Acaso Caos
A condição psicopatológica que ficou conhecida como “histeria coletiva” é pesquisada pela Cia. Fragmento de Dança em Acaso Caos. O espetáculo, com concepção, coreografia e direção de Vanessa Macedo, tem sua temporada de estreia no Centro Cultural Olido,
de 3 a 13 de abril, com apresentações de quinta a sábado, às 19h, e aos domingos, às 17h.
Em cena, estão Dayana Brito, Diego Hazan, Gabriela Ramos, Leticia Almeida, Maitê Molnar, Peter Levi, Prudy Oliveira e a própria Vanessa Macedo. O espetáculo faz parte do projeto ‘’Acaso Caos - 21 anos da Cia Fragmento de Dança’’ - contemplado pelo edital n° 20/2023 da Lei Paulo Gustavo.
“A proposta coreográfica se desenvolveu partindo da ideia de contágio. Como nossos gestos, ações e comportamentos contagiam uns aos outros e o que isso diz sobre nós e sobre nossas formas de partilhar um ambiente comum”, comenta Macedo.
Partindo da hipótese de que essa “histeria coletiva”, hoje chamada “doença psicogênica de massa”, pode ser disparada em ambientes muito opressivos, o espetáculo questiona: o que isso diz sobre situações da nossa modernidade?
Pessoas que dançam até morrer, freiras que miam como se fossem gatos, crianças que não conseguem parar de rir. No que esses episódios se assemelham? Fatos que foram conhecidos como “histeria coletiva” no qual as pessoas contaminam umas às outras com seus estados corporais.
A composição coreográfica, portanto, parte dessas articulações para construir um espaço que funde passado, presente e futuro. Quase como um passeio pela Idade Média que se relaciona de forma distópica com a contemporaneidade.
Quando e Onde
Temporada: 3 a 13 de abril*, de quinta a sábado, às 19h, e aos domingos, às 17h
*Dias 10, 11 e 13, sessões com audiodescrição
Centro Cultural Olido - Sala Paissandu - Av. São João, 473, Centro, São Paulo
Ingressos: grátis, distribuídos uma hora antes de cada sessão
Duração: 60 minutos
Classificação: 16 anos
Capacidade: 139 lugares
Acessibilidade: sala acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Floresta Amazônica
Meio século de história! Em 2025, o ballet ‘Floresta Amazônica’ celebra 50 anos como um dos maiores marcos da dança nacional. De 20 a 23 de março, a Cia de Ballet Dalal Achcar traz essa grandiosa montagem ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a assinatura da bailarina e coreógrafa Dalal Achcar, que marcou a dança brasileira com sua visão inovadora. A temporada conta com realização do Ministério da Cultura e da Associação de Ballet do Rio de Janeiro, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
“Hoje, ‘Floresta Amazônica’ é o único clássico da dança 100% brasileiro – da música à coreografia e à montagem. Para mim, é um orgulho mostrar que o ballet clássico segue vivo e atual em uma obra que, há meio século, encanta o público e traz a nossa brasilidade em sua essência”, afirma a bailarina e coreógrafa Dalal Achcar.
Criado em 1975, o espetáculo nasceu da fusão entre a música ‘A Floresta do Amazonas’, de Heitor Villa-Lobos, e a sensibilidade artística de Dalal. Sua estreia aconteceu no Theatro Municipal do Rio, com Dame Margot Fonteyn e David Wall nos papeis principais. Em 1985, a versão em dois atos foi apresentada pela primeira vez e segue encantando gerações.
Com coreografia de Dalal Achcar e Sir Frederick Ashton, cenários e figurinos de José Varona e iluminação de Felício Mafra, ‘Floresta Amazônica’ continua a emocionar o público e a reforçar a importância da dança brasileira no cenário mundial.
Onde e Quando
Theatro Municipal do Rio de Janeiro - Praça Floriano, S/N - Centro, Rio de Janeiro
Horários:
Quinta -Feira 20 e Sexta-Feira 21 de Março de 2025 - Início às 20h - Abertura das portas 19h
Sábado 22 e Domingo 23 de Março de 2025 - Início às 16h - Abertura das portas 15h
Duração: 1h 30 min (com um intervalo)
Classificação: livre para todas as idades
Vendas no site:
https://feverup.com/m/309553?srsltid=AfmBOoofjNlBl0jUp8ozvDdBz-9poB6DRnC4KeYxnrlbK1b8GXaHiivi
Balé da Cidade de São Paulo: Temporada 2025 no Theatro Municipal
O Balé da Cidade de São Paulo, em parceria com a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano, apresenta um espetáculo inovador no Theatro Municipal, com criação, direção e coreografia de Alejandro Ahmed e direção musical de Maíra Ferreira. A trilha sonora combina composições de György Ligeti e Venetian Snares.
A temporada 2025, organizada pelo diretor artístico Alejandro Ahmed, propõe a dança como uma prática reflexiva, investigando relações entre técnica, estética e ética. A coreografia mescla balé, jumpstyle e danças urbanas, explorando as interações culturais e sociais de São Paulo.
Datas e horários dos espetáculos:
Evento especial: "Antes da Cena: Réquiem"
Antes dos espetáculos, o público com ingressos poderá participar de encontros no Salão Nobre. Com duração de 30 minutos, os eventos combinam reflexões de artistas e especialistas com trechos de obras, ampliando as interpretações sobre a dança.
Uma oportunidade única de imersão na arte da dança e suas conexões com diferentes contextos culturais e temporais.
Danças do Dia – Uma Homenagem em Movimento a Takao Kusuno
A artista e coreógrafa Key Sawao apresenta a série de performances solo "Danças do Dia – Dança para Takao", uma criação dedicada à memória de Takao Kusuno (1945–2001), pioneiro do butô no Brasil. A temporada acontece de 21 de março a 13 de abril, com apresentações às sextas e sábados, às 20h30, e domingos, às 18h30, no SESC Avenida Paulista.
"Danças do Dia" emerge como uma prática artística em que o passado, o presente e a imaginação se entrelaçam em uma constante ressignificação. Segundo Key Sawao, cada dança nasce do instante, mas carrega ecos de gestos passados, criando um fluxo contínuo de transformação:
"A memória se apresenta não como algo estático, mas como um espaço vivo, que se transforma a cada reencontro, expandindo a experiência do presente e do movimento."
O espetáculo combina recursos audiovisuais e uma dramaturgia em movimento que evoca a estética do butô, onde repetição e variação se revelam em novas formas. Inspirada pela experiência cênica "Coisa que Move – Danças para Takao" (2023), Key utiliza esta série como um "encontro na curva do tempo", reafirmando a herança artística de Kusuno no Brasil e celebrando a memória como algo dinâmico e criativo.
Quando e Onde
Espetáculo Amana: Uma Homenagem e Um Manifesto Contra o Feminicídio
O espetáculo de dança Amana, protagonizado pela bailarina e coreógrafa Ana Clara Poltronieri, será apresentado em sessão única no dia 22 de março, sábado, às 19h, no Centro Cultural Olido, em São Paulo. Com entrada gratuita, os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início.
Dirigido por Tânia Farias, com dramaturgia compartilhada com Ana Clara, Amana é uma obra comovente que mistura dança, teatro, audiovisual e performance. Inspirado em um rito de memória, o espetáculo homenageia Maria Glória Poltronieri Borges (Magó), irmã de Ana Clara, que foi vítima de feminicídio em 2020.
A narrativa resgata a história de duas irmãs separadas por uma tragédia, conduzida pelo elemento central da obra: a água. Em tupi, "Amana" significa "água que cai do céu", símbolo do feminino, da memória e da resistência. No palco, a água representa o fluxo de emoções, a luta contra a violência de gênero e o desejo de justiça.
O espetáculo é também um manifesto sensível contra o machismo e a misoginia, conectando intérprete e público em um gesto poético de resistência. Amana transcende linguagens artísticas ao usar movimento, palavra e depoimento para transformar o luto em luta, denunciando o feminicídio e reforçando a importância de ações contra a violência que todas as mulheres enfrentam diariamente.
Histórico e Reconhecimento
Estreado em 2023, Amana teve ingressos esgotados em suas primeiras apresentações em Maringá e seguiu em turnê por diversas cidades no Brasil, passando também pelo Festival Equilibri, na Itália, onde foi ovacionado com minutos de aplausos. A escolha de estados como Mato Grosso do Sul e Rondônia para a turnê reforça o compromisso do projeto em dialogar com regiões com altos índices de feminicídio.
Premiado em 2024 com o Prêmio Denilto Gomes da Cooperativa Paulista de Dança pela atuação de Ana Clara, o espetáculo também recebeu o Prêmio do Instituto de Arquitetos do Brasil – Seção Paraná pelo cenário impactante, composto por mais de 70 potes de vidro com água.
Serviço
Não perca a oportunidade de assistir a essa obra emocionante e necessária, que transforma arte em resistência e memória em ação.
A obra de Tom Jobim é redescoberta, após 30 anos do falecimento do compositor, no espetáculo ‘Outros Toms’, com a Studio3 Cia. de Dança e participação especial do ator Gabriel Braga Nunes
O MASP Auditório recebe a companhia em duas apresentações gratuitas, dias 6 e 7 de fevereiro, trazendo os diferentes tons do maestro, com arranjos originais de Claus Ogerman, Nelson Riddle, Eumir Deodato e do próprio Jobim
‘Outros Toms’, espetáculo da Studio3 Cia. de Dança, propõe uma imersão na obra do criador da Bossa Nova, explorando os diferentes “tons” de Tom Jobim. Com coreografia de Anselmo Zolla, direção cênica de William Pereira, direção musical do maestro Wagner Polistchuk e a participação especial do ator Gabriel Braga Nunes, ‘Outros Toms’ revela o lado menos conhecido de Antônio Carlos Jobim: o de habilidoso sinfonista e orquestrador. Estruturado em três partes, o projeto conecta sua rica obra musical a paisagens simbólicas do Brasil e a figuras importantes da cultura nacional.
A primeira parte do espetáculo é uma alegoria poética da construção de Brasília, entrelaçando a chegada dos candangos, trabalhadores anônimos que ergueram a capital, com a figura visionária de Oscar Niemeyer e o planejamento urbanístico de Lúcio Costa. Esse trecho não apenas representa o nascimento de uma cidade, mas também os sonhos e a coragem que construíram uma nova identidade nacional, embalados por obras como O Planalto deserto e O trabalho e a construção.
Na segunda parte, um trio em cena recria a síntese de Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, com Jobim como compositor da trilha sonora para o filme. O antagonismo entre a espontaneidade de Gabriela e a rigidez moral da beata é coreografado em um diálogo corporal que revela as tensões entre o desejo e a repressão social. Nesse trio, Jobim transforma o cotidiano e a sensualidade do sertão baiano em uma trilha envolvente, criando uma atmosfera que reflete a intensidade emocional e cultural dos personagens.
A terceira parte é um tributo a Tom Jobim através da dança. Se todos fossem iguais a você e Saudades do Brasil, obras emblemáticas do compositor, formam essa homenagem coreográfica, traduzindo em movimento a sofisticação rítmica e harmônica que o aproximam de Villa-Lobos e de grandes compositores.
A cenografia dinâmica de ‘Outros Toms’, composta por pisos que revelam novos volumes, cores e texturas, permite que o cenário dialogue com cada uma das três partes. Assim, o espetáculo revisita a versatilidade da obra de Jobim por meio de uma experiência sensorial completa, onde corpo, som e imagem se entrelaçam em uma celebração artística multifacetada.
– Ter a liberdade de somar minha linguagem coreográfica à suprema beleza e à inigualável linguagem de Tom Jobim traz para nós, da Studio3 Cia de Dança, uma superação artística – celebra Anselmo Zolla destacando o resultado do trabalho: – Um universo único cheio de cores, de vida e de Brasil.
PROGRAMA
OUTROS TOMs
Studio3 Cia. de Dança
Participação especial: Gabriel Braga Nunes
Obras de Tom Jobim com arranjos originais de Claus Ogerman, Nelson Riddle, Eumir Deodato e do próprio Jobim.
Abertura
PARTE 1
O planalto deserto
O homem
A chegada dos candangos
O trabalho e a construção
Gabriela
PARTE 2
Canta, canta mais
Meu amigo Radamés
TRANSIÇÃO
Prelúdio
PARTE 3
Se todos fossem iguais a você
Saudades do Brasil
Sabiá
Quando e Onde
Endereço: Av. Paulista, nº 1578, Bela Vista, São Paulo, SP
Datas: 06 e 07 de fevereiro, quinta e sexta-feira (únicas apresentações)
Horário: 20h
Entrada franca
CCBB Belo Horizonte recebe temporada de
“Amazônia em Movimento”, com o Corpo de Dança do Amazonas
Com direção artística de Mário Nascimento, a premiada companhia traz seis espetáculos de dança contemporânea,
que refletem a singularidade da região Norte do Brasil
O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) apresenta, de 13 a 17/02 e de 20 a 24/02, a temporada de “Amazônia em Movimento”, do Corpo de Dança do Amazonas (CDA), sob direção artística de Mário Nascimento. A programação apresenta seis espetáculos que celebram os 26 anos de história da companhia, uma referência na dança contemporânea brasileira, homenageando os povos originários e destacando a força e a energia da região Norte do país. As apresentações acontecem no Teatro I, e os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada), disponíveis a partir de 05/02 (quarta) no site ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH. A temporada é patrocinada pelo Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), Ministério da Cultura e Governo Federal, e tem o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), do Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas.
Há quatro anos à frente do CDA, Mário Nascimento tem uma carreira consolidada na dança, com forte conexão com Belo Horizonte, cidade onde viveu por 17 anos e onde fundou a Cia. de Dança Mário Nascimento. “Estou muito emocionado com essas apresentações em BH. Foram 17 anos morando aqui, e é onde meu trabalho se tornou realidade. Tenho uma história muito forte com a dança e com a cidade, onde dei aulas e coreografei para várias companhias. Fico feliz em estar de volta”, afirma Mário Nascimento.
Destaques da temporada
Entre os espetáculos que serão apresentados está “TA | Sobre ser Grande”, coreografado por Mário Nascimento, premiado como “Melhor Espetáculo de Dança de 2024” pelo Prêmio Arcanjo de Cultura São Paulo.
Outro destaque é “Rios Voadores”, da coreógrafa mineira Rosa Antuña, com trilha sonora original assinada pelo músico mineiro Makely Ka, indicada ao prêmio de “Melhor Trilha Sonora para Espetáculos de Dança” pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA).
Oficina de Dança Contemporânea, com Mário Nascimento A oficina de Dança Contemporânea será conduzida por Mário Nascimento, renomado diretor artístico e
coreógrafo do Corpo de Dança do Amazonas, com 40 anos de experiência no Brasil e no exterior. Destinada a bailarinos profissionais e estudantes de nível intermediário e avançado, a atividade busca promover o intercâmbio cultural, estimular reflexões sobre arte, cultura e sociedade e incentivar a formação de público apreciador da dança contemporânea. O conteúdo programático inclui técnicas de solo, ondulação, lateralidade, deslocamento espacial e a relação entre movimento, espaço e música, culminando na construção e desconstrução de sequências coreográficas.
Com uma abordagem prática e inovadora, Mário Nascimento oferece métodos que ampliam as habilidades técnicas e a expressão criativa dos participantes. A oficina combina exercícios de preparação corporal, aquecimento, condicionamento físico e exploração do movimento por meio de sequências fixas e improvisadas. Atividades como quedas, giros e saltos integram técnica e criatividade, proporcionando uma vivência artística enriquecedora. Realizada presencialmente, com duração de duas horas, é uma oportunidade para aprimorar o repertório corporal e fortalecer a profissionalização na dança contemporânea. As oficinas serão realizadas nos dias nos dias 14 e 21/02, com disponibilidade de 30 vagas para cada dia, com retirada de ingressos a partir de uma hora antes, na bilheteria do CCBB BH.
Programação completa
13 e 20/02
● 15h | Grito Verde – Ivonice Satie (Sessão infâncias com Libras e audiodescrição) Haverá bate-papo após cada apresentação do espetáculo.
14 e 21/02
● 13h | Oficina de Dança Contemporânea, com Mário Nascimento (presencial, com duas horas de duração).
● 20h | Cabanagem – Mário Nascimento
15 e 22/02
● 15h e 20h | Rios Voadores – Rosa Antuña (Duas sessões em ambos os dias de apresentação)
16 e 23/02
● 20h | TA | Sobre ser Grande – Mário Nascimento
17 e 24/02
● 20h | Urutau – Andrezza Miyazato e Caput - Art. 5 – Jorge Garcia
Serviço
“Corpo de Dança do Amazonas - Amazônia em Movimento”
● Gênero: Dança Contemporânea Brasileira
● Local: Teatro I – Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte
● Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários, Belo Horizonte
Ingressos:
● R$30,00 (inteira)
● R$15,00 (meia-entrada para estudantes, professores, menores de 21 anos, pessoas com mais de 60 anos e clientes BB que utilizarem o cartão Ourocard na compra).
● Oficina de Dança Contemporânea: Gratuita, com 30 vagas disponíveis. Retirada de ingressos com 1h de antecedência na bilheteria do CCBB BH.
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Programação completa: Disponível no site ccbb.com.br/bh
Ballet Stagium apresenta “SONHOS VIVIDOS” - Uma homenagem a Elis Regina
A obra “SONHOS VIVIDOS” traça um percurso poético em que subjazem as relações da história recente do país. Criação de Décio Otero e direção teatral de Márika Gidali, “Sonhos Vividos” percorreu um longo caminho, até se materializar em linguagem coreográfica. Elis Regina Carvalho Costa, a Elis Regina, ao longo dos anos tornou-se uma artista em constante processo de investigação nas obras do Stagium.
Elis Regina passou como um furacão pela Música Popular Brasileira entre a década de 1960 e o início da década de 1980. Elis foi uma espécie de porta-estandarte na defesa de nossa música. Repórter do seu tempo pintou, com sua necessidade de cantar, o retrato de uma sociedade.
Na sequência de "Sonhos Vividos", apresentação de “Batucada”. Estudos sobre a ginga e gestual do povo brasileiro, de maneira explosiva e irreverente.
Quando e Onde
Data: 07, 08 e 09 de fevereiro. Sexta 21h, Sábado 20h e Domingo 18h.
Ingressos online: https://www.eventim.com.br/
Teatro J. Safra | 627 lugares
Endereço: Rua Josef Kryss, 318 - Barra Funda - São Paulo – SP
9ª Mostra Ciclos de Dança acontece nos dias 13 e 14 de dezembro em Tabuleiro do Norte
Atrações de Fortaleza, Paracuru e Tabuleiro do Norte estão na 9ª Mostra Ciclos de Dança, que acontecerá nos dias 13 e 14 de dezembro (sexta e sábado) em Tabuleiro do Norte, no Vale do Jaguaribe. A cidade é um dos principais polos de dança do Ceará, com reconhecimento na área em todo o estado, pelo trabalho de formação e difusão dessa arte, e atuação de artistas da cidade em festivais e outros eventos artísticos da capital e do interior.
A bailarina, coreógrafa e performer Silvia Moura abre esta edição no dia 13 apresentando “Escutas do tempo - Um solo de Silvia Moura”, às 19h30 no SIMPEP - Sede do Sindicato dos Servidores Públicos e Municipais de Tabuleiro do Norte. Reconhecida como um dos principais nomes da dança contemporânea no estado, Silvia Moura tem uma trajetória de 50 anos de carreira, tendo participado de inúmeros grupos, projetos artísticos e circulação de espetáculos e formações por diversos territórios do Brasil e de outros países, como Bélgica, Japão, França, Cabo Verde e Peru. Complementa sua atuação como professora, pesquisadora e ativista dos movimentos culturais representando a sociedade civil nos processos de política cultural brasileira.
Ainda na sexta-feira, às 21h, a Cia Ciclos de Dança apresenta “O Banquete”, projeto que foi desenvolvido este ano em Fortaleza, no Laboratório de Dança da Escola Porto Iracema das Artes, instituição da Secretaria da Cultura (Secult), do Governo do Estado do Ceará, gerida em parceria pelo Instituto Dragão do Mar.
No sábado, a programação será na Praça do Gulas, a partir das 20h. São atrações na noite, “D’KEBRADA – Memórias de um Território”, do CorpoMudança (Fortaleza), “Leveza”, de Levy Santiago e Lucas Matos (Paracuru), “Muvuca”, do Coletivo Muvuca (Fortaleza), “Libertango”, da Escola de dança Ciclos (Tabuleiro do Norte), “A Dança que me Escolheu”, com a Cia de Dança Ciclos (Tabuleiro do Norte), “Fluxo”, do Instituto Katiana Pena, e “Abrigo”, de Lucas Matos e Lucian Vier (Paracuru).
A Mostra e a Cidade
A Mostra Ciclos de Dança tem como foco o estímulo à construção de intercâmbio entre artistas e grupos cearenses, possibilitando a ampliação das experiências estéticas dos moradores de Tabuleiro do Norte, que desde a primeira edição se unem para viabilizar a realização do evento, promovendo ações como vendas de camisas, rifas, angariando pequenos patrocínios no comércio local, além de contar com o trabalho voluntária de integrantes da Cia Ciclos de Dança.
A 9ª edição da Mostra Ciclos de Dança é uma realização da Cia de Dança Ciclos, com a direção geral de Duaram Gomes. Patrocínio: Acatan – Associação dos Caminhoneiros de Tabuleiro do Norte, Box Alpha, Citolab, Clênia Chaves – Izaldo Pinto, Habacuque, Loteamento Menino Jesus, Mercantil Freitas, Multi Cópias JK, Renata Vasconcelos, Ronaldo Malveira, Stampa, Supermercado Super Sol, Vale Telecom, Zélia Rabelo. Apoio institucional: Secretaria de Cultura de Tabuleiro do Norte e Prefeitura Municipal de Tabuleiro do Norte.
PROGRAMAÇÃO
DIA 13.12 (sexta-feira)
19:30h – “Escutas do tempo - Um solo de Silvia Moura” (Fortaleza)
Local: SIMSEP
21h – “O Banquete” - Cia Ciclos de Dança (Tabuleiro do Norte)
Local: Academia Ciclos
DIA 14.12 (Sábado)
20h – Espetáculos
“D’KEBRADA – Memórias de um Território” – CorpoMudança (Fortaleza)
“Leveza” - Levy Santiago e Lucas Matos (Paracuru)
“Muvuca” – Coletivo Muvuca (Fortaleza)
“Libertango” - Escola de dança Ciclos (Tabuleiro do Norte)
“A Dança que me Escolheu” - Cia de Dança Ciclos (Tabuleiro do Norte)
“Fluxo” - Instituto Katiana Pena
“Abrigo” - Lucas Matos e Lucian Vier (Paracuru)
Local: Praça do Gulas
Quando e Onde
9ª Mostra Ciclos de Dança – Dias 13 e 14 de dezembro de 2024 em Tabuleiro do Norte (CE). Endereços: SIMSEP (Rua Monsenhor Otávio Santiago, 486 - 8 de Setembro), Academia Ciclos (R. Maia Alarcon, 207 – Centro), Praça do Gulas (Rua Maia Alarcon - Centro). Informações: (88) 3424.1453. ciadedancaciclos@yahoo.com.br. Programação com acesso gratuito.
A Magia dos Espetáculos de Final de Ano:
Uma Celebração que Une Ballet, Comunidade e Cultura
Por Eleusa Lourenzoni
Fim de ano no Brasil não é apenas sinônimo de Natal e Réveillon. Para milhares de bailarinos, pais e professores, este é o momento de brilhar sob as luzes do palco, nos aguardados espetáculos de final de ano das escolas de dança. Embora distintos em seus estilos, temas e abordagens, esses eventos compartilham uma essência comum: são o ápice de um ano inteiro de esforço e dedicação, traduzidos em arte.
Entre Contos de Fadas e Temas Contemporâneos
Os espetáculos de final de ano em escolas de ballet geralmente seguem dois caminhos criativos. O primeiro é o clássico, com adaptações de grandes obras como O Quebra-Nozes ou Lago dos Cisnes. Esses títulos, consagrados pela tradição do ballet, encantam o público e oferecem aos alunos a oportunidade de explorar o repertório mundialmente reconhecido.
Por outro lado, muitas escolas optam por temas contemporâneos ou até mesmo originais, como contos autorais, abordagens de temas sociais ou homenagens à cultura brasileira. Em um espetáculo, vemos crianças dançando como princesas em um cenário de conto de fadas; em outro, adolescentes incorporam movimentos urbanos ao som de MPB. Essa diversidade reflete a riqueza cultural e a liberdade criativa das escolas de dança no país.
O Papel da Comunidade
Mais do que apresentações, esses eventos são pontes que conectam a arte à comunidade. Pais, familiares e amigos enchem os teatros, muitos dos quais nunca haviam assistido a um espetáculo de ballet antes. Para os alunos, é a chance de exibir seu progresso e conquistar confiança em si mesmos. Para as escolas, é uma oportunidade de reforçar laços e atrair novos talentos.
Os espetáculos também movimentam o mercado local. Costureiras trabalham meses nos figurinos; teatros ganham vida com as locações; e fornecedores de iluminação, cenografia e som veem um aumento na demanda. É uma cadeia cultural e econômica que muitas vezes passa despercebida, mas que desempenha um papel vital no cenário artístico.
Semelhanças e Contrastes
Apesar das diferenças no tamanho e no orçamento, todas as escolas compartilham desafios comuns, como a necessidade de equilibrar custos elevados com acessibilidade. Escolas de maior porte, como a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, realizam produções tecnicamente impecáveis, com recursos que incluem cenários grandiosos e orquestras ao vivo. Já escolas menores, especialmente em regiões periféricas, se destacam pela criatividade em soluções práticas, muitas vezes utilizando materiais reciclados e espaços alternativos para suas apresentações.
Ambas, no entanto, encontram sucesso ao capturar a emoção do público. Enquanto uma produção grandiosa pode impressionar pela técnica, um espetáculo menor pode emocionar pela autenticidade e esforço coletivo.
A Dança Além do Palco
Esses espetáculos não se limitam ao entretenimento. Eles são momentos de celebração, aprendizado e inclusão. Crianças enfrentam medos, pais veem filhos superando desafios, e professores se orgulham de suas sementes transformadas em flores artísticas. Para muitos alunos, a experiência de subir no palco pela primeira vez é um marco que ficará na memória para sempre.
O Ballet como Reflexo Social
Os espetáculos de fim de ano também refletem as mudanças e avanços na dança como disciplina no Brasil. Temas contemporâneos e inclusivos, como sustentabilidade, diversidade e igualdade de gênero, estão cada vez mais presentes. Ao mesmo tempo, as escolas continuam honrando a técnica clássica que é a base do ballet, mostrando que tradição e modernidade podem coexistir.
Um Convite ao Futuro
À medida que as luzes se apagam após a última coreografia, a mensagem é clara: a dança segue viva e pulsante. Cada espetáculo, seja grandioso ou humilde, é um lembrete do poder transformador da arte. No fim, o verdadeiro brilho não está apenas nos refletores ou nos tutus reluzentes, mas nos olhos de quem dança e na plateia que aplaude.
Os espetáculos de final de ano das escolas de dança não são apenas eventos culturais; são celebrações da dedicação, criatividade e da força coletiva que a dança representa. Que venham os próximos finais de ano – e, com eles, mais passos em direção ao sonho.
Eleusa Lourenzoni - Além de maître de ballet clássico, é representante de competições internacionais renomadas, como o Tanzolymp (Berlim) e o World Ballet Competition (EUA). Também é conhecida pelo seu trabalho no ensino de ballet adulto em São Paulo, à frente do Studio Eleusa Lourenzoni, que é referência na zona norte da cidade. Uma trajetória admirável, combinando paixão pela dança com habilidades empreendedoras e projetos inovadores, como o Atibaia Dance Camp e os festivais Dança Brasil. Sua experiência e influência vão além dos palcos, contribuindo para a formação e crescimento de novos talentos.