ARRASTA PARA MAIS ENTREVITAS...

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OS CARIOCAS , ANA e PEDRO, 
SÃO CAMPEÕES DO BRAZILIAN ZOUK WORLD CHAMPIONSHIP NOS EUA


Os dançarinos brasileiros Ana Reis e Pedro Castro ganharam recentemente o campeonato mundial Brazilian Zouk World Championship que aconteceu em Phoenix Arizona , nos EUA.  O casal levou o primeiro lugar na categoria Showtime Profissional que engloba técnicas  de dança do zouk brasileiro e passos acrobáticos.
Conheça um pouco mais sobre eles na entrevista abaixo:

 

P: Quando e como começaram a dançar?
R: Ana, seu primeiro contato com a arte aconteceu aos 5 anos através das aulas de jazz, balé clássico e contemporâneo no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro- ISERJ. Aos 12 ela foi para a Escola Estadual de Danças Maria Olenewa, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro ( EEDMO) e um tempo depois teve seu primeiro contato com o Zouk no Ensino Médio-técnico no Instituto Federal do Rio de Janeiro.  Foi neste momento que conheceu Pedro, que também estudava no local, e como faziam parte do departamento de dança da escola começaram . Já Pedro teve seu contato com a dança por causa do esporte, é que seu professor de Muay Thai que também ministrava aula de dança o levou para o Centro de Dança Alex Carvalho. E depois da primeira ,o menino carioca, não parou mais, tornando-se bolsista do local e se profissionalizando depois em ritmos ligados à dança de salão.


P:Porque escolheram o Zouk?
R:  Dentre outras danças a dois, o zouk brasileiro sempre nos proporcionou muita liberdade. É um ritmo muito diverso pois nos bailes de dança a dois; o zouk pode ser dançado ao som  de zouk caribenho, RnB, lambada; músicas pop, MPB, dentre outras. Essa diversidade de gêneros musicais reflete também na diversidade de estilos dentro da dança que tem muitas influências de outras danças brasileiras. Como ambos iniciaram os estudos das danças a dois formalmente no CDAC, esse espaço também teve muita influência na nossa história. O CDAC foi, durante muitos anos, um local de referência para quem buscava por aulas de zouk brasileiro na Zona Norte do Rio de Janeiro. O trabalho internacionalmente reconhecido do Alex de Carvalho junto ao Rafael Oliveira e Izabel Ramos ( os dois últimos, diretores do CDAC) foram  nossos grandes exemplos e fonte de inspiração. Os três mencionados acima são profissionais consolidados e renomados e atuam internacionalmente há muitos anos e foram também nossos primeiros mestres na nossa jornada profissional dentro e fora do Brasil. 

 

P: Como começou a parceria entre você? 
R: Nossa parceria começou oficialmente em 2018, quando decidimos que dança seria nosso objetivo de vida. Mesmo dançando juntos desde 2016 no Ensino Médio-técnico onde nos conhecemos, somente em 2018 oficializamos nossa parceria profissional . Fizemos uma reunião em que o Pedro me explicou o que era uma parceria dentro do universo das danças de salão. Esse foi um marco importante para priorizar nossa carreira em conjunto e iniciar a construção do nosso sonho à dois. Passamos a compartilhar metas a curto, médio e longo prazo. Este ano também marca o início da formação da Ana Reis no Centro de Dança Alex de Carvalho, o CDAC, onde Pedro já era bolsista desde 2016.  Desse dia em diante, treinávamos todos os dias da semana, fazíamos aulas de dança à noite, entramos para a Cia Profissional do CDAC, dirigida pelo Rafael Oliveira.  Aos finais de semana, a nossa presença era garantida nos bailes de zouk brasileiro. Ali,  dançávamos socialmente noite adentro,  e também tínhamos a oportunidade de praticar tudo que havíamos aprendido e aos poucos, nos inserindo cada vez mais nesse universo. 

 

P:Quais estilos de dança ministram aula?
R: Ministramos aulas de zouk brasileiro,  samba de gafieira, lambada,  bolero e forró, mas nossa especialidade  e paixão é pelo zouk brasileiro. 

 

P:Como acontece o workshop realizado por vocês?
R:Nesse formato de aula em grupo temos uma quantidade grande de pessoas que viajam e se planejam para ter acesso a aulas inovadoras e de qualidade. Os cursos, workshops e masterclass são oportunidades em que os profissionais contribuem com o treinamento, aperfeiçoamento da técnica, execução e percepção artística dos envolvidos. Essas imersões desenvolvem as habilidades de ensino e aprendizagem e também levam o conhecimento para muitos locais que, não necessariamente, têm uma cena local bem desenvolvida. 

 

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Entrevistamos Leticia Teixeira

 

Agora, é com imensa alegria que a revista Dança Brasil convida você a conhecer Leticia Teixeira como nunca antes! 💖✨ Prepare-se para descobrir a bailarina por trás dos movimentos, seus sonhos ardentes e as inspirações que moldam sua arte. 🎶💫

✨🌟 No universo encantado da dança, onde cada movimento é uma expressão de beleza e graça, encontramos uma luz brilhante: Leticia Teixeira! 💫💃

Proveniente da renomada Escola de Dança Balletarrj, Leticia mergulhou nas profundezas da paixão pela dança durante o Rio Ballet Summer, em janeiro de 2024. 🌞🩰 Neste evento inspirador, ela não apenas participou, mas também se destacou, cativando a atenção e o respeito de mestres e colegas de dança.

 

Qual foi o momento em que você descobriu sua paixão pela dança?

Eu iniciei no Ballet já na escola com 2 anos, mas era mais uma brincadeira. Aí precisei parar durante a pandemia e quando voltaram as aulas a professora da minha escola chamou meus pais e disse que eu mostrava ter muita paixão pela dança e que eu levava jeito e sugeriu que eu fosse para o BALLETARRJ.  Quando eu cheguei no BALLETARRJ com 9 anos descobri um mundo que eu não conhecia, não imaginava o mundo que era o Ballet no Brasil e também descobri o quanto eu tinha que aprender e me dedicar. No BALLETARRJ todas as bailarinas são tratadas como futuros talentos então em 4 meses eu já estava dançando meu primeiro concurso e isso despertou ainda mais a minha paixão pelo Ballet e o amor pelo palco. Eu já não queria mais fazer evento de fim de ano eu queria me tornar bailarina, não era mais uma brincadeira, era um plano.

 

Quais são as principais influências artísticas em sua jornada como bailarina?.

Claro que acompanho muito as bailarinas internacionais como Zakarova, Osipova e a Iana Salenko, que eu até conheci durante o Tanzolymp em Berlim e foi uma experiência incrível, mas eu tento também seguir os passos de bailarinas que fizeram o caminho igual ao meu como a Maria Clara Coelho que foi do BALLETARRJ para a Europa e a Manu Roçado que também foi do BALLETARRJ e hoje está no Municipal. Você saber que alguém viveu a realidade igual a sua, aprendeu com os mesmos professores e chegou onde você quer chegar é muito inspirador.

 

Como você descreveria sua experiência no curso Rio Ballet Summer em janeiro último?

Em janeiro de 2023 eu fiz o meu primeiro Rio Ballet Summer e tive que me tornar independente, porque meus pais estavam trabalhando e só chegavam a noite. Isso mudou minha personalidade e acho que me amadureceu mais rápido. Fora que no Summer eu conheci muita gente, bailarinos de fora do Rio, professores sensacionais como a Cristiane Quintan, Carlos Cabral, Cesar Lima... e isso me deu muita força para seguir trabalhando. Em 2024 não foi diferente, as aulas foram maravilhosas, eu pude participar da turma Zakarova do nível médio e conheci bailarinas e professores maravilhosos. Eu super indico o Rio Ballet Summer.

 

Quais são os principais estilos de dança que domina ou tem interesse em explorar?

O estilo que eu mais amo é o Ballet Clássico, mas também me dedico ao Contemporâneo porque é muito importante para concursos e audições.

 

Quais foram os desafios mais significativos que enfrentou ao longo de sua carreira como bailarina, e como os superou?

No início do ano passado eu tive uma torção no tornozelo direito brincando no recreio e foi justo na época em que eu estava começando a trabalhar mais forte no BALLETARRJ então acabei criando uma diferença entre o meu pé esquerdo e o direito, mas isso também me obrigou a ter uma dedicação maior e é o trabalho em que mais me dedico hoje para ter os pés bem fortes e tenho certeza que vou conseguir chegar onde eu quero.

 

Além da dança, quais são os outros interesses ou atividades que ocupam o seu tempo?

Além da escola, porque meus pais não abrem mão de eu me dedicar aos estudos da mesma forma que me dedico ao Ballet, eu sempre que posso arrumo um tempo para estar com meus amigos e assistir séries e filmes.

 

Quais são os objetivos de curto e longo prazo de Leticia Teixeira em sua carreira como bailarina?

Todo ano quando começa eu traço algumas metas pra mim, ano passado minhas metas eram passar para a turma do Médio e ter aula diariamente com o Rômulo o que eu consegui a partir de julho do ano passado, passar na seletiva do WBC o que me trouxe para Orlando este ano e eu amei o concurso e também terminar o ano dançando variação na ponta o que também aconteceu e em Fevereiro eu me apresentei na ponta em Berlim no Tanzolymp. Em 2024 minhas metas são consolidar as conquistas, então penso em fortalecer ainda mais meu pé e passar a me apresentar sempre na ponta, passar na seletiva para o GPAL 2024 porque eu adorei dançar na Argentina, passar para a final nacional do YAGP e continuar me qualificando para grandes concursos no nacionais e internacionais também. A longo prazo eu penso em fazer Trainees em Grandes Companhias e, claro, ser contratada para uma grande companhia mundial ou o Teatro Municipal que é o sonho de todo mundo.

 

Como você enxerga seu papel na comunidade artística e qual é sua visão para o futuro da dança no Brasil?

Me vejo como uma bailarina apaixonada pela dança, mas que ainda tem muito a aprender com professores e bailarinos mais experientes. Gostaria que o Brasil desse mais atenção à cultura e ao Ballet Clássico, hoje temos visto grandes montagens no Teatro Municipal como O Corsário e, agora, o Lago dos Cisnes e isso me enche de esperança.  

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Foto - Divulgação/Arquivo Pessoal

🌟✨ Entrevistamos Bárbara Lourenço✨🌟
 

No mundo mágico da dança, onde os movimentos ganham vida e contam histórias de emoção e paixão, encontramos um talento que brilha com brilho único: Bárbara Lourenço! ✨💃

Originária da prestigiada Escola de Dança Balletarrj, Bárbara teve a oportunidade de expandir seus horizontes no Rio Ballet Summer, em janeiro de 2024. 🌞🩰 Ali, ela não apenas participou, mas também deixou sua marca, conquistando a admiração de mestres e colegas de dança.

E agora, é com grande alegria que a revista Dança Brasil convida você a mergulhar no mundo fascinante de Bárbara Lourenço! 💫✨ Prepare-se para conhecer a bailarina por trás dos movimentos, seus sonhos inspiradores e as paixões que alimentam sua arte. 🎶💖

 


Qual foi o momento em que Bárbara Lourenço descobriu sua paixão pela dança?
Com 2 aninhos, sem ter nenhum contato com a dança ou com alguma bailarina, simplesmente comecei a pedir muito a minha mãe para que me colocasse no ballet da creche, e então ela me inscreveu sem saber que um dia iria querer isso para minha vida. Chorei muito quando a professora parou de dar aula e então no ano seguinte com 3 aninhos, minha mãe me matriculou numa Escola do bairro. Com o tempo, aprendi a ter paixão pela dança, e principalmente pelo ballet clássico, por isso ingressei no Balletarrj Escola de Dança, que é uma escola profissionalizante, onde estou envoluindo muito com os trabalhos diarios com meus coaches Romulo Ramos e Ana Palmieri, pois sigo focando e me dedicando. No Balletarrj eu tive a total certeza do que eu quero pra minha vida.


Quais são as principais influências artísticas de Bárbara Lourenço em sua jornada como bailarina?

Me inspiro muito nas bailarinas ao meu redor, porém as que sempre foram e são minhas grandes inspirações: Natalia Osipova, Marianela Nunez, Maria Khoreva e o talentoso bailarino Carlos Cabral.

 

Como Bárbara descreveria sua experiência no curso Rio Ballet Summer em janeiro último?

Um curso inesquecível! Super especial, acolhedor com uma estrutura impecável. É muito bom quando nós bailarinos participamos de um curso num lugar estruturado com professores de alto nível que nos acolhe e ao mesmo tempo compartilham seus conhecimentos e nos presenteiam com uma experiência maravilhosa de se guardar para a vida toda.


Quais são os principais estilos de dança que Bárbara Lourenço domina ou tem interesse em explorar?

Sem dúvida nenhuma, o mais forte é o ballet clássico. Já experimentei vários outros estilos de dança. Mas migrei para o Balletarrj, principalmente por querer focar no ballet clássico e me encontrei com o trabalho dos diretores, onde tive uma mudança técnica incrivel. Outro estilo que tem um lugarzinho no meu coração, alem do Ballet clássico é a Dança Contemporânea.

 

Quais foram os desafios mais significativos que Bárbara enfrentou ao longo de sua carreira como bailarina, e como ela os superou?

Os desafios para uma bailarina são diários e eu estou em formação. Mas algo que sempre foi um incômodo e agora eu vejo como um desafio superado é a minha postura, amigas da escola e pessoas do dia a dia, comentam sobre essa mudança. Como citei acima, os trabalhos diarios no Balletarrj, principalmente com meu mestre e coach Rômulo Ramos, resultou numa melhora significativa e estou evoluindo a cada dia. Continuo trabalhando, me dedicando e buscando o aprendizado e superar os desafios que aparecem.


Além da dança, quais são os outros interesses ou atividades que ocupam o tempo de Bárbara Lourenço?

Apenas a escola. Pois meu foco é totalmente o Ballet, mas divido o meu dia com a Escola, pois se faz necessário.

 

Quais são os objetivos de curto e longo prazo de Bárbara Lourenço em sua carreira como bailarina?

Quero viver da dança, meu maior sonho é conseguir uma vaga em uma companhia no exterior. E depois que meu ciclo de apresentações acabar quero também poder dividir o meu conhecimento dando aulas, ensinando e plantando o amor a dança e a cultura.

 

Como Bárbara Lourenço enxerga seu papel na comunidade artística e qual é sua visão para o futuro da dança no Brasil?

Ainda sou uma bailarina em formação, mas sei que com muita resiliência e foco vou conseguir chegar ao meu objetivo. Espero que a dança no Brasil seja mais valorizada e reconhecida.

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Foto: Divulgação B. Paraisópolis

Entrevistamos Monica Tarragó - Diretora do Ballet Paraisópolis
que trás a grande novidade:
Lançamento da Companhia Ballet Paraisópolis

 

 


1. Monica, poderia nos contar mais sobre o lançamento da Companhia Ballet Paraisópolis? Quais foram os principais objetivos ao estabelecer esta companhia de dança?
 

R: A Companhia Ballet Paraisópolis é a resposta de todo o trabalho feito, durante anos, com os bailarinos do projeto sócio cultural Ballet Paraisópolis. É dar a continuidade para que cada bailarino possa tornar-se um profissional na área da dança, tendo como objetivo integrá-los ao mercado de trabalho.

 

2. Como você enxerga o papel da Companhia Ballet Paraisópolis dentro do cenário cultural e artístico da região/localidade?
 

R: A Cia Ballet Paraisópolis tem como objetivo principal permear múltiplas linguagens artísticas, potencializando o próprio fazer artístico da comunidade de Paraisópolis. Também temos dentro da Cia, uma diversidade de etnias presentes, criando assim uma variedade heterogênea através de nossos bailarinos, levando a Cia Ballet Paraisópolis a ser premiada com o Selo de Direitos Humanos e Diversidade no ano de 2023, que exemplifica o empoderamento de nossos bailarinos dentro do cenário cultural e artístico de nosso país.

 

3. Quais são as perspectivas futuras para a companhia? Existem planos específicos de expansão, tanto em termos de público quanto de repertório artístico?
 

R: As perspectivas para a Cia Ballet Paraisópolis engloba diversos objetivos, como aumentar o repertório artístico da companhia com novas criações com coreógrafos renomados no cenário da dança, além de fazer temporadas em teatros e centros culturais no estado de São Paulo atingindo uma quantidade maior de público para o ano de 2024. Criando assim oportunidades para a Cia Ballet Paraisópolis de se inserir em novos ambientes e promovendo um diálogo direto entre artista e público.

 

4. Quantos bailarinos vão à Companhia Ballet Paraisópolis? Há planos para aumentar esse número no futuro e receber bailarinos de fora da comunidade de Paraisópolis?
 

R: Atualmente, a quantidade de bailarinos que vão à Companhia Ballet Paraisópolis é de 15 profissionais. Os bailarinos que vem a Cia BP, possuem o documento DRT (documento profissional), e vem de variados ambientes de São Paulo. Para 2024 pretendemos alcançar a quantidade de 22 bailarinos de diversas regiões, com o intuito de aumentar cada vez mais ao longo dos anos.

 

5. Como é o processo de criação do repertório da companhia? A direção artística tem liberdade criativa para explorar diferentes estilos de dança e temas?
 

R: Um dos pilares do processo criativo da Cia Ballet Paraisópolis é a diversidade, através dela possuímos em nosso repertório obras já consolidadas de ballet clássico, neoclássico e contemporâneo. A direção artística e os coreógrafos possuem liberdade para desenvolver suas ideias e adaptá-las para a Cia Ballet Paraisópolis.

 

6. Os bailarinos da companhia recebem salários? Em caso afirmativo, como é determinada a remuneração e qual é a política de pagamento?
 

R: Todos os bailarinos recebem um salário mensal, sendo o valor desse salário variado conforme a área de atuação de cada bailarino.

 

7. Além dos salários, quais outros benefícios os bailarinos da Companhia Ballet Paraisópolis devem receber? Há assistência médica, suporte educacional, entre outros?
 

R: Os bailarinos ao fazerem parte da Cia Ballet Paraisópolis possuem assistência de reabilitação com o Instituto Vita que oferece acompanhamento médico, fisioterapia e suporte para reabilitações dos bailarinos , como também ganham suporte educacional através de uma bolsa de estudos para o ensino superior através de uma parceria do Ballet  Paraisópolis com o Centro Universitário Católico Ítalo Brasileiro.

 

8. Como a Companhia Ballet Paraisópolis pretende ampliar sua participação com a comunidade local? Existem outros programas de inclusão social ou projetos educativos planejados?
 

R: Temos como objetivo ampliar nossa participação e incluir a comunidade de Paraisópolis através de programas, doações e arrecadações destinadas a comunidade como cestas básicas, cestas de natal fornecidas ao final de ano e apresentações gratuitas em áreas próximas a comunidade que sejam de fácil acesso para todos.

 

9. Qual é a visão da companhia em relação à diversidade e inclusão dentro do mundo da dança? Existem iniciativas específicas para promover a diversidade entre os bailarinos e no repertório apresentado?
 

R: A Cia Ballet Paraisópolis é diversa desde a sua essência, com uma variedade de etnias que compõem o elenco, cada um possui uma raiz cultural, que reflete na maneira que esse corpo atua. Potencializando assim o seu dançar e o seu viver.

 

10. Como os interessados podem acompanhar o trabalho e as apresentações da Companhia Ballet Paraisópolis? Há planos para realizar turnês e apresentações em outras localidades?
 

R: É possível acompanhar a Companhia Ballet Paraisópolis através das redes sociais:
Instagram: @ciaballetparaisopolis
Facebook: /companhiaballetparaisopolis
LinkedIn: Ballet Paraisópolis
Youtube: Cia Ballet Paraisópolis
Site: www.balletparaisopolis.org.br
Lá divulgamos futuras apresentações, dia-a-dia e processo de ensaio e de aulas. A Cia
Ballet Paraisópolis possui planos para fazer apresentações em diversas cidades e estados
brasileiros.

 

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Karina Fornazaro

 

1- Como foi o início de sua carreira?

Iniciei minha jornada na dança desde a infância, frequentando aulas de ballet. Sempre fui apaixonada pela arte da dança. Minha dedicação e responsabilidade foram notadas pela minha professora, que me ofereceu a oportunidade de começar a dar aulas. Iniciei minha jornada como professora na adolescência, sem saber o quanto me apaixonaria pelo ensino. Um marco significativo na minha carreira foi quando comecei a dirigir o curso de ballet de repertório na minha antiga escola, o que me permitiu aprofundar meu conhecimento sobre a história do ballet e as influências das grandes escolas de dança ao redor do mundo. Outro marco importante foi a participação em cursos de verão no Brasil, que despertaram meu interesse em estudar a técnica, história e teoria do ballet clássico de forma mais aprofundada. O que começou como um modesto começo tornou-se uma jornada de estudo, dedicação e crescimento.
 

2- Quais são suas influências na dança?

Minhas primeiras referências e grandes influências, que moldaram a pessoa que sou hoje, foram minhas professoras Elaine Sobrinho e Márcia Angeli. Elas acompanharam meu desenvolvimento e me guiaram no caminho do ensino da dança. Além disso, estar próximo de renomados profissionais em Nova Iorque expandiu meus horizontes em relação à maneira de ensinar e enxergar a dança nos dias atuais. Durante meu mestrado em Artes na NYU/American Ballet Theatre, tive o privilégio de ter referências como Chyntia Harvey, Harriet Clark, Raymond Lukens e Franco DeVita.
 

3- Como você vê a vida do profissional de dança nos Estados Unidos?

Optar por viver da dança é uma escolha que deve ser feita diariamente, pois os desafios são muitos, seja como bailarino, professor, coreógrafo ou ensaiador. O cenário da dança nos Estados Unidos é muito animador, pois há diversas oportunidades em várias companhias profissionais. No entanto, são poucas as companhias que oferecem condições para que um bailarino possa viver exclusivamente da dança. Os bailarinos precisam ser resilientes e buscar outras fontes de sustento financeiro para terem uma vida saudável e estável. Apesar disso, a dança é culturalmente valorizada e permite que crianças e adolescentes escolham seguir a dança como profissão. Há investimento nas artes, cursos de graduação, escolas profissionalizantes e outros recursos que tornam o mundo da dança promissor.
 

4- Qual sua opinião sobre os festivais competitivos de dança?

Atualmente, observa-se uma transformação nos festivais competitivos no Brasil, que estão oferecendo oportunidades, bolsas e trazendo profissionais capazes de mudar a trajetória dos bailarinos. Vejo esse tipo de competição como benéfico para o cenário da dança como um todo, pois cria uma comunidade em vez de uma rivalidade e proporciona oportunidades que muitos não teriam acesso de outra forma. Por outro lado, existem competições que promovem apenas a rivalidade entre bailarinos, cobram altas taxas de participação e oferecem poucas aulas, troca de experiências ou aprendizado, o que acaba prejudicando o crescimento das artes e a apreciação da dança. Isso ocorre porque essas competições valorizam truques, o número de piruetas, pernas altas e acrobacias, sem levar em consideração a beleza da técnica, a expressão artística e o propósito da arte de tocar o público. Com a desculpa de que os alunos ganham experiência de palco ao participar dessas competições, os organizadores enriquecem em cima dos sonhos dos bailarinos, sem oferecer nada em troca.
 

5- O que você destaca em sua carreira?

Desde o início da minha carreira como professora, sempre me importei muito com o aluno, buscando extrair o melhor de cada um. Cometer erros e acertos ao longo do caminho me ensinou que a dança é muito mais do que movimentos; ela expressa a personalidade e individualidade de cada indivíduo, e nós, como professores, devemos ter empatia. Além disso, sempre defendi que os alunos merecem ter acesso ao conhecimento e à qualidade, independentemente de estarem em uma pequena cidade onde poucas pessoas entendem de ballet. Por isso, sempre busquei estudar e me atualizar constantemente. Esse diferencial tem sido fundamental para o meu crescimento profissional, pois não me permitiu estagnar no mesmo nível.
 

6- Qual companhia (e/ou escola) você participa atualmente?

Concluí meu mestrado em Educação da Dança pela New York University em parceria com o American Ballet Theatre, onde tive a oportunidade de aprimorar minhas habilidades por um ano. Em seguida, ingressei em estúdios privados e duas instituições sem fins lucrativos que são escolas renomadas. Atualmente, continuo atuando como professora e mentora.
 

7- Como bailarina, o que a inspira em suas apresentações?

Por muito tempo, eu dançava para mim mesma, buscando satisfação pessoal e realização, dançando para aqueles que amo e me apoiam. No entanto, o tempo e os estudos me fizeram amadurecer como artista. Hoje, quando danço, vejo-me como um instrumento capaz de transformar aqueles que assistem. Essa é a minha principal fonte de inspiração: poder tocar os espectadores de alguma forma e apresentar a beleza do ballet.
 

8- Qual a importância da graduação universitária em dança na formação de um profissional de dança?

Acredito que existam várias vias para seguir na dança, e cada caminho é único. No entanto, após concluir meu mestrado em dança, percebo o quanto o estudo acadêmico faz diferença ao praticar a dança, permitindo que se experiencie outras dimensões além do palco, como coreografia, produção, entre outros. O conhecimento embasa e transforma a prática, ajudando os bailarinos a compreenderem-se como os artistas que desejam ser, a impactar o público e a saber como alcançar seus objetivos. Portanto, acredito que a graduação universitária em dança desempenha um papel importante na formação de um profissional de dança. No entanto, reconheço que essa não é a realidade no Brasil, onde há poucos cursos de graduação em dança disponíveis. Mesmo aqueles que são oferecidos nem sempre direcionam os bailarinos para o mercado de trabalho. Por isso, apesar de sua importância, em muitos casos ela não é a primeira opção necessária para poder dançar profissionalmente.
 

9- Qual seu maior sonho profissional?

Meu maior sonho profissional é ajudar bailarinos brasileiros a alcançarem uma carreira profissional na dança. Primeiramente, desejo ajudá-los a ocupar espaços fora do país, e, no futuro, promover a valorização da dança como profissão no Brasil, criando oportunidades e investimentos culturais.

 

10- O que é a dança para você?

A dança, para mim, é o aprisionamento que liberta. Dentro das regras, disciplina, técnica e formas específicas de movimento, o corpo e a mente se libertam das ideias cotidianas e abrem portas para contar histórias, expressar sentimentos e transmitir ideias. Ao mesmo tempo que liberta o bailarino, a dança também transforma o espectador, criando um mundo entre o belo e o real, estabelecendo uma conexão profunda.

 

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OS CEGOS PODEM, E DEVEM, DANÇAR!
 

Em uma das cenas mais icônicas do cinema internacional, sempre presente na memória dos amantes da 7ª arte, Frank Slade, um coronel cego e já aposentado, personagem que conferiu a Al Pacino o Oscar de melhor ator em 1993, surpreende a jovem e encantadora Donna, interpretada por Gabrielle Anwar, ao convidá-la para dançar.
 

Composto por Carlos Gardel, “Por una Cabeza” - tango visceral que resume a melancólica característica desse gênero - é a música que direciona a coreografia para Pacino encantar a plateia mediante a sua deficiência visual, demonstrando total controle em relação ao espaço, ritmo e condução da sua parceira.
 

Sem dúvida, uma cena encantadora e estimulante, porém, longe de refletir a realidade enfrentada pelos deficientes visuais, principalmente em países com altos índices de desigualdade social, no tocante ao acesso a atividades artísticas, como a dança por exemplo, que, além de promover a inclusão, colabora para complementar e estimular os resultados terapêuticos.
 

Apesar do último Censo do IBGE apontar que existiam mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual severa em 2010, o Brasil ainda caminha lentamente nesse sentido, embora o país ser pioneiro no desenvolvimento de um método de ensino de dança para deficientes visuais e contar com a única Cia de Ballet composta por profissionais cegos em todo o mundo.
 

Uma das principais e mais democráticas manifestações artísticas da humanidade, presente nas mais diversas culturas e também no dia-a-dia das pessoas que não resistem ao sedutor chamado de uma boa música, a dança, além da genuína vocação de aproximar pessoas, celebrar encontros e revelar talentos, tem o poder transformador de resgatar sentimentos de acolhimento, autoestima e pertencimento, ou seja, resume as principais demandas da população cega brasileira.
 

Para tanto, precisamos do entendimento dessas necessidades por educadores, bailarinos, professores, empresários e da sociedade como um todo para inserir a dança como importante ferramenta de inclusão e auxílio terapêutico para os deficientes visuais.

Escolas, academias, centros sociais, comunidades, associações e ONGs, ou qualquer lugar que utiliza a dança como fator de confraternização social ou terapia, podem acolher os cegos e suas infinitas possibilidades de contribuição.
 

O método brasileiro de ensino de dança para cegos, único no mundo, está disponível gratuitamente nas plataformas digitais, com orientações e técnicas para incluir esse público nesse universo que pertence a todos.

Essa metodologia de ensino, pioneira e reconhecida mundialmente ao promover a integração social de deficientes visuais por meio da dança, proporciona às pessoas cegas melhoria postural, sensorial e espacial, além de ganhos à autoestima e autoconfiança, assim como colabora para ampliar a visibilidade dessa população e minimizar os preconceitos existentes. 

Acredito que abraçar a dança para os cegos como um pequeno passo, mas um grande salto para um mundo de todos e para todos, é uma maneira acessível e transformadora para, cada vez mais, contarmos com mais bailarinos nessa linda e dinâmica coreografia da vida.

Fernanda Bianchini

Fisioterapeuta e fundadora da Associação Fernanda Bianchini 

https://afbb.ong.br/

Instagram @associacaofernandabianchini

Youtube: Associação Fernanda Bianchini 

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Controvérsias Culturais:
Urban x Street

 

Gostaria pela primeira vez, expor minha linha de pensamento sobre o assunto polêmico em relação ao termo: "Urban" que já era um tema problemático nos EUA e no Brasil. Em nosso país quando houve a mudança do termo "Dança de Rua" para "Danças Urbanas", confesso que causou-me um certo desconforto e incomodou muitas pessoas, principalmente os adeptos das raizes da Cultura Hip Hop, no Brasil e exterior. 

A morte de George Floyde, homem negro assassinado por policiais brancos nos EUA, desencadeou, vindo a tona essa discussão na sociedade, na música migrando para a dança. A revista "Rolling Stone" fez um artigo muito importante e abrangente sobre o tema, informando que categorias 'urbanas' criam barreiras para músicas e danças negras e perpetuam o racismo. Um debate generalizado na indústria cultural tem considerado a categoria 'urban' de forma pejorativa para as diversas culturas negras.

Coreógrafos de renome internacional: Mari Madri, Keone Madri, Shaun Evaristo, Lyle Beniga, Anthony Lee, Jun Quemado, já se posicionaram para a comunidade global da dança contra o termo "urban" e abolindo de suas plataformas, por chegarem ao entendimento de que há implicações raciais prejudiciais associadas a ele, defendendo a idéia que: "se uma palavra é ofensiva para alguns deve ser uma palavra ofensiva para todos.", incentivando seus seguidores a fazer o mesmo.

O ator, dançarino e coreógrafo americano de ascendência afro-americana e porto-riquenha, conhecido profissionalmente como: Shabba Doo. Um dos fundadores do primeiro grupo de Dança de Rua da história: The Lockers, disse no filme: Break Dance (Breakin), de 1984, que era Street Dancer. Perguntamos recentemente para Shabba Doo, o que ele tinha a dizer sobre o assunto, ele disse: "O termo Dança Urbana é um termo de apropriação cultural, portanto é falso. O termo correto é Street Dance."

Perguntamos também para Buddha Stretch, dançarino muito respeitado, pioneiro do Freestyle Hip Hop Dance. Fundador do Elite Force Crew, um dos primeiros grupos a misturar estilos de dança afro- diaspórica, ele disse: "It's Street Dance or Street Styles."
O dançarino Poppin Pete, um dos fundadores do Grupo "The Electric Boogaloo" irmão mais novo do Mr Boogaloo Sam, criador dos estilos "Popping" e "Boogaloo Styles", disse: "É simples eu não uso a palavra urbano, urbano foi usado por causa do mal-entendido do Hip Hop ou da Dança de Rua, apenas para vendê-lo às pessoas."
O grupo de cantores e dançarinos chamado: Break Machine, na música: Street Dance (1983), dançam Popping, Waving e falam e cantam: "Street Dance."

Se no Brasil o termo "urbano" não é pejorativo, o termo Street Dance também não é para os americanos. Rótulo por rótulo, eu fico com as origens. Tudo sofre influências. Quando se diz "rua" pode ser popular e social, e não exatamente no sentido literal da palavra, ao "pé da letra", ou seja, veio das ruas, mas dança no palco. Com o tempo esse termo "rua" ganhou uma conotação poética de auto estima para rotular uma dança que foi para as ruas como foi na grande crise económica dos EUA, em 1929, antes do movimento Cultural Hip Hop. 

Locking, Popping, Breaking surgiram nas "block party" que eram festas organizadas em quadras e porões por ícones do Hip Hop Mundial: Kool Herc, Grandmaster Flash e Afrika Bambaataa, pilares dessa cultura.
Festa na qual muitos membros de uma única comunidade se reuniam para observar um evento de alguma importância ou simplesmente para diversão mútua. 

Cada dança tem seu estudo, fundamento, e valor cultural, sociológico, antológico, antropológico e geográfico. Por isso existem batalhas especificas para cada estilo. Mas, se tratando de festivais de dança, palco italiano, o que deve ser avaliado é o conjunto da obra. A arte. O jurado precisa entender os estilos e suas técnicas de execução e avaliar a obra e não a tendência ou estilo que lhe agrada. Se a mistura de estilos na coreografia não agradar, devemos ser imparciais e respeitar. Jurado precisa de experiência em campo, ou seja: que já passou por ensaios madrugadas a fio, dificuldades para organizar logística que implicam em despesas de figurino, viagens, estadias, pagamento de inscrição, muitas vezes até passando fome, e se machucando nos ensaios...Nenhum jurado que passou pelo crivo dessas dificuldades aplicará uma nota muito baixa para os trabalhos, porque sabe por experiência própria o quanto é sofrido a luta para se alcançar o devido valor e reconhecimento.

Para os que dominam a cultura, a discussão sobre esse assunto não dá crédito aos fundamentos, criando um apagamento das origens das danças específicas.
"Urban" é um termo segregador nos EUA. E se os precursores da Cultura Hip Hop concordam com isso, quem somos nós para discordar. Os que vivem a cultura de fato, nunca usaram esse termo: "urban."

Vejo como uma 'cortina de fumaça' para apagar, 'maquiar' as nossas origens e não nos define. Incomodou lá fora, incomodou aqui também, pelas mesmas razões atrelado a esse rótulo, com o objetivo velado de escamotear a nossa história. O tempero brasileiro sempre existiu na música e na dança. Eles têm a história deles e nós temos a nossa, que é linda. Lá eles tem Jay Z, aqui temos Racionais. 

A história da Crew Elite Force que mistura estilos é similar a nossa história no Brasil. Eles começaram em 1992, nós começamos em 1991. Em cada cidade o movimento tem seu ano, sua história, sua origem, o que não significa que não existia antes. O ano de origem apenas aponta para quando foi organizado.
Se respeitamos a história dos criadores, por que não respeitar os profissionais que representam essa cultura no nosso país?
Quem discrimina alguém está indo contra a ideologia da Cultura Hip Hop. A nossa missão como educadores é agregar e não desagregar. 

O hip hop sofreu muitas influências de outras danças, e revolucionou o mundo.

Esse momento não é para achar culpados, e sim de união e crescimento mútuo em prol da arte da Cultura Hip Hop. Não podemos destruir o sonho de quem ama dançar, e sim mostrar um caminho com o objetivo de transformar vidas.
Devemos sempre lembrar da semente que foi plantada e germinou, e hoje tem espaço para todos.
Vamos se atentar menos a detalhes irrelevantes e focar mais em ações, porque o Hip Hop é atitude, estado de espírito, cultura de rua, estilo de vida.
Quando se sabe mais, se faz melhor. Um ensina o outro e caminhamos juntos.


Marcelo Cirino 
Ex-integrante da Crew Black Time Soul (1982).
Fundador da Crew The Blackson (1983).
Um dos fundadores da Crew Gangue de Rua (1984).
Rapper pseudônimo: MC Mattar (1988).
Pesquisador da Cultura Hip Hop, desde 1982.
Fundador, diretor e coreógrafo do Grupo Dança de Rua do Brasil, de Santos/SP (1991).
Influenciador pela implantação da modalidade: Dança de Rua no Brasil (1995).
Idealizador e Coordenador do Projeto Social Dança de Rua, da Secretaria de Cultura de Santos (1991).