik.
Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná. Vivaldi e Strauss. Valsa e pé no chão. Clássico e contemporâneo. São muitas as conexões que constroem o espetáculo, incluindo a própria união de dança e música ao vivo. “Este programa traz para a nossa atenção a possibilidade de perceber uma série de elementos distintos, orquestrados para que o espetáculo aconteça. ‘Conexões’ será, portanto, um grande e imperdível convite ao encontro no Guairão”, conclui o diretor do Balé Teatro Guaíra.
Serviço – “Conexões” – Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná
Apresentações: 3 a 5 de maio de 2024
Dias 3 e 4 (sexta e sábado), às 20h30
Dia 5 (domingo), às 18h
Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto – Guairão
Tempo de duração do espetáculo: aproximadamente 1h30
Classificação: 7 anos
Maestro: Emiliano Patarra
Programa: Outras Estações, com Vivaldi + Unwaltz - isso não é uma valsa, com Strauss
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada) – lugares livres
Disponíveis na bilheteria do Teatro Guaíra ou pelo site DeuBalada.com
Sarau Dançante do Vale do Paraíba
Em comemoração ao mês da dança (Abril), a cidade de Pindamonhangaba estará movendo os espaços públicos com apresentações de dança, teatro, performance e circo.
O sarau está em sua nona edição e conta com dois documentários disponíveis em modo público no youtube. O objetivo do sarau, levar a arte e a cultura de forma gratuita para toda a população do município.
O evento já contou com apresentações de nível internacional na edição de 2020.
A nona edição do Mova Se Cultural acontecerá doa dia 28 de abril, com uma grande abertura realizada na quadra poliesportiva do Lar São Judas Tadeu no centro da cidade e seguirá com intensa programação artística e cultural para o público:
04 de maio as 10h a realização da terceira edição da Mostra Performática Mova Se no Palacete 10 de Julho
05 de maio as 15h apresentações e aulas gratuitas de dança no Bosque da Princesa
18 de maio as 19h Baile Retrô no espaço cultural Ateliê Cênico de Dança
01 de Junho as 15h apresentações artísticas no Shopping Pátio Pinda
09 de Junho o grande encerramento com apresentações de artistas, bailarinos de todo o estado de São Paulo no Teatro Galpão as 16hs
Todas as ações são gratuitas e com classificação livre
Também haverá pela cidade, oficinas, palestras e workshops culturais.
Para mais informações e inscrições basta se comunicar com o whatszap 12 997203360 ou pelo e-mail: movasecultural@gmail.com
ou pelo instagram oficial: instagram.com/ateliecenicodedanca
Realização: Ateliê Cênico de Dança
O Lago dos Cisnes
Um dos maiores sucessos dos ballets de repertório do mundo, O Lago dos Cisnes, com música de Tchaikovsky, está de volta ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência do maestro Tobias Volkmann, com o patrocínio oficial da Petrobras por meio do Programa Petrobras Cultural. A montagem terá concepção e adaptação de Hélio Bejani e Jorge Texeira, a partir de Marius Petipa e Lev Ivanov. No elenco, além do Corpo de Baile e Solistas, os primeiros bailarinos do BTM. No total, haverá onze récitas, sendo um ensaio geral e uma apresentação para escolas: 15 de maio (ensaio geral), 16 (estreia), 17,18, 22, 23, 24 e 25 às 19h, dias 19 e 26, às 17h e no dia 21, às 14h (Projeto Escola).
“O Lago dos Cisnes é um dos ballets mais populares e aclamados do repertório clássico mundial, conhecido por sua bela música e coreografia deslumbrante. Nessa nossa versão, assinada por mim e pelo maître de ballet Jorge Texeira, trazemos um peso artístico que transcende a técnica pura e simplesmente, possibilitando que nossos bailarinos atuem dentro da principal característica da nossa Companhia, a técnica através da emoção.” – ressalta o Diretor do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Hélio Bejani.
“Remontar o “Lago dos Cisnes” é sempre um desafio, por se tratar de uma das mais difíceis criações de Marius Petipa (coreografia) e Tchaikovsky (música). Considero uma celebração, pois é uma obra que permanece sendo dançada desde 1876. Assinei essa remontagem, pela primeira vez, em 2012, para a Cia Brasileira de Ballet, que se apresentou em diversos teatros pela Brasil e ainda na cidade de Villavicêncio, na Colômbia. A partir de 2019, com a Cia BEMO e em 2022, com o BTM, iniciei uma nova fase de remontagens em parceria com meu amigo Hélio Bejani e com uma nova safra de talentosos jovens bailarinos” – afirma Jorge Texeira, Maître de Ballet e Ensaiador (BTM).
Onde e Quando
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Endereço: Praça Floriano, S/N – Centro
Datas e horários: 15 de maio (ensaio geral), 16 (estreia),17,18,22, 23, 24 e 25 às 19h/ 19 e 26 às 17h e 21 (Projeto Escola) às 14h
Duração do ballet: 2h – com 15 minutos de intervalo
Classificação: Livre
Ingressos através do site www.theatromunicipal.rj.gov.br ou na bilheteria do Theatro a partir de terça-feira, 7 de maio, às 14h.
Haverá uma palestra gratuita, na Sala Mário Tavares, anexo do TMRJ, uma hora antes do início do espetáculo.
Companhia de Ballet da Cidade de Niterói apresenta o novo espetáculo
Em três únicas apresentações no Theatro Municipal de Niterói
A Companhia de Ballet da Cidade de Niterói apresenta nos dias 03, 04 e 05 de maio, no Theatro Municipal de Niterói, o espetáculo ARUC, com concepção e coreografia do hispano-brasileiro Allan Falieri. A ideia por trás de ARUC é a possibilidade de externalizar o nosso avesso, de entender o ser humano como um ser complexo, com suas subjetividades. Para a abertura da noite, a CBCN convidou a Comrua Companhia de Dança com o espetáculo CORRE.
ARUC surgiu da vontade de trazer para a existência um senso de sociedade e comunidade. Como seria se inventássemos a nossa própria comunidade? Qual seria a nossa regra em comum? A obra explana a existência de um lugar, um território distópico, um espaço físico atemporal ocupado por criaturas. A ideia por trás disso é a possibilidade de externalizar o nosso avesso, de entender o ser humano como um ser complexo, com suas subjetividades. As tensões do cotidiano de uma cidade são trazidas para a construção da peça, onde personagens são inventados para que possam expurgar o que muitas vezes não podemos.
Foi então que a companhia sentiu a necessidade de uma cura, representada pelo próprio nome "Aruc" - que é a palavra "cura" escrita ao contrário. O objetivo desse espetáculo foi encontrar o senso comum desse grupo heterogêneo, que durante o processo de criação se permitiu acessar lugares físicos e emocionais para chegar ao resultado da obra; explorando as múltiplas dimensões identitárias, culturais e temporais que constituem o/a corpo/corpa como um conglomerado diverso, instável e dinâmico.
O coreógrafo Allan tem um interesse perene em desenvolver e pesquisar novas formas de dança, criando estratégias e mecanismos baseados na diversidade das identidades, na busca de promover uma visão inclusiva no contexto sócio-político-cultural. Para isso, recorre à arte, à educação e à ciência como estratégias de conhecimento.
No cenário de ARUC poderá ser visto a ancestralidade e espiritualidade desempenhando um papel fundamental, pois expõe as trilhas do nosso passado, o chão do tempo que pavimenta nosso caminho. Representam os alicerces profundos que nos ajudam a desvendar a complexidade de quem somos. Povos, tribos, indivíduos, uma colcha de cores e experiências, jazem agora horizontalmente, mas que depois assumem a verticalidade da contemplação, elevando esses(as) corpos(as) à luz do entendimento. Concedemos-lhes permissão para se erguerem em nossa consciência, libertando-os de sua partida terrena. ARUC é imediato, mas também profundo e complexo. É novo e moderno, mas enraizado na herança.
Quando e Onde
Datas: 03 a 05 de maio
Horário: Sexta 19h | Sábado e domingo 18h
Duração: 80 min
Classificação etária: 12 anos
Ingresso: R$20,00 (Inteira) | R$ 10,00 (Meia prevista em lei e Promoção para moradores de Niterói)
Local: Theatro Municipal de Niterói
Endereço: Rua XV de Novembro, 35 - Centro, Niterói
Telefone de contato: (21) 3628-6908
A coreógrafa Eliana Brega, conta em livro,
os seus 65 anos de ballet, prêmios e resiliência
O lançamento aconteceu no dia 29 de abril, no Centro das Artes “Prefeito Pedro Fávaro”;
são 193 páginas com histórias de realizações e desafios
Pode não ser coincidência, mas até o universo se movimentou para que o lançamento do livro “Eliana Brega, 65 anos de aplausos”, acontecesse no dia 29 de abril, justamente no Dia Internacional da Dança. Fundadora da Escola de Ballet La Ballerina, a sua trajetória nos palcos começou aos 4 anos de idade e nesta autobiografia, a bailarina deu espaço à poeta e reuniu histórias de bastidores, vitórias e sobre os seus obstáculos, como artista, enfrentou na carreira.
A motivação para que o palco da sua vida fosse para as páginas de um livro, Eliana Brega conta que veio na inspiração da obra “Reminiscências de Mongaguá”. A autoria é dos meus tios Joaquim Monteiro e Ivone de Almeida Monteiro. Foi assim que percebi que por mais simples que seja a nossa trajetória, temos algo a transmitir a alguém, sobretudo num País que não cultua a memória artístico-cultural daqueles que não fazem parte da mídia global ou ainda foram colocados no hall do esquecimento”, lamenta a bailarina.
Ela conta que o ‘start’ desse projeto aconteceu em 2002, quando escreveu tudo e deixou arquivado no computador. “Ficou lá na pasta C: Eliana – Documentos, até quando me dei conta que as cortinas dos meus 65 anos de palco estavam abrindo”, descontrai Eliana Brega.
A publicação é pela Editora In House e conta com a participação de 25 amigos que contribuíram com narrativas ao trabalho da agora, também, escritora Eliana Brega. O radialista e amigo de longa data, Ari Ribeiro, adianta que a obra não fala só de dança.
“Eliana Brega, 65 anos de aplausos, não fala apenas de dança, balé, coreografia. Ele relata a vida da mulher Eliana Brega que, a partir dos seus quatro anos de idade, se mistura com a bailarina, professora de ballet, psicóloga e coreógrafa, mostrando uma trajetória onde venceu obstáculos e preconceitos”, disse o amigo
Espetáculo
Como a trajetória da bailarina e a data pedem, um espetáculo de dança será apresentado no dia do lançamento na Sala Glória Rocha. “Os ensaios estão intensos e para o lançamento preparei a coreografia ‘Ressignificar’, que mescla trabalhos coreográficos que impactaram a dança de Jundiaí e estão enraizados na memória afetiva do público com uma nova leitura. ‘Grito de Mulher’ de autoria do jornalista Pedro Fávaro Júnior”, dá “voz” à coreografia inicial, disse.
No palco com Eliana Brega estarão, do Corpo de Baile La Ballerina: Débora McClure, Evânia Jacobino/Sara Yacov, Hamilton Cipriano, Selma Regina Barbosa, Tamiris Guerrero e Tânia Russi Guerrero. Do Corpo de Baile Cidade de Salto: Caroline Capitani e Luciana Pincovai. E também, a Terceira Idade Dança Jarinu com Célia Morais, Flora Kavakta, Inês Rodrigues de Paulo, Lucineia Lopes de Camargo, Luiza de Moraes e Miriam Pinheiro.
Eliana Brega reforça que as portas da Sala Glória Rocha, no Centro das Artes Prefeito Pedro Fávaro estarão abertas ao público. “O espetáculo não está condicionado a compra do livro para ser prestigiado. Artista no palco fica feliz com o público no teatro. É sempre o nosso melhor combustível. Os ingresso podem ser reservados no site do Sympla, indicado no serviço”.
Quando e Onde
Lançamento do Livro “Eliana Brega, 65 anos de aplausos”
Editora In House – 193 páginas
Data: 29 de abril de 2024
Horário: 19h
Local: Centro das Artes Prefeito Pedro Fávaro
Rua Barão de Jundiaí, 1093 - Jundiaí
São Paulo Companhia de Dança
Turnê Internacional
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) dirigida por Inês Bogéa, apresenta sua Turnê Internacional de 2024. Entre os meses de fevereiro e março, com organização feita pela Dance Consortium, a Companhia – que completa 16 anos de funcionamento em 2024 – circulou por 14 cidades na Irlanda e Reino Unido, por onde mostrou a diversidade de seu repertório.
A SPCD levou toda a energia brasileira ao público europeu em três obras de seu repertório, sendo Anthem, de Goyo Montero, Gnawa, de Nacho Duato e Agora, de Cassi Abranches.
"Em 1994, fiz uma turnê pelos teatros britânicos como bailarina do Grupo Corpo. Foi um período muito intenso, cheio de arte e troca de experiências. 30 anos depois, como diretora artística da São Paulo Companhia de Dança, estou emocionada por estar de volta ao Reino Unido e Irlanda nesta turnê. Esperamos que nossa arte possa tocar e emocionar o público, levando a nossa energia e nossa garra brasileira para além do palco”, diz Inês Bogéa.
O roteiro começou por Dublin e seguiu para Londres, Southampton, Nottingham, Canterbury, Plymouth, Brighton, Hull, Newcastle, Bradford, Salford, Wolverhampton, Inverness e terminou em Norwich.
Outras apresentações
Ainda no 1º semestre, a São Paulo Companhia de Dança realiza outras apresentações no exterior. Agora em abril, finalizaram mais uma etapa, que passou por Linz, na Áustria, e em Remscheid, na Alemanha, com a estreia de The Eighth, de Stephen Shropshire; além de Umbó, de Leilane Teles; e Agora, de Cassi Abranches. Já em Ludwigsburg, também na Alemanha, no lugar de Agora, entrou Cartas do Brasil, de Juliano Nunes, no repertório.
A turnê encerra no mês de maio, com passagem por seis cidades na França, sendo Nimes, Sète, Tarbes, Châlon-sur-Saône, Foix, Perpignan e Bèziers. Em todas as cidades serão apresentadas Agora, de Cassi Abranches; Ngali, de Jomar Mesquita; Duo do Pássaro de Fogo, de Marco Goecke; e Umbó, de Leilane Teles. Somente na cidade de Sète, que no lugar de Agora e do Duo, entram Só Tinha de ser com Você, de Henrique Rodovalho; e Partita, de Stephen Shropshire.
Onde e Quando
Datas: 14 de maio de 2024
Horários: 20h
Local: Théâtre de Nîmes
1 Pl. de la Calade, 30000 NIMES, França
Ingressos: http://billetterie.theatredenimes.com/spectacle?id_spectacle=1931&lng=1
Datas: 15 e 16 de maio de 2024
Horários: 20h
Local: Théâtre Molière Sète National Stage and the Bassin de Thau
Av. Victor Hugo, 34200 SÈTE, França
Ingressos: https://billetterie.legilog.fr/sete/?spec_code=SAO
Datas: 21 de maio de 2024
Horários: 20h30
Local: Parvis Scène Nationale TARBES Pyrenees
Centre Commercial Le Méridien, Rte de Pau, 65420 Ibos, França
Ingressos: https://www.parvis.net/spectacle-vivant/sao-paulo-dance-company
Datas: 24 de maio de 2024
Horários: 20h
Local: Espace des Arts, Scène nationale Chalon-sur-Saône
5B Av. Nicéphore Niépce, 71100 CHALON-SUR-SAÔNE, França
Ingressos: https://billetterie.espace-des-arts.com/spectacle?id_spectacle=1604&lng=1
Datas: 28 e 29 de maio de 2024
Horários: 20h30
Local: L'Estive, scène nationale de Foix et de l'Ariège
20 Av. du Général de Gaulle, 09000 FOIX, França
Ingressos: https://lestive.notre-billetterie.com/billets?kld=2324w
Datas: 1 e 2 de junho de 2024
Horários: 20h30 | 18h
Local: Théâtre de l'Archipel
Avenue Général Leclerc - BP 90 327 - 66003 PERPIGNAN, França
Ingressos: http://billetterie.theatredelarchipel.org/spectacle?id_spectacle=1266&lng=1
Datas: 4 de junho de 2024
Horário: 19h30
Local: Scène de Bayssan
Domaine départemental de Bayssan, Route de Vendres, 34500 BÉZIERS, França
Ingressos: https://billetterie.legilog.fr/heraultculture/
CORRENTEZA
A Cia VEDA apresenta o projeto de dança vertical híbrido que une o videomapping, a arquitetura urbana, a dramaturgia, a poesia e plasticidade de um espetáculo cênico
Correnteza é um fluxo de água que corre forte e contínuo. Como as vias da metrópole paulistana, suas ruas e avenidas largas. Como nossas veias.
Buscando essa síntese entre os fluxos contínuos natural e urbano, surge o projeto CORRENTEZA, da Cia VEDA, que propõe transformar o CEU Vila Alpina em rio, usando sua verticalidade para converter concreto em corrente líquida e artistas aéreos em seres que não param. Com isso, levanta-se a reflexão: quais fluxos nos levam sem que nem percebamos?
CORRENTEZA é um projeto de performance vertical híbrido, confluindo as linguagens da dança vertical – que por si só já é uma sobreposição da dança com a técnica do rapel – com o videomapping, a arquitetura urbana, a dramaturgia, a poesia e plasticidade de um espetáculo cênico. As coreografias são executadas fora do palco e do plano horizontal. A técnica vertical permite deslocar o palco do artista e, consequentemente, o ângulo do espectador, gerando estranhamento e fricção.
A arte vertical, apesar de ainda pouco conhecida, tem uma característica comum em praticamente todos os espetáculos brasileiros: normalmente os artistas posicionam-se na “estação” onde a coreografia acontece e a partir daí o espetáculo começa. A descida em si é tida como um momento de preparo, mero posicionamento. “Aqui a proposta é justamente o inverso: utilizar essa característica inerente da vertical, a descensão, como representação dos caminhos d’água. Esse é o mote da coreografia: descer, ininterruptamente”, fala Kiko Rieser que assina a criação, roteiro e direção de CORRENTEZA, que tem coreografia de Lauanda Varone e Paula Spinelli.
A baliza para a criação cênica do espetáculo é a dualidade entre o movimento contínuo e o desejo de parar. Apesar de uma força atuando para sessar a inércia cinética do movimento, nada é capaz de interrompe-lo. A descida impõe o fluxo que se configura para além da gravidade. Espasmos quebrando a cadência do movimento geram novos fluxos que se reconfiguram no decorrer da performance, recebendo um novo significado, mas mantendo a sequência de movimentação que em hipótese alguma para.
QUando e Onde
Data: dias 8 e 9 de maio, com apresentações às 19h e 20h30
Entrada livre, não é necessário retirar ingressos
Local: CEU Vila Alpina
Rua João Pedro Lecór, 144 – Vila Alpina - Sao Paulo
CIA. DAMAS EM TRÂNSITO E OS BUCANEIROS FAZ
OFICINA DE DANÇA GRATUITA PARA TEENS NO CCSP
Grupo paulistano realiza atividades para públicos de todas as idades até agosto; em julho estreia espetáculo intergeracional
O Centro Cultural São Paulo (CCSP) é palco de ensaios de coreografias de grupos de diferentes estilos faz tempo, quem esteve por lá viu. Os adolescentes que quiserem entrar na dança podem participar da oficina gratuita Poéticas do Mover. Realizada pela companhia de dança Damas em Trânsito e os Bucaneiros, ela será ministrada pela professora convidada Maju Kaiser, no dia 4 de maio, sábado, das 14h às 16h, na Sala de Ensaio 2.
O público-alvo são jovens entre 13 e 18 anos interessados em arte, dança e performance. São 25 vagas. As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de abril, terça, através do formulário no link: (https://docs.google.com/forms/d/1kF5PLknOFEfMvqz-Y5uJaHGuBub0ApQ-MstmWthgNEM/edit). Os selecionados vão receber um e-mail com o resultado no dia 2 de maio, quinta-feira.
“Esta oficina é um convite de partilha do sensível que nos habita no que se diz respeito às imagens que nos inspiram, as movências que nos conectam e os espaços que ocupamos. Através do encontro, vivenciar o movimento como manifestação e expressão dos desejos internos como também poder passear em momentos de investigação e absorção. Entre gestos, percepções, sutilezas e densidades exercitar as manutenções da presença”, fala a professora Maju Kaiser.
Ela é artista do corpo e da cena, formada em Dança pela Universidade Federal de Viçosa (MG) e leciona na rede pública municipal de São Caetano do Sul, Região Metropolitana de São Paulo. É intérprete criadora da TF Cia de Dança, idealizadora da Coletiva Membrana, acompanhando remontagens de trabalhos da Cia Carne Agonizante e uma das residentes do projeto da Damas em Trânsito e os Bucaneiros.
Até agosto, a companhia promove atividades gratuitas para públicos de todas as idades no CCSP. Em abril, foram ministradas duas oficinas de dança, uma para pessoas com mais de 50 anos, e outra para adultos; em março, foi a vez da criançada.
Contemplado pela 34ª Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura, o projeto Tempos em Partilha: Afetos entre o Corpo e a Cidade, da Damas em Trânsito e os Bucaneiros inclui uma mostra de videodança (que rolou em março), cinco workshops com professores convidados especialistas em diferentes faixas etárias, rodas de conversa e uma estreia.
As seis apresentações gratuitas do espetáculo inédito serão em julho (nos dias 6, 7, 13, 14, 20, 21, às 16h), em diferentes espaços do Centro Cultural São Paulo e nos arredores. “É uma obra cênica intergeracional, fruto do encontro dos corpos de crianças, adolescentes, adultos e idosos com as ruas de São Paulo”, adianta a criadora-intérprete e fundadora da companhia, Laila Padovan.
Quando e Onde:
Oficina Poéticas do Mover: Possibilidades de Conexão, Imagens e Danças em Partilha. Dia 4 de maio (sábado), das 14h às 16h
Centro Cultural São Paulo - Sala de Ensaio 2. Rua Vergueiro, 1.000, Liberdade, São Paulo.
Recomendações: vir com roupas de algodão confortáveis (folgadas) e trazer garrafa de água.
Inscrições até 30 de abril: (https://docs.google.com/forms/d/1kF5PLknOFEfMvqz-Y5uJaHGuBub0ApQ-MstmWthgNEM/edit)
SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA LANÇA LIVRO EM COMEMORAÇÃO AOS SEUS 15 ANOS
No dia 29 de abril acontece uma live no perfil do Instagram da SPCD e, no dia 8 de maio, o evento oficial de lançamento na Livraria Martins Fontes, na Av. Paulista em S. Paulo
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) lança, no dia 8 de maio, às 18h, na Livraria Martins Fontes da Avenida Paulista, o livro que retrata a história da Companhia ao longo de seus quinze anos de existência, de 2008 a 2023. O corpo artístico pertence à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, é gerida pela Associação Pró-Dança (APD) e dirigida por Inês Bogéa.
A obra, organizada por Inês Bogéa e Marcela Benvegnu, possui textos institucionais sobre os marcos da trajetória da SPCD, abordando diferentes aspectos da Companhia e contextualizando seu papel singular no cenário da dança no Brasil e no mundo. O livro tem abertura feita por Marília Marton – secretária da Cultura de São Paulo – e Rachel Coser – presidente do Conselho de Administração da APD. A publicação conta, ainda, com textos escritos por importantes nomes do cenário da dança no Brasil como Amanda Queirós, Cássia Navas, Flávia Fontes Oliveira, Gisele Kato, Jomar Mesquita, Marcela Benvegnu e Renata de Oliveira. Além disso, contos literários com curadoria de Rodrigo Lacerda e Felipe Franco Munhoz de autores como Aline Bei, Carol Rodrigues, Cidinha da Silva, João Anzanello Carrascoza, Joca Reiners Terron, Juliana Leite, Micheliny Verunschk, Natalia Timerman, Paula Fábrio, Paulinny Tort, Paulo Scott, Pedro Augusto Baía, Rafael Gallo, Sérgio Rodrigues e Taiane Santi Martins.
O projeto gráfico é assinado por Mayumi Okuyama e traz uma linha do tempo com as realizações, além de explorar a beleza das fotos de obras icônicas ao longo desses 15 anos.
A SPCD já possui seis livros lançados, em que relata a rotina de ensaios, montagens e bastidores da dança, além de um livro comemorativo dos 10 anos de existência. A Companhia também produz documentários com nomes de referência no universo da dança, contribuindo para a reflexão, registro e memória desta arte na série ‘Figuras da Dança’.
Pré-lançamento virtual
No Dia Internacional da Dança, 29 de abril, às 21h, será possível conferir, via Instagram da SPCD (@saopaulociadedanca), uma live conduzida por Inês Bogéa, que receberá alguns dos autores, para um bate-papo sobre a obra.
“Vamos encerrar o Dia da Dança com este bate-papo, que traz um pouco dos bastidores para o público e também dá um gostinho do que poderá ser visto em mais um livro produzido por nós, para e sobre a dança do nosso tempo, do nosso país”, explica a diretora.
Quando e Onde:
Pré-lançamento Virtual
Data: 29/4/2024 (segunda-feira)
Horário: 21h
Plataforma: https://www.instagram.com/saopaulociadedanca/
Lançamento Oficial
Data: 8/5/2024 (quarta-feira)
Horário: 18h
Local: Livraria Martins Fontes Paulista - Av. Paulista, 509 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01311-910
Momix traz ao Brasil adaptação inédita de 'Alice no País das Maravilhas'
Companhia americana de dança contemporânea tem apresentações marcadas
no Rio de Janeiro, em São Paulo, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte
A companhia de dança norte-americana Momix volta ao Brasil trazendo um espetáculo inédito. Em junho, o público poderá assistir "Alice", uma adaptação dos clássicos "Alice no País das Maravilhas" e "Alice Através do Espelho" de Lewis Carroll.
As apresentações acontecem em Curitiba (13 de junho), Brasília (16 de junho), Rio de Janeiro (22 e 23 de junho), Belo Horizonte (25 e 26 de junho) e São Paulo (29 e 30 de junho).
Conhecida internacionalmente por apresentar obras de inventividade e beleza física, a companhia de dançarinos-ilusionistas foi fundada e é dirigida por Moses Pendleton há mais de 40 anos.
Entre os destaques está a combinação dos corpos dos dançarinos com figurinos e adereços incomuns, colocando-os em cena com efeitos de luz e uma trilha sonora que mistura rock, new age e E-music.
Leia também: Separação d’Os Trapalhões e xenofobia são abordadas no musical sobre Renato Aragão
Outro elemento-chave da composição são as projeções de vídeo, que trazem animações em 3D e imagens distorcidas, criando um ambiente de sonho, mistério e que estimula a imaginação.
Quando e Onde
Curitiba
Local: Teatro Guaíra – R. XV de Novembro, 971 – Centro, Curitiba
Data: 13/06/2024
Horário: 21h
Link de vendas: https://www.diskingressos.com.br
Obs: Descontos para estudantes, maiores de 60 anos e Site Dellarte: 50%
Brasília
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães – SDC – Ulysses Guimarães, Brasília
Data: 16/06/2024
Horário: 19h
Link de vendas: https://www.bilheteriadigital.com
Obs: Descontos para estudantes, maiores de 60 anos: 50%
Rio de Janeiro
Local: Qualistage – Av. Ayrton Senna, 3000 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Datas: 22 e 23/06/2024
Horários: dia 22 às 16h e 21h / dia 23 às 15h
Link de vendas: https://www.ticketmaster.com.br/
Obs: Descontos para estudantes, maiores de 60 anos e Clube O GLOBO: 50% Desconto Site Dellarte: 30%
Belo Horizonte
Local: Sesc Palladium – R. Rio de Janeiro, 1046 – Centro, Belo Horizonte – MG
Datas: 25 e 26/06/2024
Horário: dias 25 e 26 às 20h30
Link de vendas: https://bileto.sympla.com.br
Obs: Descontos para estudantes, maiores de 60 anos e Site Dellarte: 50%
São Paulo
Local: Vibra São Paulo – Av. das Nações Unidas, 17955 – Vila Almeida, São Paulo – SP
Data: 29/06/2024
Horários: dia 29 às 16h e 21h
Link de vendas: https://ww.uhuu.com
Obs: Descontos para estudantes, maiores de 60 anos: 50% e Site Dellarte: 30%
Bailarinos do Mariinsky foram impedidos de dançar
na Gala do Yagp em Nova York
Segundo o jornal New York Times, dois bailarinos da companhia russa foram impedidos de se apresentar,
após críticas de ativistas pró-Ucranianos.
Dois bailarinos do Teatro Mariinsky, na Rússia, foram barrados de participar da Gala do YAGP em Nova York esta semana, de acordo com informações divulgadas pelo jornal New York Times, após sua participação atrair críticas de autoridades e ativistas pró-Ucranianos.
Os bailarinos estavam programados para participar de duas performances no Teatro David H. Koch, no Lincoln Center, que celebram o 25º aniversário do Youth America Grand Prix. No entanto, a direção do Youth America Grand Prix removeram os dançarinos do programa após críticas de que a organização estava apoiando o governo russo ao apresentar os artistas. O Mariinsky é um teatro estatal em São Petersburgo, dirigido pelo maestro Valery Gergiev, um aliado próximo do presidente Vladimir V. Putin.
O Youth America Grand Prix expressou em comunicado, de acordo com o New York Times, que a decisão de retirar os dançarinos "nos causa grande dor". A organização disse que, horas antes da primeira performance na quinta-feira, foi informada, juntamente com o Lincoln Center sobre possíveis protestos. Após consultar o New York City Ballet, que opera o Teatro Koch, foi decidido cancelar as apresentações dos bailarinos programados do Mariinsky Ballet.
"A arte deve nos unir, não nos dividir", disse Larissa Saveliev, fundadora do Youth America Grand Prix, segundo o jornal New York Times. "Em um período difícil, o ballet deveria ser curativo. Isso é terrivelmente triste." E mesmo assim retirou os bailarinos da programação da Gala.
Desde a invasão da Rússia à Ucrânia em 2022, artistas e instituições russas têm sido alvo de intensa escrutínio no cenário global. O Teatro Bolshoi em Moscou e o Mariinsky enfrentaram cancelamentos no exterior e perderam parcerias de prestígio. Algumas estrelas, incluindo Gergiev, que também lidera o Bolshoi, e a soprano Anna Netrebko, foram evitadas no Ocidente por causa de seus vínculos com o Sr. Putin.
Ainda segundo o jornal New York Times, a vasta maioria dos artistas russos continuou a se apresentar sem problemas nos principais palcos, incluindo em Nova York, e obras russas ainda são amplamente apresentadas no Ocidente.
Maria Khoreva, uma das bailarinas do Mariinsky que estava programada para aparecer em Nova York esta semana, expressou decepção com a decisão. Em uma postagem no Instagram, Khoreva, que é de São Petersburgo, disse que os bailarinos do Mariinsky estavam ensaiando na quinta-feira quando a decisão de cancelar sua participação foi tomada.
"Estamos muito tristes que nossa apresentação não tenha ocorrido", ela escreveu, "mas a arte sempre encontrará um caminho para a alma humana."
Constantine Allen, um bailarino principal do Ballet Nacional Holandês que estava programado para se apresentar com Khoreva no pas de deux do terceiro ato de "La Bayadère", disse que sentiu que o escrutínio aos artistas russos foi excessivo.
"Quando as situações são tratadas assim, a conversa é bloqueada", disse ele, segundo o New York Times. "É um pouco lamentável que não tenhamos sido capazes de compartilhar isso - eu vindo da América, ela vindo da Rússia. Eu achei que era um momento bonito para deixar a arte prevalecer."
Autoridades ucranianas, que têm instado ao boicote à cultura russa, continuaram a se manifestar contra artistas russos, especialmente aqueles com vínculos com instituições estatais.
"Não há lugar para a Rússia no palco internacional", disse o consulado ucraniano em Nova York em uma postagem no Facebook na quarta-feira, conforme relatado pelo New York Times. Acrescentou: "É totalmente incompreensível que artistas russos, dançarinos, artistas participem de eventos como se não houvesse guerra na Ucrânia."
Manifestantes se reuniram no Lincoln Center na quinta-feira à noite segurando placas com os dizeres: "Eles riem, nós choramos. Eles dançam, nós morremos." Um grupo de jovens mulheres vestidas com tutus brancos respingados de tinta vermelha dançava na calçada.
A aparição dos bailarinos do Mariinsky havia sido criticada por alguns funcionários eleitos, incluindo Michael Novakhov, um republicano na Assembleia Estadual de Nova York, que escreveu uma carta aos líderes do Lincoln Center esta semana chamando sua participação de "totalmente inaceitável".
Com as instituições culturais russas enfrentando novas dificuldades no Ocidente, o governo tentou fortalecer alianças na Ásia e no Oriente Médio com resultados mistos.
Segundo informações do New York Times, na Coreia do Sul esta semana, uma aparição planejada de um grupo de bailarinos principais do Bolshoi foi cancelada no último minuto em meio a protestos sobre seus laços com o estado russo. Isso seguiu o cancelamento no mês passado das performances em Seul por Svetlana Zakharova, uma dançarina nascida na Ucrânia que dança com o Bolshoi, devido a preocupações sobre seu apoio passado a Putin.
O Ballet do Teatro Colón, que em 2025 completa 100 anos de história, vai trazer um dos seus belíssimos espetáculos a Porto Alegre. O grupo, apontado como a mais antiga companhia de dança da América do Sul, estará no Auditório Araújo Vianna, no dia 18 de julho, para apresentar a coreografia "A Bela Adormecida”.
Baseada no conto de fadas do escritor francês Charles Perrault, a peça vai contar com um prólogo e três atos do compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovski, com libreto de Marius Petipa e Ivan Yvevolojsky e coreografia de Marius Petipa. A encenação, que teve diversas temporadas no icônico teatro argentino, ganhará aqui a mesma sofisticação vista no palco de Buenos Aires.
Já tendo realizado inúmeros espetáculos mundo afora, o Ballet do Teatro Colón vai chegar à capital para fazer – finalmente – a sua estreia em terras porto-alegrenses. Nunca vista antes pelo público gaúcho, a companhia revelou bailarinos de importância mundial, como Jorge Donn, Iñaki Urlezaga, Marianela Núñez e Ludmila Pagliero, e é dirigida pelo renomado coreógrafo Mario Galizzi.
Onde e Quando
Local: Auditório Araújo Vianna
Data: 18 de julho de 2024
Ingressos: www.sympla.com.br/araujovianna
Créditos da imagem: Arnaldo Colombaroli.
World Ballet Competition em Orlando terá delegação brasileira
de destaque com cobertura exclusiva da Revista Dança Brasil
De 23 a 27 de abril, a cidade de Orlando, nos Estados Unidos, acontece o World Ballet Competition, um evento internacional que reúne talentosos bailarinos de todo o mundo. Este ano, o Brasil marca presença com uma delegação de destaque, composta por cerca de 22 escolas e mais de 40 bailarinas e bailarinos solistas.
O World Ballet Competition não se limita apenas a avaliar a técnica dos participantes, mas também busca destacar sua expressividade artística e musicalidade, características essenciais para o sucesso no mundo da dança. A competição distribui mais de 300 dólares em prêmios, reconhecendo o esforço e talento dos participantes.
Entre os renomados jurados que compõem a banca de avaliação, destaca-se a brasileira Eleusa Lourenzoni. Eleusa é uma das poucas brasileiras presentes no circuito internacional de dança, sendo reconhecida por sua expertise e participação como jurada em diversos países da América do Norte e Europa. Sua presença na banca confere ainda mais prestígio ao evento e representa o reconhecimento do talento brasileiro no cenário mundial da dança.
A delegação brasileira é composta por uma diversidade de escolas de dança, demonstrando a riqueza e variedade do cenário artístico do país. Algumas das escolas representadas incluem o Estúdio de Dança Eliane Indiane, Grupo Artieri de Danças, Ballet Vera Bublitz, Espaço Arte Dança Itaipu, Ateliê da Dança, Estúdio Eiras - Centro de Dança e Movimento, Cadência ballet, Escola Fabiana de Ballet, BBT Academy of Art, Ballet Thatiana Orite, Ballet Ebateca, Ballet Lenita Ruschel, Étoiles de la danse, Studio de Ballet Bertha Rosanova, Eloo escola De Dança, La Fille Dance Academy, Marcia Bueno Escola de Dança, Escola Fabiana de Ballet, Ecco Centro de Artes, Balé Isabel Gusman, Petipa dance school, BALLETARRJ Escola de Dança.
Com tantos talentos reunidos em um único evento, o World Ballet Competition promete ser uma verdadeira celebração da arte da dança, oferecendo aos participantes uma oportunidade única de mostrar seu talento e representar seus países em um dos palcos mais prestigiados do mundo.
Para assistir a competição ao vídeo direto de Orlando acesse o site https://vimeo.com/worldballetcompetition
Floresta Amazônica
A Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, RJ, recebe na Grande Sala, nos dias11 e 12 de maio, a Cia de Ballet Dalal Achcar, com o Ballet em dois atos “Floresta Amazônica”, de Dalal Achcar, um dos maiores nomes que revolucionou a história da dança no Brasil. A montagem é apresentada pelo Ministério da Cultura, pela Associação de Ballet do Rio de Janeiro e tem o patrocínio master do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução, com produção da Aventura.
O espetáculo "Floresta Amazônica" foi inspirado na suíte sinfônica “A Floresta do Amazonas”, escrita pelo renomado compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, em 1958. Essa obra musical icônica retrata de forma única a exuberância da Amazônia. O espetáculo celebra não apenas a grandiosidade da região, mas também faz alusão aos 65 anos de falecimento de Villa-Lobos, um talentoso compositor, instrumentista e regente.
O Ballet contará com bailarinos e solistas, entre paraenses selecionados de audições, trazendo à cena a essência da brasilidade. Através dessa performance, busca-se reforçar o sentimento de pertencimento nacional e prestar reverência ao legado musical de Heitor Villa-Lobos.
A primeira versão da obra, criada pela coreógrafa Dalal Achcar, em 1975, estreou no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com os bailarinos da Associação de Ballet do Rio de Janeiro, tendo como protagonistas David Wall e a grande primeira-bailarina do Royal Ballet, Dame Margot Fonteyn. Agora, quarenta e nove anos depois de sua estreia, “Floresta Amazônica” faz temporada na Cidade das Artes, após uma montagem feita ano passado no Theatro da Paz, em Belém.
A montagem tem concepção, coreografia e mise en scène de Dalal Achcar – que trabalhou movimentos diferentes e inesperados dentro do universo do ballet clássico e inseriu ginástica natural e acrobacia – com cenários de Hélio Eichbauer, figurino de Jose Varona e Dalal Achcar e iluminação de Felício Mafra, a plateia é transportada para dentro do coração da floresta.
Enredo
"Floresta Amazônica" é um ballet em dois atos, conta a história do romance entre um homem branco e uma deusa da floresta, que, por amor ao estrangeiro, transforma-se em mulher. A paixão entre eles é vista pelos indígenas como profana. Entretanto, é este amor que salvará a floresta da destruição causada por exploradores que invadem a aldeia em busca de plantas e aves raras.
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Quando e Onde
Dia 11 de maio às 20h
Dia 12 de maio às 16h
Cidade das Artes – Avenida das Américas, 5.300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - Telefone: (21) 3328-5300
Vendas no site:
https://bileto.sympla.com.br/event/92593?share_id=1-copiarlink
Verdes e Ouvirdes
O livro de Ailton Krenak, “Ideias para adiar o fim do mundo”, é motor para “Verdes e Ouvirdes”, de Jussara Miller, trabalho escolhido para encerrar o “Arrastão dos Solos”, proposta do Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho, dentro do projeto ‘Dramaturgias Paralelas’, que vem ocupando a Oficina Cultural Oswald de Andrade desde o início do mês, e por onde já passaram Luciana Hoppe, Simone Mello e o próprio Marcos Sobrinho, com composições coreográficas que têm a natureza e o meio ambiente ignição para criação e trazem suas reflexões sobre a nossa existência na sociedade contemporânea e os modos de resistir, se reinventar e readaptar sempre.
Dirigido por Norberto Presta, com audiovisual de Christian Laszlo, o solo reflete, de maneira poética e crítica, o impacto ambiental no país. Numa abordagem multimídia, com projeção de imagens fotográficas em movimento, “Verdes e Ouvirdes” revela um corpo que transita por densidades reais e oníricas, dançando entre árvores e concreto, banhado em chuva e lama.
Na cena, um corpo contemporâneo quer reconciliar-se com a natureza tentando, a todo custo, adiar o fim do mundo e parar o céu antes de sua queda final. Evidenciando a natureza humana indissociável da natureza planetária, o trabalho aborda a fricção entre ecologia e dança, “na urgência deste momento em que testemunhamos, por anos, o abandono de políticas ambientais em nosso país, atingindo diretamente o ecossistema e, consequentemente, as populações com alta vulnerabilidade”, opina Jussara Miller, bailarina, coreógrafa, professora de dança e educação somática, doutora em Artes pela UNICAMP e docente da Pós-Graduação em Técnica Klauss Vianna, na PUC-SP.
As apresentações ocorrem de 25 a 27 de abril (quinta e sexta, às 19h30, sábado, às 18h), com um bate-papo na sexta, mediado por Pin Nogueira, artista, mestra em Comunicação e Semiótica e professora especializada na PUC-SP.
Nos mesmos dias de suas apresentações, Jussara Miller ministra a oficina “A Escuta do Corpo”, que irá trabalhar o estado de presença, priorizando a preparação do corpo cênico, a partir do referencial somático, com a prática da Técnica Klauss Vianna, fazendo uso de vetores que potencializam o fluxo do movimento pelo espaço. Direcionada a estudantes, educadores, artistas da cena e pessoas interessadas na pesquisa do movimento, a oficina acontece quinta e sexta, das 13h às 16h, e sábado, das 11h às 14h, totalizando nove horas de estudo prático.
Para o próximo semestre, está prevista uma segunda fase – “Diálogos em Solos Reunidos” – performance que resultará da dramaturgia experimentada pelos quatro artistas – Simone Mello, Luciana Hoppe, Jussara Miller e Marcos Sobrinho – durante as vivências cênicas e pesquisas corporais do projeto Dramaturgias Paralelas, tendo a improvisação como ponto de partida e a questão do exílio – tema bastante discutido durante os encontros e compartilhamentos -, na visão do filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser, como inspiração
Quando e Onde
*26/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Pin Nogueira
Oficina “A Escuta do Corpo”
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo – SP
Tel: (11) 3221-5558
ECOAR
Programa de pós graduação da UFBA reúne especialistas em artes cênicas no encontro ECOAR
Durante duas semanas artistas e pesquisadores de diversas regiões do Brasil, da Europa e da América Latina estarão em residências artísticas, oficinas, rodas de conversa, aulas, shows, conferências e apresentações de espetáculos
Avaliado com patamar de excelência pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA (PPGAC) organiza e coordena, alinhado às suas quatro linhas de pesquisa, o ECOAR – Encontro de Pesquisa e Arte: Seminários Transculturais. Com coordenação dos grupos de pesquisa do PPGAC-UFBA, O evento internacional ocupará diversos espaços culturais da capital baiana, como o Teatro do Goethe-Institut Salvador-Bahia, o Teatro Martim Gonçalves, o Museu de Arte da Bahia e o Pavilhão de Aulas da Federação (PAF-UFBA), entre os dias 15 e 26 de abril. Mais detalhes sobre a programação e sobre as inscrições para as atividades estarão disponíveis no instagram @escoladeteatro.ufba e nos sites https://teatro.ufba.br/ e www.ppgac.tea.ufba.br
Durante duas semanas, Salvador será palco de grandes encontros, espetáculos e atividades formativas, que incluem residências artísticas, oficinas, rodas de conversa, aulas, shows, conferências e seminários, inteiramente gratuitas e abertas ao público; reunindo grandes mestres pesquisa vocal, da atuação, do corpo, da performance, da dança, do teatro negro de variadas vertentes e linguagens cênicas, que possuem vasta experiência prática e teórica nos diversos campos da cena, a exemplo das artes circences, do teatro negro, da dramaturgia, entre outros.
“Nossa proposta com o ECOAR abrange uma série de métodos, estudos e práticas nos mais distintos campos da cena, com a perspectiva de estimular o diálogo entre grupos de pesquisa e suas interações com as linhas de pesquisa do PPGAC” , detalha Meran Vargens, Dra. em Artes Cênicas e líder do grupo de pesquisa LAVRARE – Laboratório de Voz: Rastros e Redes.
Criando pontes e conexões entre os grupos de pesquisas do PPGAC com a comunidade estudantil, artistas e pesquisadores do Brasil e do mundo, o ECOAR fortalece redes nacionais e internacionais de pesquisa e processos de criação, possibilitando o compartilhamento de conhecimentos e experiências de trabalhos de alto nível.
O ECOAR é uma realização do Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da Escola de Teatro da UFBA, com financiamento da CAPES e apoio institucional da UFBA, Escola de Teatro, Escola de Dança, Goethe-Instut Salvador-Bahia e Museu de Arte da Bahia
SERVIÇO: ECOAR – Encontro de Pesquisa e Arte: Seminários Transculturais
Data: de 15 a 26 de abril
Locais: Teatro Goethe-Institut Salvador-Bahia, Teatro Martim Gonçalves, Museu de Arte da Bahia e Pavilhão de Aulas da Federação (PAF-UFBA)
Para mais detalhes sobre a programação e sobre as inscrições para as atividades, acesse o instagram @escoladeteatro.ufba e os sites https://teatro.ufba.br/ e www.ppgac.tea.ufba.br
Jornada Paulista de Dança
A São Paulo Escola de Dança, anuncia a primeira edição da Jornada Paulista de Dança. O edital proporciona um encontro para artistas e visa o compartilhamento de experiências, além da valorização da diversidade da dança no estado de São Paulo. As inscrições ficam abertas até 10 de maio no site https://spescoladedanca.org.br/ .
Dez propostas artísticas de grupos e companhias serão selecionadas pelo edital, que prevê, ainda, uma bolsa-artística de R$ 10 mil para cada. Além disso, 8 grupos de fora da região metropolitana de São Paulo receberão, também, uma ajuda de custo para contribuir com deslocamento, hospedagem e transporte durante os dias do encontro. Os valores, proporcionais ao número de integrantes dos grupos, variam entre R$ 12 mil e R$ 48 mil.
A Jornada acontece na sede da São Paulo Escola de Dança, no Complexo Cultural Júlio Prestes, no bairro da Luz, entre os dias 8 e 13 de julho, e reunirá talentos de várias regiões do estado.
"A dança gera conexão e nos incentiva a ultrapassar os nossos limites, além de ser uma poderosa forma de conexão. E termos, agora, uma Jornada focada nesta arte, representa um marco bastante significativo", ressaltou Marília Marton, Secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
Os selecionados deverão apresentar uma obra do seu repertório, com no máximo 20 minutos, proporcionar uma oficina criativa e ministrar uma aula aos demais participantes. Um artista renomado será designado para cada grupo, oferecendo feedback valioso para o enriquecimento das obras apresentadas.
“Estamos ansiosos para receber tantos grupos e companhias em nossa Escola. A Jornada Paulista de Dança tem uma proposta de imersão cultural, incentivando a troca entre as distintas experiências de todos os participantes, mas também com o público geral, que poderá assistir às apresentações”, comenta Inês Bogéa.
A programação proposta é intensa, com atividades das 10h às 21h, visando a promoção de intercâmbios culturais e a exibição de repertórios variados. As performances, que refletem um amplo espectro de estilos e tradições, serão abertas ao público, permitindo aos espectadores desfrutar e apreciar a rica tapeçaria da dança paulista.
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Francisco(s)
A Studio3 Cia. de Dança apresenta, nos dias 26, 27 e 28 de abril, o espetáculo Francisco(s), uma homenagem a dois ícones da MPB: Chico Buarque e Francis Hime, cuja parceria de longa data gerou obras-primas como Pivete, Amor barato, A Noiva da Cidade, Vai passar e Meu caro amigo. Os ingressos, gratuitos, podem ser reservados presencialmente ou online através do site https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket/.
Com coreografia de Anselmo Zolla e direção teatral de William Pereira, Francisco(s) apresenta intensa carga poética, enfocando os vários aspectos da obra dos autores: o lírico, o poético, a reflexão sobre o Brasil e sua pluralidade. Grandes estruturas cenográficas criam um espaço dinâmico, de forte impacto visual, que utiliza andaimes, praticáveis e espelhos formando caleidoscópios — uma metáfora para a poesia dos corpos que se reflete na poesia da canção. A direção musical é do maestro Wagner Polistchuk, regente da Osesp.
William Pereira queria um espetáculo no qual as várias facetas de Chico Buarque pudessem ser dançadas, em um mergulho no espírito das canções. E para esta empreitada, conta com a criatividade e o talento do coreógrafo Anselmo Zolla.
Francis Hime recebeu com muita alegria o convite para escrever os arranjos das músicas do “caro amigo”. Junto de Pereira e Zolla, o roteiro foi dividido em três partes, destacando canções memoráveis de Chico, como O que será, Construção e Deus lhe pague. “Abordamos também algumas de nossas parcerias, tais como 'Atrás da porta', 'Trocando em miúdos' e 'Passaredo'. Acho que temos um belo espetáculo, que faz jus à importância da obra deste meu querido parceiro e quem sabe, pode representar o começo das comemorações pelos 80 anos de Chico", conta.
Local: Centro Cultural São Paulo - Sala Jardel Filho
Endereço: Rua Vergueiro, nº 1.000, Liberdade, São Paulo, SP
Datas e horários:
26 e 27 de abril (6a feira e sábado) – 20h
28 de abril (domingo) – 17h
Entrada Franca
Os ingressos podem ser reservados presencialmente ou online através do link abaixo
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Ateliê do Gesto oferece aula gratuita
O grupo de dança ainda vai oferecer uma aula de dança e bate papo com a turma de dança do IF Aparecida de Goiânia.
O projeto de manutenção do grupo de dança Ateliê do Gesto oferece uma aula, neste mês de abril, para qualquer pessoa que queira dançar, mesmo não sendo profissional. Daniel Calvet e João Paulo Gross abrem as portas de sua sala de ensaio no dia 18 de abril para compartilhar técnicas, conhecimentos e inspirações em uma aula aberta a toda a comunidade. A aula acontece às 17 horas, gratuitamente, e há 20 vagas disponíveis. As pessoas interessadas devem se inscrever preenchendo o formulário de inscrição que se encontra no link da bio do instagram @ateliedogesto.
Neste mês de abril, o grupo ainda vai circular Goiânia para exibir o produto cultural “Fica Comigo – o filme”. No dia 16 eles estarão na Escola Sathya Sai de Goiás e no dia seguinte no Circo Laheto.
No dia 18 de abril quem recebe a exibição é a Asdown. Além disso, o grupo irá oferecer uma aula de dança e fazer um bate papo com o tema “dança e mercado de trabalho: construções e desafios acerca do fazer artístico na atualidade” com a turma de dança do IFG Aparecida de Goiânia no dia 24 de abril.
No dia 30 de abril é a vez da turma de licenciatura em dança da UFG receber o grupo para essa mesma conversa.
Essas aulas e exibições integram uma série de atividades do projeto de manutenção do grupo, em 2024, que conta com apoio financeiro do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás e tem a produção de Marci Dornelas. O projeto de Manutenção Artística foi contemplado pelo Edital de Fomento à Dança do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás 2023 e é uma realização do Ateliê do Gesto e da Lúdica Eventos e Projetos Culturais.
Nove anos de estrada e um novo espetáculo
Ao longo de nove anos de estrada, o grupo de dança Ateliê do Gesto lista seis espetáculos cênicos, 73 cidades e nove países percorridos. Num processo concomitante de formação de plateia e de capacitação de profissionais, em que entregam o que sabem e recolhem o que inspira para criação, o grupo tem consolidado o seu nome em Goiás e no país.
O projeto de manutenção segue essa proposta de trabalho, que lista aulas de dança para diversos públicos, rodas de conversa, exibição do filme-espetáculo “Fica Comigo” e culmina com a apresentação do processo de pesquisa MAReAR, o próximo espetáculo, em formato de ensaio aberto.
João Paulo Gross, diretor criativo do Ateliê, destaca a importância desse projeto no trabalho do grupo que, atualmente, está em um projeto de ocupação da Caixa Cultural em quatro diferentes capitais brasileiras. “Esse projeto vem para dar continuidade e manutenção ao trabalho diário, semanal e mensal do grupo Ateliê do Gesto, fomentando a dança no estado de Goiás e permitindo que o grupo dê continuidade no seu trabalho de elaboração, criação, pesquisa e produção de espetáculos, aulas, preparação corporal e manutenção dos produtos artísticos. Esse é um trabalho qye garante nosso profissionalismo e que valoriza a pesquisa e o comprometimento com o fazer artístico que é inerente à dança”, comenta o diretor.
Agenda de aulas e encontros gratuitos
O Ateliê do Gesto ainda vai realizar no dia 6 de maio uma roda de conversa com o tema “dança e a produção cultural” com o curso de produção cênica no Basileu França e vai exibir o produto cultural “Fica Comigo - o filme” para diferentes públicos. Encerrando o projeto, o Ateliê do Gesto vai apresentar, em formato de ensaio aberto para toda a comunidade, o processo de pesquisa de MAReAR. Daniel Calvet, diretor artístico do Ateliê do Gesto, antecipa ao público a proposta do novo trabalho, como uma manifestação artística de experimentação que reverencia as águas e seus fluxos, potências, ritmos, tensões e poéticas. “MAReAR vem tratar da potência das águas trazendo à tona um manifesto (talvez político) que entrelaça o tema das águas e sua fluidez, maleabilidade e liquidez junto às relações que estabelecemos na atualidade”, comenta.
Data: 18 de abril (quinta-feira)
Horário: de 17h às 19h
Local: World Dance Fit (Sala de Ensaio do Grupo Ateliê do Gesto).
End.: Alameda Pampulha, 1773 - Setor Jaó, Goiânia
Inscrições através do formulário de inscrição
Acesse também pela bio do Instagram: @ateliedogesto
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“Arrastão de Solos”, proposta do Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho que tem ocupado a Oficina Cultural Oswald de Andrade, durante o mês de abril, dentro do projeto ‘Dramaturgias Paralelas’, reunindo criações de artistas que têm a natureza como elemento atravessador de suas escolhas estéticas e o meio ambiente ignição para criação, esta semana acolhe os trabalhos “O Pescador de Ilusões”, de Marcos Sobrinho e "Universo Invisível", de Luciana Hoppe.
Resultado de um longo estudo sobre as poéticas do carnaval – rastros do samba, suas diversas influências e rituais presentes no imaginário do povo brasileiro – “O pescador de ilusões” tem inspiração inicial no universo estético do artista visual Arthur Omar, em seu livro “Antropologia da Face Gloriosa”. Nesta nova fase da pesquisa, a dramaturgia tem como principal referência o historiador e escritor carioca Luiz Antônio Simas. Em uma de suas obras sobre as tradições ancestrais brasileiras – “O Corpo Encantado das Ruas, História e Arte” -, ele nos instiga a pensar a potência poética e política dos espaços ocupados pelos desfiles de carnaval. “Trazemos a esta nova vivência cênica, uma ideia de corpo-manifesto, um modo de atualizarmos nosso rito de carnaval, o que nos permite, de alguma forma, propor um campo aberto de resistência poética e política - um campo que transita entre a celebração e o protesto”, pondera Sobrinho, que vem tendo uma experiência sensorial em meio à natureza, trazendo reflexões que perpassam pelas relações de pertencimento e estranhamento com a nova paisagem. As apresentações acontecem dias 15 (segunda) e 16 de abril (terça), às 20h30, quando encerra com um bate-papo mediado pela multiartista e arte-educadora Valquíria Rosa.
"Universo Invisível", de Luciana Hoppe, envolve dança, literatura e ecologia e inspira-se na obra "Homens Imprudentemente poéticos", de Valter Hugo Mãe, que trata da alma humana de forma sensível e intensa, convocando-nos a olhar para a nossa relação com nós mesmos, com os outros seres humanos e demais seres vivos. O trabalho traduz, em imagens corporais e movimento, a sinergia que se dá entre o planeta Terra, enquanto um grande organismo vivo que permitiu o desenvolvimento de estruturas capazes de adaptarem-se ao meio ambiente, com a Via Láctea, que sustenta a nossa existência, e que, por sua vez, pertence à grande teia cósmica infinita. As apresentações acontecem de 18 a 20 de abril (quinta e sexta, às 19h30, e sábado às 18h) e, na sexta, reserva bate-papo com mediação de Silvia Geraldi, artista, pesquisadora da dança e professora do Departamento de Artes Corporais e do Programa de Pós-Graduação, na Unicamp.
Nos mesmos dias de suas apresentações, Luciana Hoppe ministra o laboratório “Dramaturgia corporificada”, que propõe desenvolver diferentes qualidades de movimento através do corpo sensível, proporcionado pela abordagem somática do Body-Mind CenteringTM, criado por Bonnie Bainbridge Cohen. Direcionada a estudantes, educadores, artistas da cena e pessoas interessadas na pesquisa do movimento, a oficina acontece quinta e sexta, das 13h às 16h, e sábado, das 11h às 14h, totalizando nove horas de estudo prático.
“Arrastão de Solos” se encerra com “Verdes e Ouvirdes”, de Jussara Miller, nos dias 25, 26 e 27/4, quinta e sexta sempre às 19h30, e nos sábado, às 18h.
Para o próximo semestre, está prevista uma segunda fase – “Diálogos em Solos Reunidos” – performance que resultará da dramaturgia experimentada pelos quatro artistas – Simone Mello, Luciana Hoppe, Jussara Miller e Marcos Sobrinho – durante as vivências cênicas e pesquisas corporais do projeto Dramaturgias Paralelas, tendo a improvisação como ponto de partida e a questão do Exílio – tema bastante discutido durante os encontros e compartilhamentos -, na visão do filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser como inspiração.
Quando e Onde
Arrastão de Solos – Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho
15 e 16/4 (2ª e 3ª, às 20h30)
“O Pescador de Ilusões”, de Marcos Sobrinho
*16/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Valquíria Rosa.
18, 19 e 20/4 (5ª e 6ª, às 19h30; sáb, às 18h)
“Universo Invisível”, de Luciana Hoppe
*19/4 - bate-papo
após a apresentação - mediação Silvia Geraldi
Oficina “Dramaturgia corporificada”
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
25, 26 e 27/4 (5ª e 6ª, às 19h30; sáb, às 18h)
“Verdes e Ouvirdes”, de Jussara Miller
*26/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Pin Nogueira
Oficina “A Escuta do Corpo”
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo – SP
Tel: (11) 3221-5558
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Delírio de Dom Quixote
A USP Filarmônica e a deslumbrante companhia de dança Alma unem-se em uma apresentação grandiosa, transportando o público para o mundo encantado do balé. No último dia 12 de abril, às 20h, no reinaugurado Teatro do Campus, na USP Ribeirão Preto, o publico mergulhou no espetáculo intitulado "O delírio de Don Quixote", uma jornada emocionante através de excertos do primeiro ato do majestoso balé Don Quixote, de Ludwig Minkus.
O palco do teatro foi meticulosamente renovado, ampliado para dar espaço à grandiosidade do ballet, agora equipado com um fosso ainda mais amplo, capaz de acomodar até 50 músicos. Essa reforma possibilitará a realização de óperas e, é claro, de espetáculos de ballet. Apesar das melhorias, a capacidade do teatro permanece a mesma, com 326 lugares.
"Em junho, ergueremos as cortinas para a primeira ópera, com quatro apresentações", revela Rubens Ricciardi, professor da USP e maestro titular da USP Filarmônica. "Será a estreia mundial de uma ópera inédita, 'O Jovem Rei', com libreto de Oscar Wilde e composição de Lucas Eduardo da Silva Galon, o talentoso novo professor do Departamento de Música da FFCLRP-USP. Galon não só comporá como também conduzirá essa produção, sob a direção cênica de José Maurício Cagno."
Embora o Teatro do Campus não esteja sob a alçada do Departamento de Música, mas sim da Prefeitura do Campus, há um entendimento de que ele deve servir às atividades acadêmicas da USP, enriquecendo o ensino, a pesquisa e a extensão, com uma programação artística voltada para a comunidade em geral.
A USP Filarmônica encontrará seu novo lar de ensaios no Teatro do Campus, integrando-se à rica programação do local, ao lado de outras iniciativas universitárias. Além disso, a orquestra continuará a encantar o público com a série de Concertos USP no Theatro Pedro II e em São Carlos.
Rubens Ricciardi está planejando uma série de óperas ao longo deste ano, sempre buscando um equilíbrio entre o tradicional e o contemporâneo, o clássico e o experimental, o local e o global. Para isso, a USP pretende estabelecer parcerias com a Academia Livre de Música e Artes e com a renomada Cia Minaz, ambas em Ribeirão Preto.
"A nossa missão é envolver nossos estudantes de graduação - tanto os músicos da USP Filarmônica quanto os cantores e coralistas - em todas as etapas. Eles terão a oportunidade de colaborar com professores especialmente convidados, tanto do Brasil quanto do exterior", enfatiza o maestro Rubens Ricciardi, celebrando a harmoniosa união entre música e movimento que encanta plateias ao redor do mundo.
Escola Estadual de Dança Maria Olenewa completa 97 anos
e festeja o aniversário com alunos e professores
Na semana em que é comemorado o Dia Internacional da Dança (29 de abril), a mais antiga e uma das principais escolas de dança clássica do país completa 97 anos de atividades ininterruptas, no dia 27 de abril. A festa será no dia 26, sexta-feira, às 18h30, na Sala Mário Tavares, que fica no prédio anexo do Theatro Municipal.
Ao longo destes anos, a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa formou milhares de bailarinos, coreógrafos, professores, profissionais e amantes da dança no país, que atuaram ou atuam em diversos teatros nacionais e até internacionais. Como por exemplo, os primeiros bailarinos do Theatro Municipal: Claudia Mota, Marcia Jaqueline, Juliana Valadão, Cícero Gomes, Aurea Hammerli e Nora Esteves, entre muitos outros grandes nomes da dança.
Dirigida por Hélio Bejani (Diretor Geral) e Paulo Melgaço (Vice-Diretor) a EEDMO, que pertence a Fundação Teatro Municipal, oferece curso profissionalizante de dança reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação. São em média 250 alunos distribuídos do nível preliminar ao técnico que cursam uma série de disciplinas como: ballet clássico, dança contemporânea, dança caráter, história da dança, terminologia, composição e improvisação, saúde e dança, música, comportamento e atitude na dança, noções de coreologia, teatro e dança. Tudo isto, com o objetivo de formar bailarinos mais preparados para as exigências do mercado profissional e contribuir para a formação de seres humanos melhores, sensíveis, críticos e conscientes que farão da dança instrumento para ver o mundo com outras possibilidades. Assim, as aulas são diárias, com professores de excelência e grande experiência em suas áreas. A maior parte deles formada pela própria escola que seguiram carreira profissional no Corpo de Baile do Theatro Municipal e depois retornaram à EEDMO, reforçando o sentido de tradição, de valorização de instituição de Ensino que é preservada e que, certamente, reforça a qualidade e o compromisso do conteúdo oferecido.
“É muito gratificante ser diretor da Escola e poder acompanhar o desenvolvimento técnico e artístico de nossos alunos. Eles completam o curso técnico, muitos fazem estágio e integram nossa Cia Trainne, a Cia BEMO e posteriormente ingressam no Corpo de Baile. Alguns chegam ao posto de solista e primeiro bailarino, cargos mais altos do ballet. E todos poderão conferir na próxima temporada do Ballet O Lago dos Cisnes” esses grandes talentos - afirma Hélio Bejani, Diretor do Ballet do Theatro Municipal e da Escola e Estadual de Dança Maria Olenewa.
“O que mais me encanta em nossa escola é poder ver a diversidade, são alunos e alunas oriundos de diversas partes da cidade e cidades próximas, alguns de projetos sociais, de diferentes classes sociais, raça, tipos de escola. Com isso, poder ver que corpos negros e pobres estão conseguindo ocupar determinados espaços que há alguns anos eram inimagináveis, me deixa muito feliz”- ressalta Paulo Melgaço, Vice-Presidente e pesquisador da EEDMO.
O evento comemorativo do aniversário da Escola acontecerá no dia 26 de abril, sexta-feira, às 18h30, na Sala Mário Tavares (prédio anexo Theatro Municipal).
Quando e Onde
Data: 26 de abril de 2024 – sexta-feira
Horário: 18h30
Local: Sala Mário Tavares – prédio anexo do Theatro Municipal
Endereço: Av. Alm. Barroso, 14/16 - Centro, Rio de Janeiro
Lotação: 160 lugares
Classificação: Livre
Entrada franca – sujeita a lotação
Cisne Negro Cia de Dança leva tradições maranhenses ao palco do Sesc 14 Bis com estreia de "Crôa" e apresentação de "Calunga"
Espetáculo coreográfico baseado na cultura popular e folclore do Maranhão, incluindo apresentações das Caixeiras do Divino, promete envolver o público em uma experiência única nos dias 4 e 5 de maio
Após atingir uma marca de levar mais de 3 milhões de pessoas ao teatro, a Cisne Negro Cia de Dança chega com mais um espetáculo. A apresentação das obras “Calunga” de Rui Moreira e “Crôa” de Simone Ferro acontecem nos dias 4 e 5 de maio, no Sesc 14 Bis. Este projeto é decorrente de uma pesquisa etnográfica desenvolvida nos últimos 17 anos, onde Simone Ferro e o seu marido Meredith W. Watts pesquisam a cultura popular e o folclore maranhense. Além disso, a exibição conta também com uma oficina com as Caixeiras do Divino, responsáveis por conduzir os rituais da festa do Divino Espírito Santo no Maranhão.
A grande estreia da ocasião é Crôa, uma releitura coreográfica baseada nas tradições culturais do Maranhão, mais especificamente nos diversos rituais que envolvem a celebração de Pentecostes. Com isso, as Caixeiras do Divino representam um importante caleidoscópio cultural maranhense, onde uma rica complexidade rítmica, resultante da presença africana, se junta ao catolicismo popular para honrar e pedir bençãos à divindade encenado juntamente com os bailarinos da companhia.
Assim, o projeto âncora é uma das tradições culturais maranhenses mais praticadas e respeitadas em todo o estado. A criação coreográfica se baseia em parte na narrativa e no ritual da Festa do Divino onde cada estágio de sua manifestação, corresponde a um tipo de cantoria, movimentação e densidade rítmica. Utilizando um processo estrutural não linear, as interações entre Caixeiras e bailarinos, ocorre através de dispositivos de criação incluindo temas como devoção, finitude e herança.
Além disso, é importante ressaltar que as Caixeiras do Divino têm uma presença marcante nas comunidades onde vivem e esta presença será compartilhada com o público. Antes ou depois das celebrações, o grupo se reúne em uma roda para tocar informalmente o que é chamado de rojão, carimbó ou terecô. O público terá acesso a esse momento, podendo interagir com todos os intérpretes da apresentação.
O espetáculo é dirigido por Simone Ferro, que é coreógrafa, educadora, pesquisadora e Fulbright Fellow. Como coreógrafa e especialista de movimento, ela colabora extensivamente com a comunidade de dança, teatro e ópera, bem como com artistas visuais, escritores, músicos e cineastas. Ferro também possui longo histórico com a companhia tendo integrado o elenco de bailarinos durante os primeiros anos da Cisne Negro. Em técnica, Simone trabalha com dança clássica com uma visão somática aplicada na qual utiliza conceitos de análise de movimento, cinesiologia, anatomia, biomecânica e estudos da fáscia, sendo reconhecida com inúmeros prêmios, incluindo APCA, Career Recognition pelo Wisconsin Dance Council, Universidade de Iowa Alumni Fellowship, Universidade do Wisconsin em Milwaukee (UWM) Graduate School Research Grant, Outstanding Undergraduate Teaching Award e Research Growth Initiative (RGI), e uma Research Fellowship pelo Centro de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos da UWM. Mais recentemente, ela e Meredith W. Watts, elaboraram um Podcast intitulado “Liderança Feminina na Cultura Popular Maranhense: História, Memória e Legado”, onde eles entrevistaram mulheres que fazem a diferença nas tradições culturais do estado. Até hoje, eles já entrevistaram mais de 60 líderes femininas do Maranhão.
Além da estreia de “Crôa”, a agenda também contempla apresentações de Calunga, coreografia idealizada por Rui Moreira em 2011, que retrata um mergulho histórico e estético nas tradições “folclóricas populares” do Brasil e tem como fonte inspiradora a composição musical de Francisco Mignone (1897-1986) intitulada Maracatu de Chico – Rei (1933). No argumento criado por Mário de Andrade, Chico – Rei era um escravo – líder de sua tribo do outro lado do Atlântico – que conseguiu comprar sua liberdade e a de quase todos os seus súditos que vieram com ele trabalhar em Minas Gerais. E assim a corte de Chico – Rei desfila em Vila Rica, com a dança das mucambas (amas), dos príncipes, dos macotas (mestres de terreiros), do rei e da rainha, até chegarem à praça principal da cidade, onde os senhores recebem o pagamento em ouro e libertam os escravos remanescentes. O Maracatu é um ritmo musical contagiante e no contexto de manifestações dramáticas populares é um cortejo composto por vários personagens, entre eles o boneco ou Calunga. Feitas de madeira ou cera, essas bonecas representam a nobreza, a ancestralidade e o sincretismo presentes nesta festa de rua.
Quando e Onde
Data: 04 e 05 de maio
Horário:
04 de maio às 20h
05 de maio às 18h
Local: SESC 14 Bis R. Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista
Vidas Secas
por Eleusa Lourenzoni
A magia de "Vidas Secas" ganhou vida no palco do Teatro Arthur Azevedo, na cidade de São Paulo, na última quarta-feira, dia 10. A Faces Ocultas Cia de Dança brilhou intensamente, transportando o público para as paisagens áridas e emocionais do sertão nordestino.
Neste espaço sagrado da arte, cada movimento dos bailarinos ecoava a história profunda e multifacetada da obra de Graciliano Ramos. Sob a direção habilidosa de Arilton Assunção, o elenco estava mais do que preparado, demonstrando uma sincronia e uma entrega que cativaram a plateia desde os primeiros momentos.
A iluminação perfeita do teatro serviu como um cenário ideal, destacando cada gesto, cada expressão dos artistas. Entre sombras e feixes de luz, a narrativa se desdobrava, revelando os contrastes entre a esperança e a desolação, a vida e a morte. As belas figuras criadas pelos bailarinos não eram apenas corpos em movimento, mas sim símbolos poderosos de uma humanidade em constante busca por redenção.
"Vidas Secas" não é apenas uma peça de dança; é uma experiência visceral, uma jornada emocional que nos convida a refletir sobre as questões mais profundas da existência humana. Ao trazer à vida as agruras do sertão nordestino, a obra nos lembra da importância da empatia, da solidariedade e da esperança em meio à adversidade.
Assim, a apresentação da Faces Ocultas Cia de Dança no Teatro Arthur Azevedo foi mais do que um simples espetáculo; foi uma celebração da arte como um meio de transformação e de conexão entre os seres humanos. E mesmo depois que as cortinas se fecharam e os aplausos cessaram, o impacto emocional de "Vidas Secas" continuará ecoando nas mentes e nos corações daqueles que tiveram o privilégio de testemunhar sua grandiosidade.
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TA | Sobre Ser Grande
A apresentação do espetáculo "TA | Sobre Ser Grande", pela companhia Corpo de Dança do Amazonas, no Teatro da Reitoria, Centro de Curitiba, nos dias 30 e 31 de março, durante a Mostra Lúcia Camargo do 32º Festival de Curitiba, atraiu uma plateia entusiasmada em sua estreia. A obra, sob a direção, concepção artística e coreografia de Mário Nascimento, recebeu uma ovação de pé que perdurou por vários minutos após o seu término.
Explorando o tema dos povos originários, o espetáculo mergulha na essência do termo "grande", derivado do povo Tikuna, uma etnia indígena do Amazonas. Este nome não só representa esse grupo étnico, mas também aborda os desafios contínuos enfrentados por essas comunidades na luta pela sua existência. Durante uma interação com o público, Mário Nascimento compartilhou como a concepção da peça foi moldada durante a pandemia de Covid-19, evidenciando os impactos exacerbados sobre esses povos.
O diretor enfatizou que essas comunidades indígenas desempenham um papel crucial na preservação da floresta, e sua extinção representaria não apenas a perda dessas culturas, mas também um golpe fatal para a biodiversidade da região. Essa mensagem central reflete a visão da companhia de que a luta dos povos originários é uma batalha que transcende fronteiras étnicas, sendo, na verdade, uma luta de todo o povo brasileiro.
A trilha sonora, elaborada pelo DJ Tubarão, incorpora elementos sonoros da natureza, vocalizações e expressões características dos povos originários, contrastadas com batidas eletrônicas propositadamente intensas e desconfortáveis. A coreografia, por vezes, agressiva e violenta, desafia e intimida, convidando o público a refletir sobre a intensidade da luta representada no palco. Essa abordagem direta pode desafiar a sensibilidade do espectador menos familiarizado com performances teatrais.
A dança, caracterizada pela ausência de protagonismo individual, exige uma atenção ampla por parte do espectador, que pode se encontrar dividido entre os diversos pontos de interesse no palco. No entanto, é justamente nessa união do grupo que o espetáculo encontra sua força e significado, reforçando a mensagem de solidariedade e resistência.
O figurino, cuidadosamente elaborado por Ian Queiroz, complementa e enriquece a narrativa visual do espetáculo, sem sobrepor-se aos movimentos da coreografia ou aos outros elementos cênicos. Ian explicou que, ao desenvolver os trajes, buscou inspiração nas histórias e identidades das pessoas na companhia, criando uma narrativa visual que evolui ao longo da performance. Além dos trajes típicos dos povos originários, elementos como botas e blazers são habilmente integrados à composição visual, acrescentando camadas de significado à apresentação.
Pé de Feijão Arte e Educação apresenta sessões gratuitas de espetáculos de teatro e dança para mais de mil crianças e jovens de Salvador
O programa de formação artística e mediação cultural para as infâncias do Teatro Vila Velha contempla estudantes e educadores de escolas públicas, projetos sociais e comunidades da capital baiana
Criado em 2016 pela diretora, curadora e coreógrafa Cristina Castro, projeto Pé de Feijão Arte e Educação segue em sua terceira edição promovendo um amplo trabalho de mediação cultural com foco na iniciação artística de crianças e adolescentes da rede pública de ensino, de comunidades e de instituições sociais, através do acesso gratuito a atividades culturais e educativas, unindo arte, sociedade, educação e ações de acessibilidade.
Nesses próximos meses de abril, maio e junho, integrando também a programação de “O Vila Ocupa a Cidade”, o projeto apresentará 12 sessões gratuitas de espetáculos de teatro e dança para mais de 1.200 crianças, jovens e educadores de escolas públicas, projetos sociais e comunidades, em espaços tradicionais do circuito cultural baiano, como o Teatro do SESC-SENAC Pelourinho e o Teatro do Goethe-Institut Salvador.
As obras escolhidas - “O Mundo das Minhas Palavras” (Núcleo Teatro Viável/Salvador), “Debaixo D'água” (dança/Coletivo Trippé - Juazeiro) e “Saudades, João” (teatro/Salvador) - trazem uma perspectiva de inclusão e reflexão sobre a infância e a juventude e seus saberes ligados à identidade, à liberdade, ao meio ambiente e a diferentes contextos sociais, com o objetivo de criar vínculos de aproximação e diálogo com a realidade social do público. Vale pontuar que, uma das sessões de cada espetáculo contará com tradução em libras e audiodescrição, alinhando-se assim à inclusão de pessoas em seus diferentes grupos.
“Através do programa Pé de Feijão apresentamos o universo teatral para a plateia que estará construindo o futuro. Nele, o trabalho precioso da mediação cultural entre conteúdo, produção artística e educação se unem em prol de uma formação cidadã, trazendo novas perspectivas para reflexão de temas importantes e urgentes, e promovendo amplo acesso à cultura”, reflete Cristina Castro, coordenadora geral do projeto.
Pessoas interessadas em levar escolas públicas, ONGs e projetos sociais às apresentações do projeto Pé de Feijão, podem entrar em contato pelo telefone (71) 99275-1353. Para mais informações, acesse o instagram @projetopedefeijao
O projeto Pé de Feijão Arte e Educação é uma realização do Teatro Vila Velha e da Baobá Produções e tem patrocínio do Instituto Neoenergia, pelo edital nacional "Transformando Energia em Cultura", e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.
Cia Catavento oferece oficina gratuita de acrobacias coletivas
Os profissionais e amantes das artes circenses têm a oportunidade de formação gratuita neste fim de semana. A Catavento Cia Circense vai oferecer neste sábado (6/4) uma oficina de acrobacias coletivas. A formação acontece, de graça, das 14h às 16h na sede da companhia, no Setor Bela Vista.
Há vinte vagas disponíveis e as pessoas interessadas devem fazer a inscrição acessando o Sympla. O objetivo da atividade é aprender a importância de se trabalhar em equipe, fortalecer laços, além de treinar a criatividade. Esta atividade faz parte de uma série de ações da companhia viabilizada por projeto de apoio a grupos e coletivos artísticos com financiamento da Funarte.
Quem vai oferecer a oficina são três dos dez alunos que integram o Núcleo de Formação Ampliada para o Artista de Circo (NUFAAC): Amanda Félix, Eduarda Castelo e Paz Sandoval.
Quando e Onde
6 de abril | 14h às 16h | 20 vagas | Gratuitas
Local: Cia Catavento, . S-4, Quadra S9a, Lote 16, Número 916 - St. Bela Vista, Goiânia - GO
Inscrições: https://linktr.ee/ciacatavento
Festival de Dança de Joinville anuncia as atrações da Noite de Abertura e Noite de Gala
Balé do Teatro Colón e São Paulo Companhia de Dança são destaques da 41ª edição do evento
Como é tradição, o Festival de Dança de Joinville trará para o palco do Centreventos Cau Hansen, em sua 41ª edição, companhias de renome internacional para a Noite de Abertura e Noite de Gala. E o momento tão aguardado de conhecer quais serão esses espetáculos chegou.
As cortinas vão se abrir, no dia 15 de julho, às 19 horas, na Noite de Abertura, com o Balé do Teatro Colón, da Argentina, que apresentará o espetáculo: A Bela Adormecida. A Companhia de balé é a mais antiga da América Latina. Mais de 60 bailarinos compõem o corpo de baile, além disso, a companhia conta com uma equipe técnica, composta por cenógrafos, figurinistas e outros profissionais que vão garantir a excelência desse espetáculo que é um dos clássicos do ballet, mas promete surpreender.
Já a Noite de Gala, no dia 21 de julho, às 19 horas, quem subirá ao palco será a São Paulo Companhia de Dança (SPCD), com dois espetáculos: Gnawa, de Nacho Duato; e Odisseia, de Jöelle Bouvier. “Gnawa” é uma peça que utiliza os quatro elementos fundamentais - água, terra, fogo e ar - para tratar da relação do ser humano com o universo. A obra apresenta o reiterado interesse de Nacho Duato pela gravidade e pelo uso do solo na constituição de sua dança.
“Odisseia” é uma viagem, um reencontro consigo mesmo. Movida pela questão dos migrantes da atualidade, a coreógrafa constrói uma estrutura dramática e poética que aborda temas como mudança, transição, partida e a esperança de uma vida melhor. “Neste momento, somos todos sensíveis a esta questão, que é forte no mundo”, comenta Jöelle. Bouvier explica que procurou misturar fragmentos das “Bachianas Brasileiras” com a composição de Bach, “Paixão Segundo São Mateus”. Ao final temos na voz de Maria Bethânia, a música Melodia Sentimental e o poema “Pátria Minha”. A obra tem coprodução de Chaillot – Théâtre National de la Danse, na França.
Criada em janeiro de 2008, SPCD é gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. Inês Bogéa foi bailarina do Grupo Corpo, crítica de dança da Folha de S. Paulo (2001-2007) e integrou o júri técnico do quadro Dança dos Famosos do programa Domingão do Faustão (2016-2021).
Ingressos:
Os ingressos para todos os espetáculos do Festival de Dança de Joinville, que vai de 15 a 27 de julho, estão disponíveis online, no site Ticket Center (https://www.eticketcenter.com.br/) , a partir do dia 2 de abril. Outra opção é a compra presencial na cafeteria: De Sapatilhas, anexa ao Saltare Centro de Dança (antiga Escola Germano Timm), na rua Orestes Guimarães, 406, das 10 às 18 horas
O que, Quando e Onde...
Noite de Abertura
Balé Teatro Cólon
Espetáculo: A Bela Adormecida
15 de junho de 2024, às 19h
Centreventos Cau Hansen
Noite de Gala
São Paulo Companhia de Dança
Repertório: Gnawa, de Nacho Duato / Odisseia, de Jöelle Bouvier
21 de julho de 2024, às 19h
Centreventos Cau Hansen
Quatro artistas – Jussara Miller, Luciana Hoppe, Simone Mello e Marcos Sobrinho – ocupam a Oficina Cultural Oswald de Andrade com oficinas e composições coreográficas, que evidenciam a natureza humana indissociável da natureza planetária e trazem suas reflexões sobre a nossa existência na sociedade contemporânea e modos de resistir, se reinventar e readaptar sempre.
‘Dramaturgias Paralelas’, proposta do Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho, ocupa a Oficina Cultural Oswald de Andrade, durante todo o mês de abril, com o “Arrastão de Solos”, reunindo criações de Jussara Miller, Luciana Hoppe, Simone Mello e do próprio Marcos Sobrinho, artistas que atuam em São Paulo, mas que habitam outros eixos culturais fora dos grandes centros urbanos, tendo a natureza como elemento atravessador de suas escolhas estéticas e o meio ambiente ignição para criação. Nos mesmos dias das apresentações, as artistas ministram oficinas relacionadas aos processos de criação de suas obras. As ações são gratuitas.
O 'arrastão' começa no dia 1 de abril (segunda-feira), com "O Pescador de Ilusões", de Marcos Sobrinho, um estudo continuado sobre as poéticas do carnaval – do samba, suas diversas influências e rituais presentes no imaginário do povo brasileiro. Inspirado inicialmente no livro “Antropologia da Face Gloriosa”, do artista visual e cineasta brasileiro Arthur Omar, a performance, que evolui como um poema sonoro criado por uma bateria de escola de samba, se lança numa paisagem cênica onde corpos-memórias de uma dança esboça imagens-gestos que atravessam o rito do carnaval. Nesta nova fase da pesquisa, a dramaturgia tem como principal referência o historiador e escritor carioca Luiz Antônio Simas. Em uma se suas obras sobre as tradições ancestrais brasileiras – “O Corpo Encantado das Ruas, História e Arte”, em parceria com Alberto Mussa –, ele aborda a necessidade de entendermos os espaços ocupados pelos desfiles de carnaval como poéticos e políticos. “Trazer uma ideia de corpo-manifesto para esta nova vivência cênica, atualiza nosso rito do carnaval e nos possibilita, de alguma forma, propor um campo aberto de resistência poética-política, um campo que transita entre a celebração e o protesto”, pondera Sobrinho, que vem tendo uma experiência sensorial em meio à natureza e trazendo reflexões que perpassam pelas relações de pertencimento e ao mesmo tempo estranhamento com a nova paisagem. As apresentações acontecem às segundas e terças, sempre às 20h30, até o dia 16 de abril, quando encerra com um bate-papo mediado pela multiartista e arte-educadora Valquíria Rosa.
"Mar Inquieto", solo que Simone Mello apresenta de 11 a 13 de abril, nasceu às margens do Atlântico, na Bahia, em 2011, no rastro do devastador Tsunami que atingiu o Japão levando, com sua magnitude, incontáveis vidas e o sentido de ordem, segurança e bem estar. No dia seguinte à tragédia de proporções monumentais, o coreógrafo japonês Tadashi Endo, durante seu laboratório de Butoh ao qual a artista participava, preferiu dançar para o grupo. “Comovida com sua dança e tomando emprestado do escritor Yukio Mishima o nome de seu livro publicado em 1954, fui inevitavelmente confrontada com a minha condição de vizinhança com o mar. Afetada e movida por estas ondas de informações e sensações, que chegavam como destroços de um terremoto-explosão-nuclear, deixei emergir das profundezas meu próprio Tsunami”, revela Simone Mello, que investiga o corpo-catástrofe e encarna na cena a tensão, o lamento, a perda de sentidos e a tentativa de reconstrução de memórias individuais e coletivas geradas por esse e outros desastres planetários e crise climática, como o rompimento da barragem do Fundão da mineradora Samarco, no município de Mariana (MG), e as chuvas e desabamentos seguidos de morte no litoral de São Paulo, que impactaram a comunidade brasileira. As apresentações acontecem quinta e sexta, às 19h30, e no sábado às 18h. Na sexta (12), após o espetáculo, rola conversa sobre o processo de criação com a mediação da bailarina, socióloga e pesquisadora Talita Vinagre.
"Universo Invisível", de Luciana Hoppe, envolve dança, literatura e ecologia e inspira-se na obra de Valter Hugo Mãe, "Homens Imprudentemente poéticos", que trata da alma humana de forma sensível e intensa, convocando-nos a olhar para a nossa relação com nós mesmos e com os outros seres humanos e demais seres vivos. O trabalho traduz, em imagens corporais e movimento, a sinergia que se dá entre o planeta Terra, enquanto um grande organismo vivo, que permitiu o desenvolvimento de estruturas capazes de adaptarem-se ao meio ambiente, com a Via Láctea, que sustenta a nossa existência, e que, por sua vez, pertence à grande teia cósmica infinita. As apresentações acontecem de 18 a 20 de abril (quinta e sexta, às 19h30, e sábado às 18h) e, na sexta, reserva bate-papo com mediação de Silvia Geraldi, artista, pesquisadora da dança e professora do Departamento de Artes Corporais e do Programa de Pós-Graduação, na Unicamp,
O livro de Ailton Krenak, “Ideias para adiar o fim do mundo”, é motor para a criação de “Verdes e Ouvirdes”, de Jussara Miller, escolhida para encerrar esta primeira etapa do projeto Dramaturgias Paralelas. Dirigido por Norberto Presta, com audiovisual de Christian Laszlo, o solo propõe um diálogo entre dança e fotografia e reflete, de maneira poética e crítica, o impacto ambiental no país. Numa abordagem multimídia, que apresenta imagens fotográficas em movimento, projetadas na tela e no corpo revelando a interface entre dança e audiovisual, “Verdes e Ouvirdes” revela um corpo transitando por densidades reais e oníricas, dançando entre árvores e concreto, banhado em chuva e lama. Um corpo contemporâneo que quer reconciliar-se com a natureza, tentando adiar o fim do mundo e parar o céu antes de sua queda final. “O trabalho aborda a fricção entre ecologia e dança, na urgência deste momento em que testemunhamos por anos o abandono de políticas ambientais em nosso país, atingindo diretamente o ecossistema e, consequentemente, as populações com alta vulnerabilidade”, opina Jussara Miller. As apresentações ocorrem de 25 a 27 de abril (quinta e sexta, às 19h30, sábado, às 18h), com o último bate-papo na sexta, mediado por Pin Nogueira, artista, mestra em Comunicação e Semiótica e professora especializada na PUC-SP.
Para o próximo semestre, está prevista uma segunda fase – “Diálogos em Solos Reunidos” – performance que resultará da dramaturgia experimentada pelos quatro artistas durante as vivências cênicas e pesquisas corporais do projeto Dramaturgias Paralelas, tendo a improvisação como ponto de partida e a questão do Exílio – tema bastante discutido durante os encontros e compartilhamentos -, na visão do filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser como inspiração.
Quando e Onde
Arrastão de Solos – Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho
1 a 16/4 (2ªs e 3ªs, às 20h30)
“O Pescador de Ilusões”, de Marcos Sobrinho
*16/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Valquíria Rosa.
11 a 13/4 (5ª e 6ª, às 19h30; sáb, às 18h)
“Mar Inquieto”, de Simone Mello
*12/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Talita Vinagre
Oficina “Mar Inquieto – para Dançar Imediatamente, apesar da catástrofe planetária”
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
18 a 20/4 (5ª e 6ª, às 19h30; sáb, às 18h)
“Universo Invisível”, de Luciana Hoppe
*19/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Silvia Geraldi
Oficina “Dramaturgia corporificada”
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
25 a 27/4 (5ª e 6ª, às 19h30; sáb, às 18h)
“Verdes e Ouvirdes”, de Jussara Miller
*26/4 - bate-papo após a apresentação - mediação Pin Nogueira
Oficina “A Escuta do Corpo”
(5ª e 6ª, das 13h às 16h, sáb, das 11h às 14h)
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo – SP
RASTRO - T.F. Cia de Dança
“O passado torna-se nossa fonte de inspiração; o presente, uma arena de respiração;
e o futuro, nossa aspiração coleƟva” – Ngugi wa Thiong’o.1
Fragmentos de tempo em espiral. Um rastro de movimento, de memória e de repeƟção.
Como o corpo se lança numa relação com o que ele mesmo produz? É a presença de uma ausência.
Instantes que já passaram e seguem esvaindo. Um rastro também de futuro, um eco que se anuncia
antes do som. Rastro como algo que precede e segue uma ação, ao mesmo tempo em que se torna
uma lembrança do que já se foi.
Vesơgios, marcas, ondas, reverberações, trilhos, presenças, fantasmas, acontecimento.
Rastro como caminho de suor que percorre o corpo. É lampejo do agora que se foi. Rastro como
coreografia que dialoga com cada espaço; Rastro como travessia e como vulto que se forma na
insistência de uma repeƟção. Rastro como presença: de uma dança do agora, da diversidade de
corpos, dos modos de se fazer-pensar-senƟr-agir da T.F. Cia de Dança.
Dias 12, 13 e 14 de abril de 2024
Sexta, às 15h, na Praça Floriano Peixoto
Sábado, às 17h e Domingo, às 16h, na área de Convivência do SESC Santo Amaro.
Grátis.
Grupo Flying Low apresenta espetáculo de dança
"Menino Assum Preto" em Diadema e Santo André
Inspirado na história do pássaro Assum Preto, da música de Luiz Gonzaga, o espetáculo reflete sobre os anseios da população periférica, por vezes impedida de voar, com suas asas cortadas pelas dificuldades.
O Grupo Flying Low (@grupo_flyinglow) está realizando uma temporada gratuita do espetáculo "Menino Assum Preto", além de ciclos de conversa após as apresentações e oficinas de breaking.
Nos dias 05 e 06 de abril de 2024 (sexta-feira e sábado), às 19h30, o grupo apresenta "Menino Assum Preto" no Teatro Clara Nunes, que fica no Centro Cultural Diadema. No mesmo local, no dia 01 de abril (segunda-feira), de 9h às 11h30, acontece a aula “Voando com Flying Low” para os bailarinos da Companhia de Danças de Diadema, compartilhando métodos utilizados em suas criações.
Em 19 de abril (sexta-feira), às 19h, o grupo se apresenta no Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes, em Santo André (SP). No mesmo dia, de 10h às 13h, acontece a aula aberta “Voando com Flying Low”.
O espetáculo "Menino Assum Preto" é inspirado na história do pássaro nordestino Assum Preto, tema de música de Humberto Teixeira e cantada por Luiz Gonzaga, que perde suas possibilidades de voar por o cegarem e acaba aprisionado para a comercialização.
Através do corpo, a montagem propõe uma metáfora entre o desespero de ser engaiolado, no contexto contrabandista em que o pássaro "Assum Preto" está inserido, e o ritmo repetitivo presente no cotidiano urbano e comercial de trabalhadores periféricos das grandes cidades.
"Menino Assum Preto" reflete sobre o estilo de vida massante da população periférica no sistema capitalista, a partir da imagem poética do pássaro que é impedido de usar as asas e vive engaiolado. Traçando um paralelo entre a agonia do pássaro como produto e a agonia do cotidiano da classe trabalhadora, que também tem suas “asas” cortadas pelas dores, dificuldades e traumas da vida, o espetáculo lança um olhar sensível sobre a busca desesperada por sobreviver dentro destes contextos.
“É uma busca constante por chegar em algum lugar em que possa haver a existência e não apenas a sobrevivência. Assim como o pássaro, que vive entre a tortura e o tormento, o processo criativo se estabelece dialogando diretamente com os traumas internalizados pelos intérpretes, lançando um olhar sobre o trabalhador periférico”, comenta o grupo.
Ball Vera Verão cria Vera Verso em sua sétima edição
House of Zion e Coletivo AMEM realizam programação com workshops, debates e uma ball com 16 categorias. Evento acontece no dia 30 de março
No dia 30 de março, sábado, a partir das 21h, o Studio Stage recebe a Ball Vera Verão: Vera Verso, realizada pela House of Zion e o Coletivo AMEM com apoio da Unaids. Esta é a sétima edição do evento, que já faz parte do calendário cultural de São Paulo.
A inspiração para o tema é o metaverso, conceito que se popularizou nos últimos anos e que, simplificadamente, explora as múltiplas possibilidades de existência ao mesmo tempo em locais e períodos históricos diferentes. Na Vera Verão de 2024, cada uma das 16 categorias será como um portal para distintos lugares do cosmos, apresentando uma jornada que levará a comunidade a explorar territórios galácticos inexplorados: o Vera Verso.
“Após sete anos de Ball Vera Verão, é possível ver o quanto a ‘Vera’ tem tomado esse lugar de importância no cenário Ballroom Nacional e até mesmo internacional. Existem muitas expectativas sobre cada edição da Vera, tanto do público, quanto de nós da produção que pensamos em elevar o nível de excelência em cada edição. Nesta edição da Vera Verso, nós queremos levar a ‘Vera’ pra viajar por outras realidades, bolhas, experiências de outros universos e trazer essa energia pra todes nós durante a Ball”, explica Félix Pimenta, idealizador e diretor artístico da Ball Vera Verão, co-fundador do Coletivo AMEM, father (pai, liderança) da House of Zion e Pioneer (pioneiro) da Cultura Ballroom no Brasil.
Além da Ball, o evento anual propõe ainda um circuito de atividades formativas que, este ano, irão acontecer no SESC Pompeia, Fábrica de Cultura Capão Redondo e outros espaços culturais entre os dias 27/03 e 06/04, com debates, oficinas e apresentações artísticas. A iniciativa reúne workshops de dança, debates sobre saúde, HIV/AIDS, política de drogas, história da Ballroom e outros temas que abordam as demandas das pessoas negras, LGBTQIAPN+ e periféricas que formam a Comunidade Ballroom no Brasil, celebrando suas vidas e sua criatividade.
O circuito celebra a memória da icônica personagem Vera Verão, criação de Jorge Lafond, figura de grande importância na representação da comunidade LGBTQIAPN+. Artista negro e gay, Lafond deixou um legado significativo na televisão brasileira nos anos 1990, desafiando estereótipos e abrindo caminhos para a diversidade na mídia. A Ball Vera Verão 2024 busca não apenas honrar e ressignificar sua memória, mas também explorar as diversas possibilidades de existência de corpos racializados e dissidentes em diferentes mundos.
“É muito importante a existência e a continuidade da Ball Vera Verão unindo grandes Houses da cena mainstream do Brasil e América Latina em uma Ball anual, sempre destacando identidades negras, trans, pessoas vivendo com HIV e culturas nacionais, fortalecendo e formando lideranças da comunidade Ballroom”, afirma o produtor-executivo Flip Couto.
A Ball é formada por categorias de dança, de beleza e outras comportamentais, apresentando performances cheias de vigor e originalidade.Muitas pessoas vêm de fora de São Paulo para competir. Simas Maverick Zion, liderança na cena Ballroom Amazonas e integrante da House of Zion, se mobilizou com rifas e contribuições coletivas para participar da ball pela primeira vez. "Fazer parte deste desse evento possibilita não só aprendizado com o circuito e a vivência com artistas e membros da comunidade Ballroom, como também um aprofundamento em áreas como produção cultural, performance, prevenção de HIV/AIDS, entre outros pontos que me atravessam como jovem liderança da cena ballroom do Amazonas. E sendo parte do Planeta Zion, poder celebrar em família me fortalece" comenta.
Malawi Penélope virá de Cuiabá, capital de Mato Grosso, acompanhar a ball também pela primeira vez. Relata que a Vera Verão é uma das suas principais referências na Ballroom brasileira como espaço para pensar ancestralidade e comunidade. “A importância da Vera Verão é relembrarmos anualmente que temos um espaço seguro para nos reunir e celebrar os nossos, de imaginar o quanto aquela vida é potente para existir se destacando em cada metaverso, em cada existência do presente e no futuro. E irá existir, pois todos os anos nos reunimos para lembrar, celebrar e fazê-la (e nos fazermos) presente neste mundo”, detalha. Nos anos anteriores, assistiu ao vivo pela transmissão no Instagram, e relata que está “muito feliz em poder ver pessoalmente, com meus próprios olhos, a grandiosidade daquilo que vi pelas telinhas”.
Um encontro marcado com dois coreógrafos e obras que mostram as diferentes matizes do afeto, amor, encontros e desencontros, interpretados pelos bailarinos da Cia
O Theatro Municipal de Niterói vai receber de 28 a 30 de março, com a apresentação do Ministério da Cultura e patrocínio master do Instituto Cultural Vale dois espetáculos. O primeiro será “Macabéa”, da coreógrafa e primeira bailarina do Ballet do Theatro Municipal, Marcia Jaqueline, e “Sem Você”, do coreógrafo e maitre ballet Eric Frederic – todas feitas sob encomenda para a Cia de Ballet Dalal Achcar.
Os espetáculos, apresentados pelo Ministério da Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, e produção da Aventura, são compostos por uma cia de ballet extremamente preparada, com 18 excelentes bailarinos e reúne a nata da dança jovem. Montados pela companhia que tem o crivo de excelência de Dalal Achcar, grande dama da dança nacional, “Sem Você”, é do coreógrafo e maitre de ballet Éric Frédéric; e "Macabéa", inspirado na obra “A hora da estrela”, de Clarice Lispector, é criação da primeira bailarina do Ballet do Theatro Municipal, Márcia Jaqueline, que estreia como coreógrafa do espetáculo.
Focando na parceria com novos coreógrafos, Dalal tem o objetivo de trazer frescor e um ar mais plural para o mercado do ballet no Brasil. Ela ressalta ainda a importância do intercâmbio entre as companhias, muito comum na Europa. “É importante para firmar a força da dança. O coreógrafo precisa ser conhecido além da própria companhia. O processo de criação é uma troca.”, pontua Dalal Achcar, que fala ainda sobre a importância de se apresentar na cidade sorriso. “Niterói é a cidade berço do balé no Rio de Janeiro, capital. A cidade que mais escolas de balé tem no Brasil, é Niterói, que tem uma tradição cultural, com uma imigração de ingleses e estrangeiros. É uma cidade muito importante. O Theatro Municipal de Niterói é uma jóia. E ir para Niterói é um marco para todas as companhias de dança e para a nossa também”, finaliza.
Temporada Macabéa / Sem Você - De 28 a 30 de março
Dia 28 de março - 19h – Espetáculo 1
Dia 29 de março - 18h - Espetáculo 2
Dia 30 de março - 18h - Espetáculo 3
Local: Teatro Municipal João Caetano - Niterói - Lotação: 400 lugares
Ingressos: a partir de R$ 15,00 (quinze reais)
Vendas Online: https://bileto.sympla.com.br/event/91879?share_id=1-copiarlink
Projeto une dança e iluminação em lugares de memória afetiva em Parintins
por Wilson Junior
Parintins - A convergência entre iluminação, dança e lugares que emanam da memória afetiva deu vida ao projeto “Performatividade sob Luzes’, de Rogério Cabral, que tem como proposta captar imagens em espaços pontuais de Parintins, que são carregados de simbolismo e afetividade. A junção dessa “brincadeira” de interação com a luz resulta num produto audiovisual em formato de vídeo dança. O projeto, que está em andamento, foi contemplado no edital da Lei Paulo Gustavo, em Parintins (distante a 369 quilômetros de Manaus).
“Os personagens desta obra, que une diversas formas artísticas são Parintins e as memórias, criadas a partir das vivências afetivas, (res)significadas em sonoridades, lugares, aromas e objetos. Isso nos permite transitar em espaços físicos e também os imaginários para compor as coreografias”, explica Rogério Cabral, artista proponente responsável pela concepção e coordenação do projeto.
Cabral traz uma carga de experiência nos diversos cenários artísticos. Ele é especialista em iluminação cênica de espetáculos de dança, teatro e shows musicais.
Sobre o objetivo de “Performatividade sob Luzes”, o artista também esclarece que a questão principal do projeto é mostrar como o movimento das danças “conversa” com os lugares de memórias emocionais dos moradores de Parintins.
“Dentro dessas conexões, a proposta é realizar o encontro entre luz, dança, cidade e as memórias afetivas. Esperamos colaborar com a discussão que se refere às representações sensíveis destes corpos e memórias, nas interações com os espaços culturais”, esclarece.
Os lugares escolhidos para estarem no projeto são: as ruas de Parintins; o Centro Cultural Amazonino Mendes, o Bumbódromo; Curral Zeca Xibelão; Curral Lindolfo Monteverde (Cidade Garantido). A equipe também pretende captar imagens de flores e, claro, da água, afinal Parintins é uma ilha.
Além de Rogério Cabral, responsável pelo projeto, a equipe conta com profissionais especializados em pesquisa, dança, iluminação e sonorização. Fazem parte do grupo: Irian Butel; Leonardo Pantoja; Rodrigo Cabral; Victor Nascimento; Glaedson Azevedo, Stanley Fabrício e Edy Almeida.
Coreografias
As coreografias do projeto são inspiradas, segundo o coreógrafo Rodrigo Cabral, na dança contemporânea, no boi-bumbá e na capoeira. Ele explica ainda que os elementos das performances são inspirados nos movimentos de flecha, zarabatanas, maracás e flautas.
”Usei na composição minhas raízes e as danças de Parintins. Em cada célula coreográfica e, em cada solo, estão a capoeira, o boi e também a dança contemporânea, que são minhas características”, enfatiza.
Trilha sonora original
A sonoridade do “Performatividade sobre luzes”, conforme explica Leonardo Pantoja, foi inspirada em trilhas sonoras de animes. “É um universo (os animes), o qual gosto bastante, que consegue transmitir emoções e vibrações para personagens animados”, acentua.
Ele completa que foram trabalhados dentro da trilha, momentos de fúria, ternura, ascensão, conquista e vitória, que foram divididas em quatro atos compostos com elementos da natureza e da musicalidade amazônica, como: maracás, flautas, sons da natureza e tambores regionais.
“Defino esse trabalho como um prólogo para outros projetos com o mesmo conceito. Alinhar música, dança e luzes é algo muito inovador dentro do cenário cultural de Parintins”, conclui Pantoja.
A montagem
As imagens serão captadas em duas fases. Na primeira, a captação acontece nos locais de memória e a seguir, será a vez das imagens da performance dos bailarinos nos desenhos de luz, realizada no Teatro Multiuso da Estação Cidadania João do Carmo, Bairro da União.
As etapas de trabalhos se subdividem na captação do audiovisual; coreográfica; plano de iluminação e produção de trilha sonora original. Os performers (bailarinos) constroem as células coreográficas em paralelo com os desenhos de luz pensados para cada cena.
“Rodrigo e Santley montam as sequências coreográficas, que irão compor a performance que o projeto propõe. Eles fazem o estudo dos movimentos e definem como vão se materializar no corpo dos bailarinos para depois fechar a coreografia final”, explica Irian Butel.
Ela adianta, ainda, que o resultado do projeto será apresentado na Estação Cidadania João do Carmo e no Centro Cultural Ogum Beira Mar e Cabocla Mariana, no Loteamento Teixeirão. “Estamos todos muito felizes com o resultado. Ficou tudo muito forte”, resumiu Irian.
Participantes:
● Rogério Cabral: Técnico em iluminação, iniciou a carreira na equipe da empresa Pró-show Iluminação. Nessa trajetória produziu eventos e shows de artistas nacionais como Raça Negra e Paula Fernandes. Após anos de aprendizado fundou a empresa M&B Iluminação e hoje atua no ramo da iluminação cênica com especialização em espetáculos de dança, teatro e shows musicais. Coreógrafo oficial de galera do Boi Bumbá Garantido há 17 anos.
● Stanley Fabrício: Performer. Licenciado em História/UEA e acadêmico de Educação Física/UFAM, maquiador profissional e bailarino da CIA de Danças Folclóricas Garantido Show.
● Irian Butel: Professora, historiadora, pesquisadora, produtora cultural, técnica em elaboração de projetos culturais. Mestranda em Dança pela Universidade Federal da Bahia, Membro do Grupo de Pesquisa em culturas Indígenas, Repertórios Afro-Brasileiros e Populares – Grupo Gira.
● Leonardo Pantoja: Empresário Proprietário do Studio Ômega - Produtor musical do Boi-Bumbá Caprichoso, diretor musical do Boi-Bumbá Garantido, formado em música pela Escola de Artes Irmão Miguel de Pascalle.
● Rodrigo Cabral: Licenciado em Dança pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), coreógrafo do Boi-Bumbá Garantido. Participou de projetos e produções artísticas como: Festival Folclórico de Parintins, Festival de Cirandas de Manacapuru, Concerto de Natal O Glorioso, Projeto Puxirum – mostra de artes integradas, Projeto Amazônia Oriental – performance e instalação.
● Victor Nascimento: Produtor Audiovisual, Filmmaker, Cinegrafista, Diretor de Cena e Fotografia, Editor, Motion Designer 3D, certificado pela Escola Online para Filmmaker e Fotógrafos (AVMAKERS). Também atua na área musical como músico/produtor, técnico em mixagem e masterização.
● Glaedson Azevedo: Licenciado em Artes Visuais pela Ufam; Técnico em Tecnologias e Programação pelo Ifam; Gestor em projeto gráfico visual; Manipulação e edição de imagens digitais; Desenho e pintura em aerografia; Técnicas de Pintura Digital.
● Edy Almeida: Técnico de iluminação da empresa M&B Iluminação, com trabalhos em desenho de luz dos projetos culturais como SAMBOI 2.0.
Fotos: Pedro Coelho
Prix de Lausanne
82 candidatos participaram na edição 2023 do Prix de Lausanne e 22 deles chegaram às finais. Na final o Júri, presidido este ano pelo Coreógrafo e Diretor dos Ballets de Monte-Carlo e Vencedor do Prêmio Prix de Lausanne 1977, Jean-Christophe Maillot, selecionou 11 Vencedores do Prêmio. Recebem bolsas de estudos em prestigiadas Escolas e Companhias Parceiras do Prix de Lausanne.
Os 11 vencedores do Prêmio Prix de Lausanne 2023 são:
1 – FUNDAÇÃO CARIS
207 –Millán DE BENITO – Espanha
1 – FUNDAÇÃO DE CARVALHO
210 – Fabrizzio ULLOA CORNEJO – México
3 – FUNDAÇÃO COROMANDEL
320 – Sangwon PARK – Coreia do Sul
4 – FUNDAÇÃO MAURICE BÉJART
310 – Julie JOYNER – Estados Unidos
5 – FUNDAÇÃO DAMM-ETIENNE
309 – Seehyun KIM – Coreia do Sul
6 – BOURSE JEUNE ESPOIR
101 – Alecsia Maria LAZARESCU – Romênia
7 – FUNDAÇÃO ALBERT AMON
314 – Ana Luísa NEGRÃO – Brasil
8 – BOLSA ASTARTE
201 – Keisuke MIYAZAKI – Japão
9 – BOURSE JEUNE ÉTOILE
114 – Emily SPROUT – Austrália
10 – FUNDAÇÃO CLERMONT-TONNERRE
413 – Giuseppe VENTURA – Itália
11 – PALÁCIO DE BEAU-RIVAGE
318 – Soo Min KIM – Coreia do Sul
Outros prêmios:
FUNDAÇÃO NUREYEV
Prêmio Melhor Jovem Talento: 310 – Julie JOYNER – Estados Unidos
MINERVA KUNSTSTIFTUNG
Prêmio de Dança Contemporânea: 212 – Alexander MOCKRISH – Suécia
MINERVA KUNSTSTIFTUNG
Prêmio Dança Contemporânea: 314 – Ana Luisa NEGRÃO – Brasil
FONDATION EN FAVEUR DE L'ART CHORÉGRAPHIQUE E CONCERTO DE ARTE
Melhor Candidato Suíço: 210 – Fabrizzio ULLOA CORNEJO – México
Prêmio do Público Web: 207 – Millán DE BENITO – Espanha
Favorito do público: 309 – Seehyun KIM – Coreia do Sul
Prêmio de Finalistas: os Finalistas que não tiverem sido premiados com nenhuma bolsa receberão cada um CHF 1.000.-, oferecido pela Bobst SA.
Frestas Poéticas
O trabalho da Cia Dança sem Fronteiras, criada em 2010, tem uma premissa essencial: a acessibilidade. Fazem parte do grupo mulheres, homens, pessoas trans, de várias etnias, idades, alturas, pesos, com algum tipo de deficiência. Para comemorar os 12 anos da companhia será lançado no dia 23 de fevereiro, às 19h, na sede da SP Escola de Teatro, na Praça Roosevelt, o livro Frestas Poéticas. Idealizada por Fernanda Amaral, bailarina, coreógrafa, criadora e coordenadora da Dança em Fronteiras, a publicação do selo Lucias tem edição da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), entidade responsável, entre outros projetos, pela gestão da SP Escola de Teatro, e faz parte do projeto Frestas Poéticas — Cartografias do Corpo Diverso no Urbano.
A Dança sem Fronteiras começou quando a gaúcha Fernanda Amaral retornou ao Brasil em 2010, depois de mais de duas décadas na Europa e nas Américas desenvolvendo trabalho com uma série de ações de investigação e pesquisa sobre a diversidade e as habilidades mi stas na dança.
“Eu morava no Reino Unido, mas trabalhava em muitos lugares da Europa, eu viajava muito. Voltei para cá com essa ideia, de que a dança não tivesse fronteiras, nem físicas, nem com relação ao corpo e às artes. Sou apaixonada por São Paulo que é, na minha opinião, uma das cidades mais incríveis do mundo, além de ser um polo cultural importantíssimo. Minha formação como atriz, como preparadora corporal tinha sido aqui e foi pra onde eu quis voltar. Achei que seria o lugar que acolheria esse trabalho”, conta a coreógrafa.
Mais um fruto da parceria entre Dança sem Fronteiras e SP Escola de Teatro, Frestas Poéticas celebra a trajetória da companhia desde a sua criação. “O título do livro vem da imagem da natureza rompendo o concreto, quando nasce uma planta. A gente se identifica com essa imagem, a gente rompe os padrões e mostra que há beleza de várias formas, não de uma forma só. E quer emos mostrar que São Paulo tem beleza também, que há muitas frestas nesse concreto, nessa grande metrópole. O projeto é esse, retomar o urbano, retomar a rua, o presencial depois de dois anos de pandemia e estar muito online, retomar os espaços públicos. Celebrar os doze anos porque não deu pra celebrar os dez”, esclarece Fernanda.
MANOfestAÇÃO
No dia 11 de fevereiro de 2023 (sábado), às 18h, com entrada gratuita, o grupo Unity Warriors - que tem como fundador o bailarino Igor Souza - apresenta “MANOfestAÇÃO” na Oficina Cultural Oswald de Andrade, que fica na Rua Três Rios, 363, no Bom Retiro, em São Paulo - SP.
“MANOfestAÇÃO” é um manifesto através da dança breaking, inspirado nas "Block Parties", as originais festas de rua da cultura hip-hop que, em meio ao descanso e o caos, eram pontos de encontro entre jovens que encontraram na dança um refúgio e espaço de protesto.
De acordo com Vinicios Silva, diretor artístico, “MANOfestAÇÃO” traz à tona aquilo que nos "aprisiona", buscando (re)apresentar artisticamente a desigualdade social, o racismo estrutural que molda o imaginário social e atravessa nosso fazer, enquanto cidadãos e artistas periféricos, que no meio de tantas adversidades, barreiras invisíveis e visíveis continuam (re)existindo.”
A ação integra o projeto ‘EU E VOCÊS, SOMOS NÓS?’ do Grupo Unity Warriors, contemplado no edital PROAC 46/2022 - Cidadania Cultural – Produção e Realização de Projeto Cultural ou Manutenção de Corpo Artístico em Favelas e Periferias.
O projeto prevê ainda a circulação do espetáculo “MANOfestAÇÃO” com apresentações e bate-papos abertos ao público na cidade de São Paulo e outras três cidades do estado; a criação de um espetáculo inédito e sua circulação por São Paulo e outras cidades, e a realização da Residência Artística Unity Class, uma vivência prática com a dança breaking, que proporcionará um espaço de encontro, de pesquisa e estudos, de acordo com a experiência e processo de criação da Unity Warriors.
Quando: 11 de fevereiro de 2023 (sábado) - Horário: 18h
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade - Endereço: Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - São Paulo - SP